Murro de arrimo sem base
Sem nenhuma coluna
Amparando a terra batida
Em meio ao temporal
Rachaduras e fendas já visíveis
Ameaçam ruir a construção
Deitar nas águas do verão
O muro ferido pelo tempo
Mas é preciso conter
A terra batida no chão
Para que não pereça a estrutura
Falida desta terra
Enquanto força houver
O muro será de arrimo
Se não der mais para segurar
Será apenas um monte de entulho
(Nane - 27/02/2014)
Um espaço para falar de tudo e com todos. quem quiser entrar, seja bem vindo.
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
O ébrio
Sorvi o último gole
Com a sede do primeiro
Espremi a garrafa
Mas nenhuma gota restou
A hora maldita
Em plena madrugada
Sem onde comprar
Outra cerveja
A boca ansiosa
Por mais um gole
As mãos tremendo
Feito soluço sem cura
Os olhos marejados
Embaçando os óculos
A cabeça girando
Delirium tremens
Madrugada aflita
Olhos esbugalhados
De novo a insônia
Não sei o que é dormir
O sono tranquilo
Quando chegar
Na lápide estará escrito
Aqui jaz um poeta...ébrio
(Nane - 27/02/2014)
Com a sede do primeiro
Espremi a garrafa
Mas nenhuma gota restou
A hora maldita
Em plena madrugada
Sem onde comprar
Outra cerveja
A boca ansiosa
Por mais um gole
As mãos tremendo
Feito soluço sem cura
Os olhos marejados
Embaçando os óculos
A cabeça girando
Delirium tremens
Madrugada aflita
Olhos esbugalhados
De novo a insônia
Não sei o que é dormir
O sono tranquilo
Quando chegar
Na lápide estará escrito
Aqui jaz um poeta...ébrio
(Nane - 27/02/2014)
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
Lapidando
Sangue, refluxo
Bomba, estopim
Viagem maluca
Loucura sem fim
Alucinação comprimida
Necessária e incontida
Viagens de ida
Voltas de sorte
Disritmias noturnas
Descompassos diurnos
Clamores secretos
Bebidas quentes
Objetivos perdidos
Pasmaceiras seguidas
Tempo infinito
O tudo é o nada
Demora demais
A tosca verdade
Incomoda a roupa
Calor dos infernos
Ébrio sincero
Sem meias palavras
Desejos ocultos
Expostos e sangrentos
Um pedaço de chão
Sem escritura
Lavrada em cartório
Azar de quem fica
(Nane - 26/02/2014)
Bomba, estopim
Viagem maluca
Loucura sem fim
Alucinação comprimida
Necessária e incontida
Viagens de ida
Voltas de sorte
Disritmias noturnas
Descompassos diurnos
Clamores secretos
Bebidas quentes
Objetivos perdidos
Pasmaceiras seguidas
Tempo infinito
O tudo é o nada
Demora demais
A tosca verdade
Incomoda a roupa
Calor dos infernos
Ébrio sincero
Sem meias palavras
Desejos ocultos
Expostos e sangrentos
Um pedaço de chão
Sem escritura
Lavrada em cartório
Azar de quem fica
(Nane - 26/02/2014)
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Primavera de uma quimera
Eu me lembro com carinho
De cada instante do passado
Quando podia sorrir
De nada, por nada, com você
Havia no seu olhar
Toda uma luz à brilhar
Dizendo sem falar
Tudo o que eu queria escutar
Mas veio o tempo da realidade
E a gente se perdeu
Em meios às verdades
Que a vida nos exige
Perdemos a noção
Da doce ilusão
Transformamos fantasias
Em meros dias a dias
Fizemos da ficção
Que nos aquecia o coração
Cobranças inverossímeis
Perdas irreparáveis
Agora restaram as lembranças
De quando fomos felizes
Mesmo sabendo que era só quimera
Fizemos sim a nossa primavera...
(Nane - 25/02/214)
De cada instante do passado
Quando podia sorrir
De nada, por nada, com você
Havia no seu olhar
Toda uma luz à brilhar
Dizendo sem falar
Tudo o que eu queria escutar
Mas veio o tempo da realidade
E a gente se perdeu
Em meios às verdades
Que a vida nos exige
Perdemos a noção
Da doce ilusão
Transformamos fantasias
Em meros dias a dias
Fizemos da ficção
Que nos aquecia o coração
Cobranças inverossímeis
Perdas irreparáveis
Agora restaram as lembranças
De quando fomos felizes
Mesmo sabendo que era só quimera
Fizemos sim a nossa primavera...
