Sombras na multidão
Silenciosa
Que segue em frente
Robotizada
Olhando suas maquininhas
Conversando com fantasmas
Gente de tão longe
Sem mais precisar
Do calor do abraço
Do olho no olho
Gente esquecendo
O sabor do beijo
O gosto da lágrima
Compartilhada
Na dor ou na alegria
E mesmo dentro de casa
As maquininhas são prioridades
Fala a mãe com o filho
O pai com o tio
Sem se recordarem
Do timbre de uma voz
Até o assaltante
Agora se informatizou
Já não porta um revólver
Rouba com o mouse
Ou com o WhatsApp
Sombras na multidão
Silenciosa e solitária
Que segue em frente
(Nane - 26/12/2013)
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