sábado, 30 de julho de 2011

Eu...

Eu...
escrevia para mim,
mas aprendi com meus leitores
que tenho sim influência sobre quem me lê.
Não tenho a pretenção da fama, até porque
no Brasil, ou você compra um livro, ou come
um "P.F" (prato feito); mas tenho alguns seguidores
que gostam das bobagens que eu escrevo.
Não me auto denomino escritora, mas rabiscadora;
porque não aceito os cabrestos da nossa literatura.
Deixo minha mão correr solta impulsionada apenas
pelas ondas desassossegadas que vivem em
tempestades de raios fulminantes no cérebro
inquieto que Deus, caprichosamente, aconchegou
na caixa craniana desse corpo esquálido que me deu.
Uma compensação mínima por parte dele.
Tento sim, escrever sem tantos dissabores ou
tristezas, mas sou a essência do que escrevo, e
entendo que se não passo meu estado de espírito,
estaria sendo falsa comigo e com quem me lê.
Então não seria eu...
Acredito que Deus é como uma tábua solta no mar,
onde a gente se agarra na esperança de não se afogar.
Eu sou criação dele, então é dele a responsabilidade
pelo que sou e pelo que penso, não acho que se
aborreça por isso. E tão pouco me espetará com
um tridente cada vez que minha opinião for contrária
aos seus "ensinamentos". Foi ele quem me fez assim,
questionadora e contraditória. Agora aguenta.
Ah, e não me sinto culpada por pecado original
nenhum.
É isso. Falei o que queria...

(Nane-30/07/2011)

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