O ringue do meu tempo (hoje hoctógono)
Se expõe, se abre e se oferece
Subo, determinada a vencer
Num golpe só, vou à lona
Tenho tanto o que aprender...
As vozes, as luzes, o holofote
Tonteiam minha mente vazia
Tão cheia de dúvidas cruéis
Que pesam meu corpo dolorido
Cada vez que tento levantar
O fígado já esmorecido
Dos golpes que a própria vida dá
Parece se derreter, se esvair
É complicado ficar de pé
Mas do nocaute tenho que sair
O juiz conta devagar
Enquanto meus pensamentos
Embaralhados tentam divagar
Se vale a pena continuar
Ou a toalha...jogar
Cansada e tonta me levanto
O show não pode parar
A vida disposta a bater
Eu, exposta para apanhar
Vamos ver no que vai dar
(Nane - 15/09/2018)
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