A noite está quente
Escura
Convidando ao acaso
De passos na rua
Onde lágrimas livres
Rolam sem vergonha
No rosto de olhos vermelhos
Essa dor incauta
Já tomou conta do ser
Que de tanto ser forte
Tornou-se fraco
E desaba na noite
Em rios de lágrimas
Por hora - na escuridão - livres
Vão-se as luzes
Do dia denso
Trocado por refletores
Da noite generosa
Que acolhe as lágrimas
Sem perguntas indiscretas
Num silêncio gritante
Torrentes
Inundam
Feito rio
Transbordante
Nas cheias
Do verão
Os olhos vermelhos
(Nane - 04/12/2013)
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