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quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Papel do poeta
Loucos, insanos, fingidores
Por vezes boêmios
Por outras casulos
Sorriem e choram
Se escondem e se mostram
Se rasgam e se costuram
Se jogam de pontes
Janelas e escadas
Se entregam e se trancam
Matam e morrem
Sem meias palavras
Se ridicularizam e se encantam
Num mesmo instante
São pobres operários
Tentando a vida
Em rimas e versos
Mostrar num papel
Que a maioria embrulha
Amassa sem ler
Embrulha o peixe
Sem nem perceber
Os pedaços da alma
E do coração de um poeta
De um louco insano
Que ousou escrever
No papel que agora
No lixo vai viver...
(Nane-20/10/2011)
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