segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Platão

Amor platônico
Sem direito ao toque
Ou ao olhar nos olhos
Sem cheiro nenhum

Ainda assim amor
Dizimando a realidade
Fervendo a imaginação
Doendo feito dor real

Infeliz do amor
Que nunca viu ou sentiu
O calor e o suor
Do outro a que se quis

Amor tão intenso
Que de tão real
É incompreensível
Para quem nunca o teve

Amor que se faz eterno
Vivendo na sombra
Da vida passada a limpo
Rascunho da morte

Na teoria da morte
A vida se desfaz
Quando finge nascer
E pensamos viver

E eu que amo sem ter
Sei que vou te encontrar
No platonismo dos meus sonhos
Tal qual ao Cristo redentor

(Nane - 02/12/2013)

Nenhum comentário:

Postar um comentário