(Nane - 25/02/214)
Complexidade
Pereço a cada dia, um pouquinho
Não por sofrer por um amor
Mas por ser humana
E ter por futuro, o perecer
Nascer e morrer, complexidade
Um e outro se confundem
Prisão e liberdade
Quem são, onde estão
O fato é que o sofrer está presente
No nascer e no morrer
Além da velha companheira
A solidão
Sorrio o sorriso dos velhos
Que vislumbram no horizonte
Quando sentem se aproximar
O sofrer imaginado, final
Choro a lágrima dos jovens
Que partem sem querer
Esperneando e se agarrando
Sem nada poderem fazer
Vivo intensamente a alegria
Que me é dada no dia a dia
Já que é o sofrer - quando se nasce e se morre -
Que há de sempre prevalecer
(Nane - 25/02/2014)
Não por sofrer por um amor
Mas por ser humana
E ter por futuro, o perecer
Nascer e morrer, complexidade
Um e outro se confundem
Prisão e liberdade
Quem são, onde estão
O fato é que o sofrer está presente
No nascer e no morrer
Além da velha companheira
A solidão
Sorrio o sorriso dos velhos
Que vislumbram no horizonte
Quando sentem se aproximar
O sofrer imaginado, final
Choro a lágrima dos jovens
Que partem sem querer
Esperneando e se agarrando
Sem nada poderem fazer
Vivo intensamente a alegria
Que me é dada no dia a dia
Já que é o sofrer - quando se nasce e se morre -
Que há de sempre prevalecer
(Nane - 25/02/2014)
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
O que eu escrevo
Escrevo sem nenhum motivo
As vezes só por um carinho
Gosto de homenagear
Amigos, amores, vizinhos
Não tenho a intenção
De ser poeta de Academia
Apenas rabisco o que vai
Na cachola, no coração
Não faço métricas e nem rimas
Só quando fico abestada
Gosto mesmo é de um papo reto
Direto e sem desvios
As vezes escrevo com leveza
Mas me pesa essa doçura
Me perco e me embaralho nas palavras
E o fim nunca acompanha o começo
Escrevo só por escrever
Sem compromisso com mais nada
Leia quem quiser ler
Sou eu o que eu escrevo
(Nane - 24/02/2014)
As vezes só por um carinho
Gosto de homenagear
Amigos, amores, vizinhos
Não tenho a intenção
De ser poeta de Academia
Apenas rabisco o que vai
Na cachola, no coração
Não faço métricas e nem rimas
Só quando fico abestada
Gosto mesmo é de um papo reto
Direto e sem desvios
As vezes escrevo com leveza
Mas me pesa essa doçura
Me perco e me embaralho nas palavras
E o fim nunca acompanha o começo
Escrevo só por escrever
Sem compromisso com mais nada
Leia quem quiser ler
Sou eu o que eu escrevo
(Nane - 24/02/2014)
Vem brincar
Deixa a batucada me levar
No ritmo da madrugada
Até o dia raiar
O sol é lume em meu olhar
Que arranca sorriso franco
De felicidade e êxtase
Vou sair no carnaval
Com o abadá do Dadau
E brincar até cansar
Sou baiana sangue bom
Que em pleno carnaval
Vira vendaval
Alegria, alegria
Deixa a vida me sorrir
E quem quiser...é só me seguir
(Nane - 24/20/2014)
L'amour
Passou o tempo
Não vimos
Não sentimos
Parou o tempo...em nós
Encontro marcado
Pelo destino
No além mar
De três continentes
A bela Isabel
Sem torre de babel
Falou com o olhar
Fez Ricardo se apaixonar
De brinde ao amor
Nasceu Catarina
Selando a aliança
Dos três continentes
Brasil, Angola e Portugal
Contam esta estória
Que de final não precisa
Posto que é feliz em vida
(Nane - 24/02/2014)
Não vimos
Não sentimos
Parou o tempo...em nós
Encontro marcado
Pelo destino
No além mar
De três continentes
A bela Isabel
Sem torre de babel
Falou com o olhar
Fez Ricardo se apaixonar
De brinde ao amor
Nasceu Catarina
Selando a aliança
Dos três continentes
Brasil, Angola e Portugal
Contam esta estória
Que de final não precisa
Posto que é feliz em vida
(Nane - 24/02/2014)
sábado, 22 de fevereiro de 2014
Legião de raios
Raios me partam
Se tivesse eu
O brilho que emana do sol
Ou a claridade da lua
Talvez num lampejo
Me fariam luz
Por um único momento
De total claridão
Partam-me todos os raios
Por não poder enxergar
Além da minha pobre verve
Que nem sei contar
Hoje a noite não tem luar
E é nessa escuridão sombria
Que eu e o mar, de ressacas
Nos deixamos contaminar
Quando o sol surgir no alvorecer
Meus neurônios já serão meus
Talvez você nem mais exista
Além de aqui...dentro de mim
(Nane - 22/02/2014)
Se tivesse eu
O brilho que emana do sol
Ou a claridade da lua
Talvez num lampejo
Me fariam luz
Por um único momento
De total claridão
Partam-me todos os raios
Por não poder enxergar
Além da minha pobre verve
Que nem sei contar
Hoje a noite não tem luar
E é nessa escuridão sombria
Que eu e o mar, de ressacas
Nos deixamos contaminar
Quando o sol surgir no alvorecer
Meus neurônios já serão meus
Talvez você nem mais exista
Além de aqui...dentro de mim
(Nane - 22/02/2014)
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Dúvidas
Deus, meu Deus! Donde estás que pareces não me ouvir?
Acaso sou a pródiga mencionada em teu livro?
Ou mera passageira na condução do limbo à ir?
Escritura talhada em pedras de alfarrábios...
Adianta ainda alguma coisa pedir?
Se sou arrancada dos sonhos em que lavro
Desejos, vontades, com que me apalavro
Sabendo desde já que não os irei sentir
De que mais valia foi ter nascido poeta
Se meus versos não falam em teus ouvidos
E gritam o tempo todo em meu coração?
