Tão além do que posso
Mas minha limitação
Proíbe meu dizer
Queria dizer
Tão além do que escrevo
Mas minha limitação
Cala a voz que não tenho
Queria expandir (ou explodir)
Mas o colapso, por fim
Apazigua a lava incandescente
Gelificada dentro de mim
Me conformo e escuto uma canção
Fingindo domar minha emoção
Amanhã, depois do meu adormecer
É provável o meu esquecer
Dias e dias, anos e anos
Passo sem olhar para trás
A vida não perdoa desenganos
Viver ou morrer, tanto faz
O ciclo é cíclico
Um vem e outro vai
Nada, nem ninguém é acíclico
No fundo, tudo se esvai
Queria não dizer
Tanta besteira rimada
Num poema a envaidecer
A vida... sem mais nada
(Nane - 14/09/2018)
(Nane - 14/09/2018)
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