domingo, 3 de novembro de 2013

Gaiola

Pássaro preso
Tratado e alimentado
Cantando seu canto
Por tantos admirados

Sina enfadonha
De passos contados
Pela gaiola dourada
Seu habitat

Só o verbo cantar
Sabe conjugar
Viver, amar, procriar
Desconhece o que seja

O tempo é claridade e escuridão
Não se conta mais nada
Dia, semana e ano
É o claro e o escuro

Já nem sente pesar
Ou mesmo alegria
Vive o que é permitido
Na prisão da sua vida

Liberdade é desconhecida
Felicidade nunca teve
A morte não teme
Talvez por querê-la

Pássaro preso
Tratado e alimentado...

(Nane - 03/11/2013)

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