Sei que esse amor não é mera ilusão
Mas acho que Deus está adormecido
Ou minha oração não está correta
(Nane - 21/02/2014)
Confetes e serpentinas
Todos os meus sonhos
Contidos num samba
De melodia melancólica
E letra pobre
Samba atravessado
Em plena avenida
Sem foliões
Sem estandarte
A porta bandeira
Sem o mestre salas
Rodopia bêbada
Beijando o asfalto
No batuque do surdo
O lamento ecoa
Na madrugada de cinzas
Entre confetes e serpentinas
Segue o cortejo
Em pleno carnaval
Desfilando na avenida
Quimeras de um banal
Chora a cuíca
Consolada pelo repique
Enquanto passa sem ser notada
A escola malfadada
(Nane - 21/02/2014)
Contidos num samba
De melodia melancólica
E letra pobre
Samba atravessado
Em plena avenida
Sem foliões
Sem estandarte
A porta bandeira
Sem o mestre salas
Rodopia bêbada
Beijando o asfalto
No batuque do surdo
O lamento ecoa
Na madrugada de cinzas
Entre confetes e serpentinas
Segue o cortejo
Em pleno carnaval
Desfilando na avenida
Quimeras de um banal
Chora a cuíca
Consolada pelo repique
Enquanto passa sem ser notada
A escola malfadada
(Nane - 21/02/2014)
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
Visagem
Da bela morena
Na beira da praia
Levantando sua saia
Dançando na areia
Provocando o horizonte
Que se desalinha
Diante das ondas do mar
Só para te olhar
Vestida de branco
Um simplório pescador
Jura ter visto Iemanjá
Passeia a menina
Na beira do mar
Se deixando levar
Pela brisa que sopra
Pelo vento que a toca
Pela poesia que provoca
(Nane - 20/02/2014)
Minha vó tá maluca
Eu olho em seus olhos
E fico me perguntando
Se ela é normal
As vezes parece
Que a criança é ela
E eu chego até a me assustar
Me leva pra horta
Me faz plantar
E toma banho de lama para me incentivar
Anda de skate
Vive caindo
Pagando mico
E faz careta
Tentando me assustar
Só faço sorrir
Minha vó é um barato
Gosto de estar com ela
Enquanto não me canso
Diz que serei rockeiro
E bem que gosto do som
E das caretas que ela faz
Cheguei a conclusão
Tem mais jeito não
Minha vó tá maluca
(Nane - 20/02/2014)
E fico me perguntando
Se ela é normal
As vezes parece
Que a criança é ela
E eu chego até a me assustar
Me leva pra horta
Me faz plantar
E toma banho de lama para me incentivar
Anda de skate
Vive caindo
Pagando mico
E faz careta
Tentando me assustar
Só faço sorrir
Minha vó é um barato
Gosto de estar com ela
Enquanto não me canso
Diz que serei rockeiro
E bem que gosto do som
E das caretas que ela faz
Cheguei a conclusão
Tem mais jeito não
Minha vó tá maluca
(Nane - 20/02/2014)
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
Buraco negro
Um vácuo sem ar
Consumindo a razão
Embriagando as decisões
Perdendo a noção
Um aperto no peito
Prendendo a respiração
Uma agonia constante
Sem vontade nenhuma
Um adeus sem aceno
Um gosto salgado
Na boca amarga
Vertendo dos olhos
Um espelho quebrado
Por sua sinceridade
Ao mostrar a verdade
Do tempo cruel
Um amor sofrido
Por só ser infinito
Pela imagem espatifada
E no chão...esparramado
(Nane - 19/02/2014)
Consumindo a razão
Embriagando as decisões
Perdendo a noção
Um aperto no peito
Prendendo a respiração
Uma agonia constante
Sem vontade nenhuma
Um adeus sem aceno
Um gosto salgado
Na boca amarga
Vertendo dos olhos
Um espelho quebrado
Por sua sinceridade
Ao mostrar a verdade
Do tempo cruel
Um amor sofrido
Por só ser infinito
Pela imagem espatifada
E no chão...esparramado
(Nane - 19/02/2014)
Poesia reta
De nada vale tantas palavras bonitas
Rimadas com todo o cuidado
Se dizem só mentiras ou - no máximo conta- os desejos
Das venturas que o poeta não tem
Rasgo meus versos intrépidos
Sem - por vezes - me conter
Em busca, não do reconhecimento
Mas da ausculta do meu silêncio
Pesam meus versos cabisbaixos
Quase que enfurecidos
E no entanto ecoam ao meu redor
Feito açoite de feitor
Não posso adornar palavras
Com rimas de euforias
Triste, pesada ou sem nexo
Essa é a minha poesia
(Nane - 19/02/2014)
Rimadas com todo o cuidado
Se dizem só mentiras ou - no máximo conta- os desejos
Das venturas que o poeta não tem
Rasgo meus versos intrépidos
Sem - por vezes - me conter
Em busca, não do reconhecimento
Mas da ausculta do meu silêncio
Pesam meus versos cabisbaixos
Quase que enfurecidos
E no entanto ecoam ao meu redor
Feito açoite de feitor
Não posso adornar palavras
Com rimas de euforias
Triste, pesada ou sem nexo
Essa é a minha poesia
(Nane - 19/02/2014)
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Soneto sem simetria
Dramaturgia Shakespeariano
Retalhando a vida real
Em seu malfadado e pobre cotidiano
De um mundo liberal e desigual
Sem nenhuma simetria
Um soneto arrancado da ignorância
De uma poeta que só quer fazer poesia
Sem se importar com sua deselegância
Seu drama à beira de ser tornar fatal
Escreve só verso profano
Maldizendo sua própria trajetória
Fraca e pobre poesia
Brindada num drink misturado com cicuta
Em busca do sossego da poeta ou da puta
(Nane - 18/02/2014)
Heresia
Leio nas entrelinhas
Dos poemas e canções
O que eu gostaria
De ouvir da sua boca
Interpreto ao meu querer
O que penso conter
Nas palavras e melodias
Que gostaria de te ouvir dizer
Interpretação só minha
Que não condiz com a realidade
E vem você com a verdade
Me despertar, me machucar
Juro por mim mesma
Não mais me enganar
Mas as malditas entrelinhas
Insistem em me fazer sonhar
E leio a poesia
Imaginando ser pra mim
Ignorando a heresia
De querer tanto você assim
(Nane - 18/02/2014)
Dos poemas e canções
O que eu gostaria
De ouvir da sua boca
Interpreto ao meu querer
O que penso conter
Nas palavras e melodias
Que gostaria de te ouvir dizer
Interpretação só minha
Que não condiz com a realidade
E vem você com a verdade
Me despertar, me machucar
Juro por mim mesma
Não mais me enganar
Mas as malditas entrelinhas
Insistem em me fazer sonhar
E leio a poesia
Imaginando ser pra mim
Ignorando a heresia
De querer tanto você assim
(Nane - 18/02/2014)
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Ostracismo
Teimosos pensamentos
Que voam sem limites
Por sobre os oceanos
Cruzando os limiares
Da prisão e do ostracismo
Do corpo abaulado
Livre e sem amarras
Vai de encontro aos sonhos
Derramando sensações
Dos prazeres imaginados
Pela fertilidade de suas asas
Alegrando o corpo - quase - inerte
Asas de poeta
Que faz da dor inspiração
E bate cada vez mais forte
Alçando seus voos ao cume
Sem cuidar da derrocada
No abrir dos olhos do abaulado
Acordar não vale a pena
Poeta foi feito pra sonhar
Passarinho por essência
Precisa de liberdade
Para poder voar
Sem nunca mais pousar
O corpo...esse deixa estar
É mera prisão
Dia há de chegar
Em que a gaiola se abrirá
E o pensamento virará
Pássaro pleno de liberdade
(Nane - 17/02/2014)
Amormetria
um apoio (centro)
Num piscar de olhos me transformo em um compasso
Giro 90º, 180º, 270º, 360º graus
Volta completa na circunferência chamada vida.
