Tentei lograr
Sem me fazer de rogado
Fui, sem nunca ter sido
Dei o que não tinha
Perdi o que eu era
De mim restou apenas as vísceras
Expostas aos corvos
Uma dor contínua
Mantém no limbo a vida
Para que não cesse nunca - da minha mente
Os sofismos que usei
Quando não raciocinei
Sou presença malquista
Em lembranças fragmentadas
A massa sangrenta se dilacera
Débil, tênue e dolorida
O psique prisioneiro em amarras
Vendo e vivendo o desespero
De não poder se desvencilhar
Não tem reza e nem santo que dê jeito
A agonia é fato
(Nane - 28/10/2013)
Nenhum comentário:
Postar um comentário