domingo, 31 de dezembro de 2017

PRECE AOS CÃES VADIOS

Da chuva que cai lá fora
Só ouço o barulho aconchegante
Aqui dentro o frio não chegou
Ao contrário, está calor

Nessa noite escura e sem luar
Resta apenas escutar
O ritmo que as gotas impõem
Enquanto estão à molhar

Silenciam todos os ladrar
Dos cães vadios à se acabrunhar
Pelas vielas da cidade adormecida
Nas vésperas dos fogos pipocar

Hoje é só silêncio
Nessa noite de chuva intermitente
Prenunciando o barulho festivo
De uma noite de quimeras

Pobres cães vadios
Desabalando-se em correrias
Sem noção nenhuma de direção
Nos festejos da ilusão

Durmam em paz nessa noite
No silêncio dessa madrugada
Em que nada se festeja
E a chuva cai bem ritmada

O amanhã há de os apavorar
Enquanto os homens irão brindar
À algo que não irá chegar
Mas que eles hão de acreditar

Durmam em paz, cães vadios
Nessa noite sem lua
Que Deus os protejam no amanhã
Ao se perderem no meio da rua

(Nane-31/12/2017)


CERTEZA ABSOLUTA

Tolo menino
Que ousou pensar
Não fazer parte de mim

São tantas as vertentes
Do sangue que corre nas veias
Se não do corpo, da alma
Que "fareja" afinidades

Por onde caminhamos
Traçamos uma estrada
Em paralelos aparentes
Se cruzando no final

Tolo menino
Que hoje se fez homem
Sangue do meu sangue
Em caminho espiritual

Um abraço te daria
Em meus braços te aninharia
Num momento de alegria
E te ofertaria minha poesia

Tolo menino escuta
Sou eu a sua tia
E isso ninguém me tira
Com toda a certeza absoluta

Passe o tempo que passar
Venha de onde vier
Nossa vida há de sempre se entrelaçar
Em nosso eterno reviver

Tolo menino, homem feito
Dá-me tua mão sem reticências
Caminha comigo por essa estrada
Que denominamos de família

E perdoe se não fui enfática
Na sua criação
Mas creia, o que te digo agora
Foi ditado no mais fundo do meu coração

*Parabéns Papau!!

(Nane-31/12/2017)








sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

MARCAS DO QUE SE FOI

2017 se vai
Deixando suas marcas
Transformadas em lembranças
Virando passado

Coisas boas e coisas ruins
Como a vida deve ser
Aprendizados e refrescos
Na escola do viver

Sem dúvida o que mais marcou
Foi o retorno de minha mãe
À casa do Pai eterno
E a saudade que dela ficou

Em seus 92 anos
Muito, muito ela me ensinou
Se nem tudo eu aprendi
Foi por mera vadiagem

Dentre as coisa que aprendi
Foi o desapego e o deixar ir
Guardando só coisas boas no coração
E a força que tem a oração

Mulher de fibra e de coragem
Se foi sem nada dever
Viveu intensamente por essas paragens
E agora em outro plano foi viver

Orgulho de ter sido sua filha
E um pouco sua mãe
Vendo-a em todo vôo de uma ave
Alegro-me com a sua liberdade

2017 se vai
Marcando na minha eternidade
O momento da sua partida
Em paz e plena de harmonia

Descansar sei que não vai
Posto que é guerreira e lutadora
Então mãe, sê feliz em sua nova jornada
Que o ano novo, para ti já se fez

(Nane-29/12/2017)


FALTA DE INSPIRAÇÃO

Já não rabisco mais
Com tanto afinco
Já não tenho mais
Tanta inspiração

Perdeu-se de mim
Embora não seja o fim
Mas desvencilha-se da minha mão
Que pouco rabisca sozinha

Louca e insana inspiração
Que despia meu coração
Agora fechado e couraçado
Completamente blindado

Dá pouca importância aos rabiscos
Dizimando toda e qualquer rima
Dizendo que a inspiração é demência
Sem nenhuma abrangência

Passeia por outros poetas
Tontos e sem noção
Dispostos à rabiscar
A efemeridade do verbo amar

Não gosto do pensar
Por isso meu pouco rabiscar
Gostava mesmo de copiar
Tudo o que ela vinha me assoprar

Mas calou-se a sua voz
Sem clemência e algoz
Do que pensei ser poesia
E na falta dela... silencia

(Nane-29/12/2017)




MEANDROS DE MIM

Hoje
No tanto de tempo que tenho
Me pergunto o que fazer
Para realmente valer

Confusa em pensamentos
Destoados de fundamentos
Atordoados e embriagados
Embasados em dúvidas

Onde está o oásis
Que julguei alcançar
Na maturidade escancarada
Que o espelho insiste em mostrar