Dê-me uma régua ou uma trena
Com ela conseguirei medir ou não nossa distância
Que parece infinita.
Dê-me um transferidor para medirmos os graus do nosso amor.
Um esquadro
Quem sabe ele possa nos enquadrar.
Dê-me um ponto
Por ele passarei infinitos segmentos de sentimentos
Paixão, amor, raiva, ressentimento, gratidão...
Só não me limite com dois pontos
Pois, não saberia que segmento de sentimento
Passaria por eles.
(Um professor da rede municipal da Bahia)
Edi Santana Barbosa.
Baskarando
Regras sem fim
Limitando meus sentidos
Se de três ou de seis
"Máskara" de minhas rimas
Matematicamente eu meço
Cada linha declamada
E ponho nas palavras
Toda a paixão declarada
No Compasso da ilusão
Des-compasso o coração
Que em Paralelas caminha
Sem nenhuma Hipotenusa
Me perco nos Catetos
Não Somam, Diminuem
Presa no meu Círculo sozinha
Sonho com o final da linha
A paixão me faz sonhar
Com o Denominador Comum
Mas cegou-me a Razão
Deixando-me in-Quociente
Tantas são as Grandezas
Frente a minha fraqueza
Que vejo na Matemática
A minha verdade pragmática
(Nane - 17/02/2014)
Limitando meus sentidos
Se de três ou de seis
"Máskara" de minhas rimas
Matematicamente eu meço
Cada linha declamada
E ponho nas palavras
Toda a paixão declarada
No Compasso da ilusão
Des-compasso o coração
Que em Paralelas caminha
Sem nenhuma Hipotenusa
Me perco nos Catetos
Não Somam, Diminuem
Presa no meu Círculo sozinha
Sonho com o final da linha
A paixão me faz sonhar
Com o Denominador Comum
Mas cegou-me a Razão
Deixando-me in-Quociente
Tantas são as Grandezas
Frente a minha fraqueza
Que vejo na Matemática
A minha verdade pragmática
(Nane - 17/02/2014)
domingo, 16 de fevereiro de 2014
O olhar
Olhar desafiador
Que me desnuda a alma
Num piscar do segundo
Eternizado
Olhos que fuzilam
Sem chances de defesa
Deixando paralisado
Meus pobres sentidos
Olhar que dita regras
Sem nenhum som
Na clarividência fulminante
De suas cores dúbias
Olhos que me olham por dentro
Transpassando a aura disforme
Rasgada pelo calafrio
Do saber estar sendo olhada
Olhar que se faz terno
Quando feito leito de rio
Percorre o curso do meu corpo
Sorrindo em seu fulgor
Olhos que gosto de olhar
E no entanto me acanha ao me olhar
Mas que se não vem me olhar
Me faz perder a visão - e a razão
(Nane - 16/02/2014)
Que me desnuda a alma
Num piscar do segundo
Eternizado
Olhos que fuzilam
Sem chances de defesa
Deixando paralisado
Meus pobres sentidos
Olhar que dita regras
Sem nenhum som
Na clarividência fulminante
De suas cores dúbias
Olhos que me olham por dentro
Transpassando a aura disforme
Rasgada pelo calafrio
Do saber estar sendo olhada
Olhar que se faz terno
Quando feito leito de rio
Percorre o curso do meu corpo
Sorrindo em seu fulgor
Olhos que gosto de olhar
E no entanto me acanha ao me olhar
Mas que se não vem me olhar
Me faz perder a visão - e a razão
(Nane - 16/02/2014)
Dama da noite
Ah...não me citem como exemplo
Posto que só de merda serviria
Ah...deixem que eu seja a dama
Que na noite exala odores
Nauseabundeante e estonteante
Que embriaga e faz vomitar
Ah...que a paz seja convosco
Pobres cafetões toscos
Que obrigam as messalinas
Aos amores proibidos
Pela falta dos prazeres
Das pudicas escolhidas
Ah...meretrizes domesticadas
Pela honra da sociedade
Fecham seus olhos lacrimejantes
Aos desvios maritais
Finjam um orgasmo inexistente
Trancafiem seus machos num papel
Ah...sintam o cheiro da flor
Que na noite exala o amor - proibido
(Nane - 16/02/2014)
Posto que só de merda serviria
Ah...deixem que eu seja a dama
Que na noite exala odores
Nauseabundeante e estonteante
Que embriaga e faz vomitar
Ah...que a paz seja convosco
Pobres cafetões toscos
Que obrigam as messalinas
Aos amores proibidos
Pela falta dos prazeres
Das pudicas escolhidas
Ah...meretrizes domesticadas
Pela honra da sociedade
Fecham seus olhos lacrimejantes
Aos desvios maritais
Finjam um orgasmo inexistente
Trancafiem seus machos num papel
Ah...sintam o cheiro da flor
Que na noite exala o amor - proibido
(Nane - 16/02/2014)
sábado, 15 de fevereiro de 2014
Só um tempo
Tempo que tenho tempo
Sem saber que tempo tenho
Vivendo o tempo que me tem
Fluindo eu e ele
Enquanto passamos juntos
Tempo sem tempo nenhum
Registrado no cartão de ponto
Batido quando é chegada
A hora da partida
Do tempo perdido
Tempo que cobra e não paga
As horas extras da vida
Perdidas nos contos de fadas
Dos livros lidos e relidos
Sem nunca terem sidos escritos
Tempo que consome o tempo
