Já não quero mais poesia
Posto que ela é natimorta
Ainda na ponta do meu lápis
Quebrada por minha insensibilidade
Volvo em palavras desconexas
Que nada dizem ou significam
Na busca incessante de rimas
Que na prática, nem existem
Rimar mamão com coração
É feito dor com flor
Escrever por escrever
Sem nunca, nada disso viver
Misturas de sensações
No imaginário descabido
De um nada nunca vivido
De meras ilusões
Já não quero mais poesia
Em quimeras relutantes
De sonhos insones
Em madrugadas perdidas
São palavras desperdiçadas
Expostas à julgamentos
De quem sequer presta atenção
Em quem redige uma oração
(Nane-03/06/2018)
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