Dane-se o mundo
Que não vive em mim
Embora me cobre
O tempo inteiro
A vida em mim
Danem-se as pessoas
Que se escandalizam
Com o meu jeito de ser
Ou de dizer - o que penso
Sem meias palavras
Louca ou insana
Dou minha cara à tapa
Refletida nas palavras
Que jorram de mim
Em linhas tortas
Sou cristalina
Feito água de rio
No pé de serra
Nascente em fio
Transbordando em curvas
E morro sem força
Quando imolada
Em plena cidade
Por detritos expostos
Nas valas da vida
(Nane - 14/12/2013)
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