Fervilham meus miolos
Sem resposta nenhuma
Equilibrando meus pés descalços
Num fio livre de lavas

Até quando vou conseguir
Seguir sem cair
Só o tempo me dirá
Enquanto eu não escorregar

Procuro com afinco o corrimão
Embaçado pela minha visão
Me fazendo insegura na caminhada
Desse fio que é a minha estrada

Despencar e na lava mergulhar
Talvez me fizesse descansar
Mas a fila eu preciso puxar
Até a hora certa de chegar

Vou caminhando pelo fio da meada
Tentando me equilibrar no corrimão
Posto que é por esta estrada afogueada
Que hei de sossegar meu coração

(Nane-29/12/2017)


terça-feira, 26 de dezembro de 2017

BEIJOS DE NATAL

Veio a saudade
Num sopro de brisa
Beijar minha face
Arrancando-me um sorriso

Nos sabores do Natal
O prazer de minha mãe
Com a rabanada devorada
Se deliciando

No arroz tão colorido
Bem casado com as saladas
A mão abençoada
Da Baixinha que os preparava

Festejam em algum lugar
De mãos dadas com os outros
Que se foram para esse mesmo lugar
E que com certeza, vieram nos visitar

Já não há tanta tristeza
Apenas a saudade que ficou
Do amor que ainda nos une
E nos es(a)colheu por família

A vida segue seu rumo
Aqui e lá
Na certeza de que são paralelos

Com o destino de se encontrarem

Enquanto isso vou sorrindo
Cada vez que a brisa soprar
Com carinho em minha face
Beijada por vocês...

(Nane-26/12/2017)




sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

ENTÃO É NATAL

As luzes da cidade anunciam
A proximidade do Natal
Tempo de renovar a esperança
Estampada no sorriso de cada criança

Tempo de buscar nas lembranças
Nosso próprio tempo de criança
Quando a ceia (farta ou não) à meia noite
Unia a família inteira

E o tempo parecia não passar
Por causa da ansiedade a nos tomar
Por um presente que (nem sempre) viria
Ou simplesmente por toda a magia

Tantos e tantos Natais
De cheiros e gostos imortalizados
Em momentos que não sabíamos
Eram de pura felicidade

O ir e vir de entes
Perpetuando outros Natais
Na memória de quem ficou
Repassando à quem virá

Da mesa antes repleta (de gente)
Tantas outras se completaram
Preenchendo as cadeiras vazias
Renovando a "velha" magia

A árvore frondosa deu seus frutos
E se por um tempo se viu nua 
Novas folhas a cobriram
São fases das estações

Então é Natal
As luzes da cidade anunciam
A vida segue seu curso
E a esperança é uma criança

*FELIZ NATAL!!!

(Nane-22/12/2017)




segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

CONVERSA DE BÊBADO

Final de domingo
Cevada equilibrando
Todos os censores
Na brasa do churrasco

Frita os neurônios
Que me mantém ativa
E no entanto delira
Um bêbado ao meu lado

Me quer e diz que me ama
Louco, sem noção de nada
Fala mais do que devia
Faz dos meus ouvidos...penico

Vai domingo, embora
Que a segunda já chegou
Ta na hora de dormir
Despeja no vaso a cevada

Amanhã tudo estará acabado
E completamente esquecido
Salvo a carne gostosa
Que não é a minha

Durmam em paz todos os bêbados
Que dizem, Deus protege
Boemia sempre é poesia
As doze badaladas fechou a noite...

(Nane-18/12/2017)




sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

SONHOS IMAGINÁRIOS

Escrever na madrugada
Rotina de notívago
Acostumado ao não dormir
Vivendo sonhos imaginados

Talvez seja o silêncio o responsável
Pela soberba julgada inspiração
Ditando palavras de persuasão
Da minha própria ilusão

Silêncio perfurante e dizimante
Que a madrugada faz gritar alucinante
Ensurdecendo tímpanos doloridos
Calando vozes no tempo perdidas

Sonhos impossíveis de realizar
Posto que não durmo
Só fazendo imaginar
Sem ter nunca um despertar

Pudesse eu adormecer
Certamente acordaria
E certamente perceberia
Que meus sonhos são só poesia

Talvez seja essa a minha sina
Rabiscar na madrugada
Sem me preocupar com alguma rima
Me sentindo por palavras embriagada

Dançam em minha mente aparvalhadas
Desordenadas e sem estilo
Sabem, com certeza que é na madrugada
Que eu me liberto e...vivo

(Nane-15/12/2017)



quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

#JuntosPeloDavi

Natural que sonhe o jovem
Com os carrões, motos, amores
E as baladas até o raiar do dia
Vicejando  o ápice de ser feliz

Natural que seja o jovem
Dono do seu próprio nariz
Quando imagina ser dono do mundo
E por ele entrega seu vigor

Natural que se sinta onipotente
Senhor de todas as razões
Buscando nessa força suas realizações
De um futuro brindado à maturação

Imprescindível que tenha o jovem
O direito de viver tudo isso
Sem a angústia do saber
Que pouco tempo vai viver

Duros são meus versos
Realistas por demais
Mas são um grito por socorro
Tão simples de atender

Um, dois, cinco, dez Reais
Tão pouquinho para você
Tão importante na solução
Do continuar a bater um coração

Davi
Estamos aqui
Ajuda quem quiser saber
Que você conseguiu sobreviver

Boa sorte!

