Saudades da sementinha
Que um dia vi germinar
No seio fértil da terra
No ventre que eu vi crescer
Até que rompeu do solo
E em flor desabrochou
Flor primeira
Tão linda e sensível
Tão precisada de proteção
Tão admirada e querida
Flor que eu vi nascer
Robusta e forte
Real e virginal
En solo que por nada
Se deixou contaminar
De ervas daninhas
Que cresceram e taparam-me
A visão da pequenina flor
De que sinto saudades
Mas que é cercada por espinhos
Que envenenados matam
Se dela me aproximar
Deixa a flor crescer
E quem sabe dar sementes
Que a façam perpetuar
Em solo limpo e arado
Sem ervas daninhas no seu jardim...
(Nane-24/10/2011)
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