quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

NA ESTAÇÃO


Que tanto reclamo eu
Que tenho casa e família

E faço a minha parte cidadão
Não perturbando a sociedade

Meus cachorros e meus gatos
Comem, bebem e me amam
Perdi a conta de quantos são
Todos juntos e misturados

Tenho filho e neto emprestados
Pelo "Cara" lá de cima
Uma profissão definida (ainda que não a exerça)
E uma vida para viver

Escrever é minha terapia
Deus, uma incógnita sem o "x" da questão
Morrer é consequência
O tempo, mera sobrevivência

Grana, essa é no dia a dia
Se vivo, sobrevivo
Ter mais é mera utopia
Além do que me é preciso

Então porque tanta reclamação
Nesse ínfimo interior
Que não sabe dar valor
E nem tem consideração

Na procura por palavras
Me perco e não me encontro
Não sei falar por parábolas
Não sou Jesus e nem sou santo

Ainda estou na estação
Esperando o trem chegar
Passageiro de um vagão
Prestes a me levar

(Nane-13/12/2017)

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