sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Confetes e serpentinas

Todos os meus sonhos
Contidos num samba
De melodia melancólica
E letra pobre

Samba atravessado
Em plena avenida
Sem foliões
Sem estandarte

A porta bandeira
Sem o mestre salas
Rodopia bêbada
Beijando o asfalto

No batuque do surdo
O lamento ecoa
Na madrugada de cinzas
Entre confetes e serpentinas

Segue o cortejo 
Em pleno carnaval
Desfilando na avenida
Quimeras de um banal

Chora  a cuíca
Consolada pelo repique
Enquanto passa sem ser notada
A escola malfadada

(Nane - 21/02/2014)

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