O que vai pelos muros
Preconiza anseios
Desejos e vontades
Relegados ao adormecer
Picham as sementes
Regadas de um amor
Contido e submisso
À revelia do dia a dia
A gentileza que gera a gentileza
Se esvai na falsa nobreza
Da aparência da pobreza
Na túnica de um barbado
É só uma mensagem
Curtida e idealizada
Na quimera da cidade
Ensandecida pela realidade
O que vai pelos muros
É feito oásis no deserto
No respiro da resiliência
Acostumada a violência
Rega menina, o amor
Pelos muros da cidade
Através do anonimato de seu autor
Sem sabermos da sua veracidade
(Nane-04/06/2018)
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