E faz do espelho inimigo
Num reflexo distorcido
Do que já não mais é aquilo
Que pensou ser
Tempo que diz que é tempo
De cair na real e viver
O que só é possível
Sem ousar sonhar com o impossível
Do tempo que já foi perdido
(Nane - 15/02/2014)
Sem saber que tempo tenho
Vivendo o tempo que me tem
Fluindo eu e ele
Enquanto passamos juntos
Tempo sem tempo nenhum
Registrado no cartão de ponto
Batido quando é chegada
A hora da partida
Do tempo perdido
Tempo que cobra e não paga
As horas extras da vida
Perdidas nos contos de fadas
Dos livros lidos e relidos
Sem nunca terem sidos escritos
Tempo que consome o tempo
E faz do espelho inimigo
Num reflexo distorcido
Do que já não mais é aquilo
Que pensou ser
Tempo que diz que é tempo
De cair na real e viver
O que só é possível
Sem ousar sonhar com o impossível
Do tempo que já foi perdido
(Nane - 15/02/2014)
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Incoerência
Urra dentro de mim
A fera indomada
Presa pelas amarras
Do corpo fatigado
Sopra palavras aos ouvidos
Que as mãos do corpo transcrevem
Dominado pela fera encarcerada
Fazendo-o assinar
A autoria pouco importa
A fera se liberta
A imagem não condiz
Com as palavras rabiscadas
Cada letra derramada
Se mistura com as lágrimas
Da fraca criatura
Carcereira dessa alma
Que sem piedade alguma
Vocifera seu desencanto
Por estar aprisionada
Num corpo desigual
A fera quer sair
Provar da liberdade
Sem ao menos se importar
Se o esquálido perecerá
(Nane - 05/02/2014)
A fera indomada
Presa pelas amarras
Do corpo fatigado
Sopra palavras aos ouvidos
Que as mãos do corpo transcrevem
Dominado pela fera encarcerada
Fazendo-o assinar
A autoria pouco importa
A fera se liberta
A imagem não condiz
Com as palavras rabiscadas
Cada letra derramada
Se mistura com as lágrimas
Da fraca criatura
Carcereira dessa alma
Que sem piedade alguma
Vocifera seu desencanto
Por estar aprisionada
Num corpo desigual
A fera quer sair
Provar da liberdade
Sem ao menos se importar
Se o esquálido perecerá
(Nane - 05/02/2014)
Transmutando
Praticidade e perseverança
Sou eu no dia a dia
Sangrando meus sonhos
Rasgando meu avesso
Mulher determinada
De olho no futuro
Dos que me cercam
E necessitam
Menina perdida
Em meio a travessia
Com escafandros sem ar
Nos meus mares de tormentas
Mãe de minha mãe
Filha do meu filho
Estrofe sem rima
Na poesia perdida
Leoa transmutada
Em cordeiro imolado
Pedindo socorro com os olhos
Marejados e embaçados
Duas faces paralelas
Nuances despercebidas
Na dureza do dia a dia
Só reveladas em poesias
(Nane - 05/02/2014)
Sou eu no dia a dia
Sangrando meus sonhos
Rasgando meu avesso
Mulher determinada
De olho no futuro
Dos que me cercam
E necessitam
Menina perdida
Em meio a travessia
Com escafandros sem ar
Nos meus mares de tormentas
Mãe de minha mãe
Filha do meu filho
Estrofe sem rima
Na poesia perdida
Leoa transmutada
Em cordeiro imolado
Pedindo socorro com os olhos
Marejados e embaçados
Duas faces paralelas
Nuances despercebidas
Na dureza do dia a dia
Só reveladas em poesias
(Nane - 05/02/2014)
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
O olho do obscuro
Subterfúgios idílicos
Viram e reviram
Observam no obscuro
A cada instante
Refletindo seus reflexos
Subjugados à moralidade
Entorpecidos e nocivos
Escondem sob a altivez
Seus lixos empoeirados
Fétidos e asquerosos
No apresentável arquétipo
De cidadão respeitável
Nessa terra onde ninguém
Respeita a dignidade
Observam no obscuro
Por temerem a exposição
Se emproam da máscara cálida
Se alimentam dos dejetos
Apregoam civilidade
Tomam conta das verdades
E vivem nas mentiras
Rechaçam o preconceito
Qualquer que seja ele
Tomam conta das verdades
Chafurdam-se na lama
Brindam ao espetáculo
De cada recomeço
Viva a prosperidade
A sociedade alternativa
Vingadora, envelheceu
Não vingou
As ervas daninhas tomaram conta
O ciclo se completa
Tomar conta da vida alheia
Ainda é o melhor remédio
(Nane - 04/02/2014)
Viram e reviram
Observam no obscuro
A cada instante
Refletindo seus reflexos
Subjugados à moralidade
Entorpecidos e nocivos
Escondem sob a altivez
Seus lixos empoeirados
Fétidos e asquerosos
No apresentável arquétipo
De cidadão respeitável
Nessa terra onde ninguém
Respeita a dignidade
Observam no obscuro
Por temerem a exposição
Se emproam da máscara cálida
Se alimentam dos dejetos
Apregoam civilidade
Tomam conta das verdades
E vivem nas mentiras
Rechaçam o preconceito
Qualquer que seja ele
Tomam conta das verdades
