Dois prazeres na vida me restaram:
o cigarro e a cerveja.
O resto é imposição do destino
- ou de mim mesma, vai saber...
Família é a base (mas não é tudo de bom),
e se a escolhi, não me recordo.
Aceito-a como uma escola
onde é preciso aprender a convivência.
Morreria sem pestanejar
por cada um dos componentes.
Mas não, necessariamente,
me dão prazer.
A cerveja, essa sim,
me faz sorrir, me encoraja,
me faz chorar, me dita poesias,
me faz cantar, e me dá prazer...
O cigarro, esse sim,
Me alivia, me inspira,
atiça minha imaginação
enquanto sua fumaça dança -sinuante- no ar
Escrever, deixou de ser prazer.
Virou apenas hábito adquirido
feito o cachimbo que fez a boca torta,
de tanto ser usado.
Dois prazeres na vida me restaram
e ambos fazem parte do meu viver (ainda).
Fumo e bebo sem nenhuma culpa,
e morro pelos prazeres (que restaram).
(Nane - 26/11/2013)
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