O último copo de cerveja
Borbulha em minha frente
É madrugada
Os bares fechando
Me pedem delicadamente
Para que me retire
Sem mais nada pedir
Saio a contra gosto
Desejando mais uma
Ouvir mais uma nota
De um cavaquinho qualquer
Ou quem sabe de um surdo
Lamentando a partida
De um enredo perdido
No lumiar da esquina
A lâmpada piscando tosca
Talvez sejam meus olhos
Inundados de cerveja
Na madrugada aflita
Lacrimejando saudades
De um tempo ido
Em que eu era eu
(Nane - 31/12/2013)
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