Chafurdam-se na lama
Brindam ao espetáculo
De cada recomeço
Viva a prosperidade
A sociedade alternativa
Vingadora, envelheceu
Não vingou
As ervas daninhas tomaram conta
O ciclo se completa
Tomar conta da vida alheia
Ainda é o melhor remédio
(Nane - 04/02/2014)
Mãinha
Hoje o dia
Maltrata o coração
Que sente saudades
Da mãinha querida
Que por conta de Deus
Em missão maior
Partiu
Mas ficou
Sua presença constante
Chega a ser palpável
Quando um vento macio
Vem beijar sua filha
Que relembrando seu colo
Sente o afago
Nos longos cabelos
Por ela - a mãe- cuidados
Hoje bem mais
Aperta a saudade
É o aniversário
Da mãinha amada
Difícil acostumar
Com a ausência dela
Mas Deus dá força
E a filha se agiganta
De onde estiver
A linda mãinha
Está contigo
E tu com ela
(Nane - 04/02/2014)
Maltrata o coração
Que sente saudades
Da mãinha querida
Que por conta de Deus
Em missão maior
Partiu
Mas ficou
Sua presença constante
Chega a ser palpável
Quando um vento macio
Vem beijar sua filha
Que relembrando seu colo
Sente o afago
Nos longos cabelos
Por ela - a mãe- cuidados
Hoje bem mais
Aperta a saudade
É o aniversário
Da mãinha amada
Difícil acostumar
Com a ausência dela
Mas Deus dá força
E a filha se agiganta
De onde estiver
A linda mãinha
Está contigo
E tu com ela
(Nane - 04/02/2014)
Dorme em paz
Adormeces
Enquanto inquieta
Te espero e invejo
A brisa que te acaricia a face
Adormeces
Entregues ao cansaço
Que te sugou a energia
E me deixou a ver navios
Entregas-te
Nos braços de Morfeu
Enquanto os meus
Abraça o vazio
Alta madrugada
Provavelmente despertarás
E eu, também esgotada
Estarei adormecida
Hoje a noite promete
Nada além do adormecer
Ternamente escuto o ressonar
E velo teu descansar
(Nane - 04/02/2014)
Enquanto inquieta
Te espero e invejo
A brisa que te acaricia a face
Adormeces
Entregues ao cansaço
Que te sugou a energia
E me deixou a ver navios
Entregas-te
Nos braços de Morfeu
Enquanto os meus
Abraça o vazio
Alta madrugada
Provavelmente despertarás
E eu, também esgotada
Estarei adormecida
Hoje a noite promete
Nada além do adormecer
Ternamente escuto o ressonar
E velo teu descansar
(Nane - 04/02/2014)
Orgulho despejado
Então me dizem os amigos
Para ter vergonha na cara
E gostar de mim
Então escuto da sua boca
Palavras que magoam
E decido que é hora de mudar
Então te mando embora
E parto em outra direção
Determinada ao desapego
(palavrinha feia)
Então passa o tempo lentamente
E decidida, te desdenho
Fingindo acreditar - em mim
Então mais um dia se passa
E eu insisto que sou forte
E sobrevivo sem você
Então você me diz
Que sou seu karma
E me manda voltar correndo
Então impõe as condições
E diz que assim será
Se eu quiser voltar
Então mando embora meu orgulho
Me atiro em seus braços
E vou ser feliz - enquanto você quiser
(Nane - 03/02/2014)
Para ter vergonha na cara
E gostar de mim
Então escuto da sua boca
Palavras que magoam
E decido que é hora de mudar
Então te mando embora
E parto em outra direção
Determinada ao desapego
(palavrinha feia)
Então passa o tempo lentamente
E decidida, te desdenho
Fingindo acreditar - em mim
Então mais um dia se passa
E eu insisto que sou forte
E sobrevivo sem você
Então você me diz
Que sou seu karma
E me manda voltar correndo
Então impõe as condições
E diz que assim será
Se eu quiser voltar
Então mando embora meu orgulho
Me atiro em seus braços
E vou ser feliz - enquanto você quiser
(Nane - 03/02/2014)
domingo, 2 de fevereiro de 2014
Desconhecida
Sou só mais um
No meio de milhões
A espalhar lamentos
Em rimas simplistas
Sou só mais um
Poeta popular
Que se calado pela fatalidade
Falta alguma fará
Sou só mais um
Que diz sem pensar
E pensa fazer arte
Amontoando palavras
Sou só mais um
Perdida em devaneios
Ousando a alcunha
De poeta versador
Sou só mais um
Caindo na real
Que o vil metal
Manda...e nunca pede
Sou só mais um
A achar boa minha poesia
Culpando a insensibilidade
De quem teima em não me ler
Sou só mais uma
Soberbamente
Desconhecida...
(Nane - 02/02/2014)
No meio de milhões
A espalhar lamentos
Em rimas simplistas
Sou só mais um
Poeta popular
Que se calado pela fatalidade
Falta alguma fará
Sou só mais um
Que diz sem pensar
E pensa fazer arte
Amontoando palavras
Sou só mais um
Perdida em devaneios
Ousando a alcunha
De poeta versador
Sou só mais um
Caindo na real
Que o vil metal
Manda...e nunca pede
Sou só mais um
A achar boa minha poesia
Culpando a insensibilidade
De quem teima em não me ler
Sou só mais uma
Soberbamente
Desconhecida...
