domingo, 1 de dezembro de 2013

Calada da noite

Nessa calada da noite
Em  nada se faz bom
O time que se enterra
A cerveja me aquieta

Dopa e entorpece meus sentidos
Apaga as lamúrias escondidas
Solta meu verbo mentiroso
Falo pelos cotovelos

O giro que gira na demência
Entontece e faz balançar
Os passos trôpegos
Trocados numa esquina qualquer

Teor do quê
Do tudo e do nada
Alcool ou cacaína
Embalo de  ilusões

Uma caveira ao meu lado
Se expõe sorrindo
Não sabe escrever
Estala os dedos

Sorriso estridente
Num rosto cadavérico
A brisa da noite
Sopra fria

Faz tua escolha
No balcão do bar
Um chopp gelado
Ainda dá para (pagar) tomar

(Nane - 01/12/2013)



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