Solidão
Espaço vazio
Fumaça moldando
Figuras etéreas
Sob o olhar também vazio
Sem nada enxergar
Pesando um tudo
No silêncio soturno
Portas abertas
Em cômodos vazios
Tão cheios de lembranças
Do que não volta mais
A garganta arranhada
Pela tosse crônica
Quebrando o silêncio
Em meio a madrugada
Lágrimas livres
Escorrem pela face
Sem nenhuma preocupação
Sem nenhuma ilusão
Pensamentos dispersos
Não conseguem se fixar
Nas vozes que veem da tv
Ligada para as paredes
O cansaço há de derrubar
O corpo pedinte do descanso
Logo após o banho escaldante
Precedido de tantos copos de cerveja
Ninguém pode compreender
A solidão além do seu próprio ser
Quando repleto o salão
Rodopia numa valsa sem par
O fechar dos olhos refresca
O momento do estar consigo mesmo
Quando conta a sorte do sonhar
Que a vida é um eterno bailar...
(Nane - 09/09/2018)
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