(Nane - 02/02/2014)
Tanto faz
Tanta coisa engasgada
Na goela dilatada
O sapo não desce
Parece agarrado
Xingar, gritar, me descabelar
Tanto fiz e tanto fez
De nada adiantou
O encantamento acabou
Seu nome ressoando
Nos tímpanos perfurados
A imagem perpetuada
Na retina atrofiada
Deus ou o diabo
Aprisionado num copo de cerveja
Ri da minha cara
Sem me dizer quem é
Vomito no chão
Azedo o ambiente
Xingo o garçom
Levanto e vou embora
(Nane - 02/02/2014)
Na goela dilatada
O sapo não desce
Parece agarrado
Xingar, gritar, me descabelar
Tanto fiz e tanto fez
De nada adiantou
O encantamento acabou
Seu nome ressoando
Nos tímpanos perfurados
A imagem perpetuada
Na retina atrofiada
Deus ou o diabo
Aprisionado num copo de cerveja
Ri da minha cara
Sem me dizer quem é
Vomito no chão
Azedo o ambiente
Xingo o garçom
Levanto e vou embora
(Nane - 02/02/2014)
Sinal vermelho
Pouco me importa a porta
Que abrem e fecham
Nunca fui convidada a entrar
Nunca a usei
Meus caminhos faço eu
Desbravando com meus braços
Não pago pedágio
Arrombo e passo
Se não for possível
Estanco
Paro
Recomeço
Nada quero além
Do que tenho direito
A merda é diferenciar
O que posso do que quero
Na porteira arrombada
Passa boi, passa boiada
Mas o boi de piranha
Morre sem saber porquê
Sigo em frente
Enquanto não sou barrada
Caminho pela estrada
Fugindo das blitz
(Nane - 02/02/2014)
Que abrem e fecham
Nunca fui convidada a entrar
Nunca a usei
Meus caminhos faço eu
Desbravando com meus braços
Não pago pedágio
Arrombo e passo
Se não for possível
Estanco
Paro
Recomeço
Nada quero além
Do que tenho direito
A merda é diferenciar
O que posso do que quero
Na porteira arrombada
Passa boi, passa boiada
Mas o boi de piranha
Morre sem saber porquê
Sigo em frente
Enquanto não sou barrada
Caminho pela estrada
Fugindo das blitz
(Nane - 02/02/2014)
Sonhos descoloridos
Desculpa se meus sonhos
Já não sonham colorido
E frios
Tornaram-se práticos
Perdoa se não falo
Palavras adocicadas
E se cuspo o fel do fígado
Amargado por veneno
Releve o enegrecido
Do vômito derramado
Feito espectro das sombras
Nesse corpo enfraquecido
Forças medidas covardemente
Corpo e alma em discordância
O vencedor será vencido
Paga a conta quem vencer
A dor que dói no corpo
Ameniza a dor da alma
Que quando liberta
Queima sem anestesia
Desculpa se meus versos
Não rimam com o amor
Amanhã, talvez melhor
Os meus sonhos tenham cor
(Nane - 02/02/2014)
Já não sonham colorido
E frios
Tornaram-se práticos
Perdoa se não falo
Palavras adocicadas
E se cuspo o fel do fígado
Amargado por veneno
Releve o enegrecido
Do vômito derramado
Feito espectro das sombras
Nesse corpo enfraquecido
Forças medidas covardemente
Corpo e alma em discordância
O vencedor será vencido
Paga a conta quem vencer
A dor que dói no corpo
Ameniza a dor da alma
Que quando liberta
Queima sem anestesia
Desculpa se meus versos
Não rimam com o amor
Amanhã, talvez melhor
Os meus sonhos tenham cor
(Nane - 02/02/2014)
Rainha mãe
Vem do mar
Esse mistério
Mulher rainha
Mãe de todos nós
Perfumes e flores
Oferendas nos barcos
Surge esplendorosa
A bela senhora
São Salvador
Te rende homenagens
Nas ondas do seu mar
Odoiá Yemanjá
Serena e calma
A benção Yemanjá
Toma em tuas mãos
Meus sonhos e planos
Santa Maria
Mergulho minha poesia
Nas águas sagradas
Da mãe Yemanjá
Salve a rainha do mar
Salve Yemanjá
A mãe suprema regozija
Nesse dia de alegria
Odoiá yemanjá!!!
(Nane - 02/02/214)
Esse mistério
Mulher rainha
Mãe de todos nós
Perfumes e flores
Oferendas nos barcos
Surge esplendorosa
A bela senhora
São Salvador
Te rende homenagens
Nas ondas do seu mar
Odoiá Yemanjá
Serena e calma
A benção Yemanjá
Toma em tuas mãos
Meus sonhos e planos
Santa Maria
Mergulho minha poesia
Nas águas sagradas
Da mãe Yemanjá
Salve a rainha do mar
Salve Yemanjá
A mãe suprema regozija
Nesse dia de alegria
Odoiá yemanjá!!!
(Nane - 02/02/214)
Flor Bela Imortal
Que Flor Bela é essa
Que Espanca seus espinhos
Sem deixar arranhões
No ego do poeta
Propriedade em cada pétala
Quando odoriza a poesia
Desvirginando as palavras
Nas entrelinhas da alma
Que Flor Bela é essa
Que espancando acarinha
Imortalizando a poesia
Sem murchar a flor
(Nane - 02/02/2014)
Que Espanca seus espinhos
Sem deixar arranhões
No ego do poeta
Propriedade em cada pétala
Quando odoriza a poesia
Desvirginando as palavras
Nas entrelinhas da alma
Que Flor Bela é essa
Que espancando acarinha
Imortalizando a poesia
Sem murchar a flor
(Nane - 02/02/2014)
Papel em branco
Se tu não vens
Por que insistir
E persistir
Choram meus versos
Por não poderem
Rimar o amor
Poeta sem inspiração
É feito sangue sem coração
Estático à podridão
Deixar de escrever
Não consigo
Escrevo saudades
Triste a sina
De poeta ferido
Na alma
Se tu não vens
Escrevo o vazio
Do papel em branco
(Nane - 02/02/2014)
Por que insistir
E persistir
Choram meus versos
Por não poderem
Rimar o amor
Poeta sem inspiração
É feito sangue sem coração
Estático à podridão
Deixar de escrever
Não consigo
Escrevo saudades
Triste a sina
De poeta ferido
Na alma
Se tu não vens
Escrevo o vazio
Do papel em branco
(Nane - 02/02/2014)
Orfeu e Capitu
Torna em mim a noite
Minguando a minguada lua
Que escura
Se esconde sem brilho
Torna em ti o dia
Derramando raios de sol
Feito purpurina colorida
Em pleno carnaval
Sou noite e madrugada
És dia ensolarado
Sou o drama do teatro
E tu a comédia do cinema
Choro e riso
Lua e sol
Encontros nos eclipses
Lua beijando o sol
Orfeu e Capitu
Num encontro surreal
Amor, eterno amor