(Nane- 14/12/2017)

*#JuntosPeloDavi
Conta:00614300-4/ Agencia: 1850/ Poupança 013
Caixa Econômica Federal
Wilmarta A.C. Abreu 
-------------------------------------------------------
Conta: 07421-5 Agência: 1004
CPF: 02290249122
Bco Itau
Layssa Fernandes Vieira 

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

O CARA

Brindemos então
Literalmente a mais uma primavera
Do primeiro de tantos
Que hoje aniversaria

Primogênito dos "Da Silva"
Já que não é "Vieira"
Por herdar nome e sobrenome

De anjos irmãos

Irmão, amigo, pai e avô
Elias se agigantou
Na arte sublime do criar
Sem ter com quem contar

Tomou para si suas crias
Superou tudo e todos
Com a garra do "Leão"
Nascido sagitário

Me orgulho de você
E peço à Deus muita saúde
Paz e a felicidade que você merece
Por ser quem e como é

(Nane-13/12/2017)

NA ESTAÇÃO


Que tanto reclamo eu
Que tenho casa e família

E faço a minha parte cidadão
Não perturbando a sociedade

Meus cachorros e meus gatos
Comem, bebem e me amam
Perdi a conta de quantos são
Todos juntos e misturados

Tenho filho e neto emprestados
Pelo "Cara" lá de cima
Uma profissão definida (ainda que não a exerça)
E uma vida para viver

Escrever é minha terapia
Deus, uma incógnita sem o "x" da questão
Morrer é consequência
O tempo, mera sobrevivência

Grana, essa é no dia a dia
Se vivo, sobrevivo
Ter mais é mera utopia
Além do que me é preciso

Então porque tanta reclamação
Nesse ínfimo interior
Que não sabe dar valor
E nem tem consideração

Na procura por palavras
Me perco e não me encontro
Não sei falar por parábolas
Não sou Jesus e nem sou santo

Ainda estou na estação
Esperando o trem chegar
Passageiro de um vagão
Prestes a me levar

(Nane-13/12/2017)

MÁS COMPANHIAS


Diga-me com quem andas
E te direi quem és
Se Jesus ou algum outro
Quem o disse, bem o sabia

A cerveja e o cigarro
Me restaram por companhia
O corpo e a alma
Me cobram os desvarios

A vida como ela é
Cobra todas as sandices
Impondo juros em percalços
De quem se fez incauto

Nas teias tecidas insólitas
O destino finge ser senhor
Do emaranhado de redes lançadas
Ao qual nos deixamos prender

O crepúsculo se anuncia
Entremeado de um dourado avermelhado
Anunciando o fim de mais um dia
Em que nada mudou

Se eu parar por aqui
A vida vai continuar
Se eu seguir em frente
Nada vai mudar

A vida como ela é
Cobra todas as sandices
Impondo juros em percalços
De quem se fez incauto

(Nane-13/12/2017)

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

VIELAS DA NOITE

Perambulando pelas faces da noite
Por vielas assombradas e vazias
Escuto murmúrios instigantes
Sons derivados do meu silêncio

O vazio preenchendo os espaços
Comprimem meu peito contra a parede
Concretada em meus (re)sentimentos
Subjugados à minha alma errante

Fugir não posso
O destino é predeterminado
São fugas e descasos
Caminhos tortuosos

Pede um tempo a poesia
Para o refluxo de uma disfasia
Palavras ácidas e engasgadas
Incompreensíveis e vagas

Multifacetária noite
Por vezes tão longa ou tão curta
Trazendo companhias efêmeras
Espectros fugidios à luz do dia

Falo em voz alta comigo mesma
No afã de ouvir minha própria voz
No silêncio ensurdecedor de mais uma noite
Em que os sons murmuram melancolias

Verbalizo na escrita meu desassossego
Beirando o próprio destempero
Canalizado nas entranhas de meus erros
Que sempre julguei serem meus acertos

A noite tem vielas profusas
Que me obrigam a percorrê-las
Enquanto não surgem os primeiros raios
Do sol que vai surgir

(Nane-12/12/2017)

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

DOMINGO DE MANHÃ



Daí você acorda antes das 7:00 em pleno domingão
com o "namorado" quase te enforcando num enlace
apertado do pescoço, quase te deixando surda com
um beijo estalado no centro do ouvido, sorrindo e
dizendo que te ama muito, passando suas pernas por
sobre sua cintura! Como não ceder aos seus "desejos"
(sorrindo) de levantar, arrumar seu café da manhã e 
brincar com ele? É assim o meu "domingo
de manhã"... né Diego Frederico???!!!

