quinta-feira, 6 de setembro de 2018

FANTASMAS DA MADRUGADA

Na minha loucura
Me deixo levar
Sem saber quando parar
Ou mesmo se devo parar

Revejo espectros
De seres imbuídos
Em ideias dissonantes
Sem passarem despercebidas

Assopram e insistem
Enquanto finjo não entender
Visitam meus sonhos
Me forçando ao não dormir

Típicos de mim
Se enfadonham por preguiça
E se esvaem na penumbra
Do meu sono chegado ao fim

Me enfureço e destoo
Destes seres abomináveis
Que se são os meus fantasmas
Não me assombram mais

Fracos seres da madrugada
Que na infância é bicho papão
Crescente vira assombração
E agora, não passam de mera desilusão

Já não me servem de companhia
O medo me abandonou
Meus fantasmas perderam sua magia
A insônia foi o que me restou...

(Nane - 06/09/2018)


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