quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

O ébrio

Sorvi o último gole
Com a sede do primeiro
Espremi a garrafa
Mas nenhuma gota restou

A hora maldita
Em plena madrugada
Sem onde comprar
Outra cerveja

A boca ansiosa
Por mais um gole
As mãos tremendo
Feito soluço sem cura

Os olhos marejados
Embaçando os óculos
A cabeça girando
Delirium tremens

Madrugada aflita
Olhos esbugalhados
De novo a insônia
Não sei o que é dormir

O sono tranquilo
Quando chegar
Na lápide estará escrito
Aqui jaz um poeta...ébrio

(Nane - 27/02/2014)


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