Olhar desafiador
Que me desnuda a alma
Num piscar do segundo
Eternizado
Olhos que fuzilam
Sem chances de defesa
Deixando paralisado
Meus pobres sentidos
Olhar que dita regras
Sem nenhum som
Na clarividência fulminante
De suas cores dúbias
Olhos que me olham por dentro
Transpassando a aura disforme
Rasgada pelo calafrio
Do saber estar sendo olhada
Olhar que se faz terno
Quando feito leito de rio
Percorre o curso do meu corpo
Sorrindo em seu fulgor
Olhos que gosto de olhar
E no entanto me acanha ao me olhar
Mas que se não vem me olhar
Me faz perder a visão - e a razão
(Nane - 16/02/2014)
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