Hoje
No tanto de tempo que tenho
Me pergunto o que fazer
Para realmente valer
Confusa em pensamentos
Destoados de fundamentos
Atordoados e embriagados
Embasados em dúvidas
Onde está o oásis
Que julguei alcançar
Na maturidade escancarada
Que o espelho insiste em mostrar
Fervilham meus miolos
Sem resposta nenhuma
Equilibrando meus pés descalços
Num fio livre de lavas
Até quando vou conseguir
Seguir sem cair
Só o tempo me dirá
Enquanto eu não escorregar
Procuro com afinco o corrimão
Embaçado pela minha visão
Me fazendo insegura na caminhada
Desse fio que é a minha estrada
Despencar e na lava mergulhar
Talvez me fizesse descansar
Mas a fila eu preciso puxar
Até a hora certa de chegar
Vou caminhando pelo fio da meada
Tentando me equilibrar no corrimão
Posto que é por esta estrada afogueada
Que hei de sossegar meu coração
(Nane-29/12/2017)
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