O dia é dos mortos
E eles ganham flores
Sentem-se nauseabundeados
Com o cheiro do próprio enterro
Relembrado pelos seus
A corrente dos sentimentos
Os arrastam aos cemitérios
A contragosto
Mas vão assim mesmo
Por amor aos vivos
Quando foi a última vez
Que uma flor foi te ofertada
Não se desespere
O seu dia vai chegar
E então, todo ano
No dia de finados
Você vai ganhar
O dia é dos mortos
Que mais do que nunca
Vivem
Enquanto os vivos
Aos poucos...morrem
(Nane - 02/10/2013)
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