Eis que me entrego sem entrega alguma
Busco tirar de mim, teu fantasma
Em outros corpos, que não o teu
Mas quando do ato, escorre sobre minha pele
O suor que misturou ao teu
E por isso escorre teu cheiro
Pobre do tolo que me toma
É mero autômato do gozo
Ou eu, mero objeto de alívio
Ele usa, pensa que abusa
Sorri sem jeito, satisfeito, suado e sai
Não gosto do seu gosto
E nem do seu cheiro
Só queria espantar teu fantasma
Que se recusa a partir
Me assombrando e castigando
Cada vez que tento te esquecer
Sou mera meretriz
Trocando de valores
Oferecendo meu corpo
Para quem se arriscar
A te matar em mim
(Nane - 24/10/2013)
Nenhum comentário:
Postar um comentário