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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
A morte de uma orquídea
Tempos atrás, sem saber que era uma orquídea
Plantei uma semente...que cuidei com carinho...
Ela germinou, nasceu e cresceu bonita
O que eu não sabia...é que ela era mágica
E mudava suas cores sempre que me via
Ficava rubra quando expressava amor
Se azulava para olhar o céu com poesia
E quando via o arco-íris, se vestia de amarelo
Mas era no seu branco, que me trazia a sua paz...
Amei essa orquídea com toda a força do meu ser
Cuidei com tanto desvelo e dedicação
Que acabei por sufocá-la
Minha orquídea adoeceu...
A coloquei numa redoma...apliquei remédios
Ela não reagiu...amarelou, melou, entristeceu
Não tive a coragem de podá-la...cortá-la
Pedi, chorei, supliquei, implorei...mas ela não me ouviu
Se deixou contaminar pelo veneno que eu mesma apliquei
Na tentativa de salvá-la...
Quis replantá-la, ela se recusou a sair do seu lugar
Fiz o que podia para reanimá-la...revivê-la
Minha orquídea se despetalou...não mudava mais de cor
E sequer uma semente me deixou
Se é que tinha alguma dentro de si, com ela melou
Foi muito triste a constatação que fiz num certo amanhecer
A orquídea que eu tanto amei...despetalada e murcha...morreu.
Acabou-se a magia...não existe mais suas cores
De tudo o que restou...ficou essa poesia
Só para dizer a ela...o meu adeus
(Elian-02/02/2012)
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