Tanta coisa engasgada
Na goela dilatada
O sapo não desce
Parece agarrado
Xingar, gritar, me descabelar
Tanto fiz e tanto fez
De nada adiantou
O encantamento acabou
Seu nome ressoando
Nos tímpanos perfurados
A imagem perpetuada
Na retina atrofiada
Deus ou o diabo
Aprisionado num copo de cerveja
Ri da minha cara
Sem me dizer quem é
Vomito no chão
Azedo o ambiente
Xingo o garçom
Levanto e vou embora
(Nane - 02/02/2014)
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