Estranho a velocidade da vida
Que as vezes parece parar
E nunca passar...
Estranho a sensação da monotonia
Que quando perdida
Nos faz querer voltar...
Estranho a complexidade do ser humano
Que vive seu presente em busca de um futuro
Revivendo seu passado
Estranho esse querer do que não se pode ter
Quando ao perceber que o que se tinha
Era tudo o que precisávamos para viver
Estranho ver que o tempo não para
Embora sejamos nós quem passa
Na passarela da sua estrada
Estranho ver morrer um a um
A geração a que pertencemos
Enquanto não chega a nossa vez
Estranho não se sentir em casa
Enquanto dentro das quatro paredes
Erguidas e assinadas por nós mesmos
Estranho a vida como ela é
Quando da incerteza do saber
Se ela é vida ou se apenas morte
Estranho mais ainda, eu escrever
Sobre o que não sei dizer
E no entanto...sinto
(Nane-04/06/2018)
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