Dei tanto murro
Em ponta de faca
Idealizei utopias
Acreditei
Nos homens de preto
Comedores da carniça
De seus eleitores
Saí nas ruas
Aos brados de protestos
Derrubando o maioral
E abrindo espaço
Para o próximo da fila
Comer o meu fígado
Sem tempero nenhum
O sangue ferveu
Não é alienação
É mesmo desilusão
Não voto em ninguém
Nem em Jesus Cristo
Nem em minha mãe
Que nunca me pediram voto
Deixa pra molecada
Essa valente missão
De mudar o mundo
Já não tenho mais forças (nem vontade)
Cansei dessa luta inglória
Mudei a mim mesma
Isso me basta
(Nane - 08/10/2013)
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