Me chama que eu vou
(Nane - 02/02/2014)
Minguando a minguada lua
Que escura
Se esconde sem brilho
Torna em ti o dia
Derramando raios de sol
Feito purpurina colorida
Em pleno carnaval
Sou noite e madrugada
És dia ensolarado
Sou o drama do teatro
E tu a comédia do cinema
Choro e riso
Lua e sol
Encontros nos eclipses
Lua beijando o sol
Orfeu e Capitu
Num encontro surreal
Amor, eterno amor
Me chama que eu vou
(Nane - 02/02/2014)
sábado, 1 de fevereiro de 2014
A noite
Ah, essa companheira minha
Que faz do seu silêncio, palavras
Ditadas em meus ouvidos
E transcritas no papel
Traz além do seu silêncio
O frescor da brisa
Refrescando meus miolos
Cansados e impertinentes
Ela e o copo sempre cheio
Me reviram pelo avesso
Criando miragens na fumaça - do cigarro
Induzindo poesias na madrugada
Eu
Maquinalmente expresso
A inspiração demente
Do que bafeja o álcool - e a noite -
Em minha mente
(Nane - 01/02/2014)
Que faz do seu silêncio, palavras
Ditadas em meus ouvidos
E transcritas no papel
Traz além do seu silêncio
O frescor da brisa
Refrescando meus miolos
Cansados e impertinentes
Ela e o copo sempre cheio
Me reviram pelo avesso
Criando miragens na fumaça - do cigarro
Induzindo poesias na madrugada
Eu
Maquinalmente expresso
A inspiração demente
Do que bafeja o álcool - e a noite -
Em minha mente
(Nane - 01/02/2014)
Trevas da poesia
Perdido nas trevas
Da minha embriaguez
Refugo um refluxo
De sensatez
A ácida loucura
Na noite escura
Condiz com o reflexo
Do pensamento perplexo
A borracha não apaga
O desenho em desalinho
Que teima em dançar
Na retina embriagada
Contorna seus traços
Que quero esquecer
Pintando em poesias
A tela escrita
Poeta maldito
Que mesmo embriagado
Consegue escrever - ainda melhor
O tudo de você
(Nane - 01/02/2014)
Da minha embriaguez
Refugo um refluxo
De sensatez
A ácida loucura
Na noite escura
Condiz com o reflexo
Do pensamento perplexo
A borracha não apaga
O desenho em desalinho
Que teima em dançar
Na retina embriagada
Contorna seus traços
Que quero esquecer
Pintando em poesias
A tela escrita
Poeta maldito
Que mesmo embriagado
Consegue escrever - ainda melhor
O tudo de você
(Nane - 01/02/2014)
Insônia
O amanhã não importa
É incerto e inseguro
Não vou dormir
Preciso estar atenta
Velo por mim
Na vida que vivo
Restrita e contida
Enquanto vida
Adormecer me amedronta
Por não saber
Se o amanhecer
Amanhecerá
Se meus olhos se abrirem
Viverei mais um dia
E quando chegar o anoitecer
Tentarei não dormir
Pardos gatos no telhado
Sem cores definidas
Altos gritos e miados
Acordada eu escuto...
(Nane - 01/01/2014)
É incerto e inseguro
Não vou dormir
Preciso estar atenta
Velo por mim
Na vida que vivo
Restrita e contida
Enquanto vida
Adormecer me amedronta
Por não saber
Se o amanhecer
Amanhecerá
Se meus olhos se abrirem
Viverei mais um dia
E quando chegar o anoitecer
Tentarei não dormir
Pardos gatos no telhado
Sem cores definidas
Altos gritos e miados
Acordada eu escuto...
(Nane - 01/01/2014)
Poesia simples
Por vezes me pego
Fugindo de mim
Misturando palavras
Que não são minhas
E tão pouco retratam
O meu eu lírico
Me deixo prender/e me perco
No sistema nocivo
Que teima em exigir
Poesias a quilo
Rimadas e metrificadas
Feito robôs de palavras
Mas grita alto o instinto
Vomito meus versos livres
Sem aceitar cabrestos
E o que sai de mim explícito
Prestando ou não
É só o que sinto
Rimas e rimas afins
Escrevo meu sentir
E quando tento ser além
As palavras se rebelam
E o que eu escrevo
Não dizem nada
(Nane - 01/02/2014)
Fugindo de mim
Misturando palavras
Que não são minhas
E tão pouco retratam
O meu eu lírico
Me deixo prender/e me perco
No sistema nocivo
Que teima em exigir
Poesias a quilo
Rimadas e metrificadas
Feito robôs de palavras
Mas grita alto o instinto
Vomito meus versos livres
Sem aceitar cabrestos
E o que sai de mim explícito
Prestando ou não
É só o que sinto
Rimas e rimas afins
Escrevo meu sentir
E quando tento ser além
As palavras se rebelam
E o que eu escrevo
Não dizem nada
(Nane - 01/02/2014)
Mar de estrelas
Na noite quente
O mar murmura
Sem lua
Feito um lamento
Salpicada de estrelas
A areia esfria
Na escuridão silenciosa
Feito notas musicais
Sopra a brisa úmida
Molhando a face sulcada
Obrigando o fechar dos olhos
Que ardem de sal
O horizonte se esconde
Na penumbra da noite
E feito o arco-íris
Não passa de analogia
Logo a alvora virá
Trazendo o astro rei
Ofuscando os pontos luminosos
Que piscam na areia
Seu veredito real
Calará a poesia
Entorpecerá o poeta notívago
Perante a a luz de mais um dia
(Nane - 01/02/2014)
Só por você
É para você que escrevo
Cada letra juntada
Formando palavras
Criando frases
É por você que aprendi
A rabiscar poesias
Na vã esperança
De te agradar
É por teu olhar
Que feito a cartilha do B-A-Bá
Fiz das letrinhas, poemas
Na esperança de que os leia
Foi só por - e para - você
Que me tornei poeta
E derramo o meu amor
Em ritmadas declarações
Foi tudo por você
Toda a minha inspiração
Escrevo o tempo inteiro
Só você...
(Nane - 01/02/2014)
Cada letra juntada
Formando palavras
Criando frases
É por você que aprendi
A rabiscar poesias
Na vã esperança
De te agradar
É por teu olhar
Que feito a cartilha do B-A-Bá
Fiz das letrinhas, poemas
Na esperança de que os leia
Foi só por - e para - você
Que me tornei poeta
E derramo o meu amor
Em ritmadas declarações
Foi tudo por você
Toda a minha inspiração
Escrevo o tempo inteiro
Só você...
(Nane - 01/02/2014)
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