*Obs: E agora, com as férias, a segunda, terça, quarta,
quinta, sexta, sábado, ...

(Nane - 11/12/2017)

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

SENDO FELIZ




Sobe menino
Nas árvores do quintal
Que te abriga na infância
Te coroando rei

Um dia, menino
Restarão as lembranças
Já embaçadas
Do teu tempo de criança

Viva tudo, menino
Com toda a intensidade
Das tuas reinações
Das tuas imaginações

Corra, nade e plante
Pedala, joga (bola) e se esconda
Descubra-se escalador
Das árvores no quintal

Aproveite menino
Cada instante desse tempo

Em que nada mais importa
Além de ser feliz

E quando, no futuro se lembrar
Sorria um sorriso bem maroto

Reviva com carinho tua infância
E volte, por instantes a ser feliz

(Nane-05/12/2017)


segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

O BÊBADO E O EQUILIBRISTA

Não quer ser herói
Nem tão pouco vilão
Quer apenas o direito e a dignidade
De ser de só um cidadão

O bêbado e o equilibrista
Num conflito intrínseco

Deixam aflorar a indignação
Resultando na perda da razão

Resiliência desgastada
Por tantas pancadas
De toda uma vida enganada
Pelos que vivem na Esplanada

O bêbado falou mais alto
Derrubando o equilibrista
Que no mundo virou notícia
Da vergonha no Brasil

Quem de nós, por um instante
Não quis ser o bêbado em questão
Fazendo implodir de uma vez só
Esse iceberg de corrupção

Difícil livrar algum
Dessa raça de(nominada) políticos
De esquerda, centro e direita
Nos fazendo perder a cabeça

Irá, o bêbado responder por seus atos
Reencontrando seu equilíbrio de fato
Nos anos que te serão destinado
Numa cela fria e sem cortesia

Irá, o equilibrista pensar
Na "besteira" que não é se subjugar
Aos desmandos de uma corja
Acostumados a explorar

Ninguém quer ser herói
Nem tão pouco vilão
Só o que se quer é o direito e a dignidade
De ser simplesmente cidadão

(Nane-04/12/2017)



domingo, 3 de dezembro de 2017

POESIA SEM RIMA


NA DIREÇÃO DO HORIZONTE

E te fostes de mim
Num dia assim
Do qual não me lembro
Mas sei que partistes

A porta escancarada
Encontrastes e entrastes
Deixou um vazio enorme
Quando sequer a bateu

Simplesmente se foi
Sem nem se despedir
Sequer me deu o direito de reclamar
Ou ao menos implorar


Fostes como um vento que sopra
Na direção do horizonte
Inalcançável e lúdico 
Deixando-me perplexa

A certeza da confusão
Criada em minha mente
Desarvorando meu viver
Sem saber o que fazer

E te fostes de mim
Feito o fechar das cortinas
No show que termina
Sob os aplausos da epopeia

Deixando teus rastros nefastos
Nos instantes eternizados
Dos quais não me desvencilho
E parece, nunca se acabam

Ficaram lembranças e saudades
Do que nunca deveria ter sido
Além da certeza tão certa
De que eu...faria tudo outra vez

Agora em meus ouvidos
Só os sussurros desse vento
Que se um dia te trouxe
Da mesma forma te levou...

(Nane- 03/12/2017)


sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

POESIA TRAVADA

Eu poderia tanto
Se trava não houvesse
Em outros tempos talvez
Teria eu o que te dizer

É simples a vida à viver
Mas teimamos em complicá-la
Já não posso dizer o que queria
Melhor calar, emudecer

Quantos sonhos sonhamos juntos
Num tempo em que achávamos ser o nosso
Então o destino se meteu
Virando tudo de ponta cabeça

Homenagens pouco importam
Um abraço bastaria
Palavras rimadas ou adornadas
É...talvez você as guardaria

Esse senhor de todos nós
Sábio e implacável
Diz "na lata" quem é quem
Eu sou eu, você é você

Perdoe a falta de inspiração
E o não dever te rabiscar
O sangue que rola em mim
Me diz que é melhor deixar assim

Um do melhor pedaço de mim
Ruiu sob o teu destempero
Erros e acertos destilados
Em frases ditas, pensadas em disparates

Talvez num outro tempo
Eu volte e te faça uma poesia
Sem nenhuma "trava" à me podar
Sem mágoa nenhuma guardar...

(Nane-01/02/2017)