Que tanto reclamo eu
Que tenho casa e família
E faço a minha parte cidadão
Não perturbando a sociedade
Meus cachorros e meus gatos
Comem, bebem e me amam
Perdi a conta de quantos são
Todos juntos e misturados
Tenho filho e neto emprestados
Pelo "Cara" lá de cima
Uma profissão definida (ainda que não a exerça)
E uma vida para viver
Escrever é minha terapia
Deus, uma incógnita sem o "x" da questão
Morrer é consequência
O tempo, mera sobrevivência
Grana, essa é no dia a dia
Se vivo, sobrevivo
Ter mais é mera utopia
Além do que me é preciso
Então porque tanta reclamação
Nesse ínfimo interior
Que não sabe dar valor
E nem tem consideração
Na procura por palavras
Me perco e não me encontro
Não sei falar por parábolas
Não sou Jesus e nem sou santo
Ainda estou na estação
Esperando o trem chegar
Passageiro de um vagão
Prestes a me levar
(Nane-13/12/2017)
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