Tô com vontade de chorar
Não sei se por mim
Por ti
Ou se por tudo
Engulo o choro
Mas não evito
Que a lágrima escorra
Pela face
Nem tão pouco
A agonia sentida
No nó engasgado
Na garganta
Um gole de cerveja
Ajuda a desatar
Refresca a cabeça
E finjo não chorar
(Nane - 31/10/2013)
Um espaço para falar de tudo e com todos. quem quiser entrar, seja bem vindo.
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
Horizonte perdido
Quando estava prestes a encontrá-lo
Tocá-lo...ali, tão próximo de mim
Bastava um passo - Só um...
Um vendaval tão forte soprou
Me derrubou
Uma nuvem negra me envolveu
Cobriu meus olhos de poeira
E meu horizonte se perdeu
E o tempo...
Esse cavaleiro implacável
Zombou de mim dizendo
Que eu estou passando - por ele
E perdendo forças no caminho
Em busca do impossível
Que - sabemos - não é para mim
Voltei à visão
Só vi a linha - tão distante
O mar revolto
Uma lágrima sorrateira
O gosto do sal
O sol a pino
E o horizonte - outra vez - perdido
(Nane - 31/10/2013)
Tocá-lo...ali, tão próximo de mim
Bastava um passo - Só um...
Um vendaval tão forte soprou
Me derrubou
Uma nuvem negra me envolveu
Cobriu meus olhos de poeira
E meu horizonte se perdeu
E o tempo...
Esse cavaleiro implacável
Zombou de mim dizendo
Que eu estou passando - por ele
E perdendo forças no caminho
Em busca do impossível
Que - sabemos - não é para mim
Voltei à visão
Só vi a linha - tão distante
O mar revolto
Uma lágrima sorrateira
O gosto do sal
O sol a pino
E o horizonte - outra vez - perdido
(Nane - 31/10/2013)
Brisa de Deus
Soprou Deus uma brisa no nordeste
Em direção à Fortaleza
E estava ele de bom humor
Quando essa brisa moldou
E deu a ela o nome
De Fátima, só Fatinha
Seu riso escancarado
É marca registrada
Luz irradiando o bom humor
Do supremo Criador
Em forma de gente (muito gente)
Que Ele aqui nos ofertou
Cinquenta é muito pouco
Viverás eternamente
No sorriso de todos nós
Pois que és sinônimo de alegria
E é para você a minha poesia
Amiga minha
*Parabéns!!!
(Nane - 31/10/2013)
*Parabéns!!!
(Nane - 31/10/2013)
Revoada
Dá um tempo para mim
Já não tenho mais nada
Arrancastes de mim todas as vísceras
O legista se surpreenderia
Na necropsia em vida
Sem anestesia
Autômato programado
Sem nenhum espaço na mente
Além da sua imagem
Dilacerando o cérebro em podridão
Feito pilão esmagador
Socando, socando, socando
Em encosto de macumba
Me transformei
Exu veio me abraçar
Com pena de mim
Mas sorriu seu riso debochado
Numa rodada de marafa
Dá um tempo para mim
Me livra dessa encruzilhada
A carcaça tá muito machucada
Não presta nem para a urubuzada
Que sem as entranhas
Preferem a revoada
(Nane - 31/10/2013)
Já não tenho mais nada
Arrancastes de mim todas as vísceras
O legista se surpreenderia
Na necropsia em vida
Sem anestesia
Autômato programado
Sem nenhum espaço na mente
Além da sua imagem
Dilacerando o cérebro em podridão
Feito pilão esmagador
Socando, socando, socando
Em encosto de macumba
Me transformei
Exu veio me abraçar
Com pena de mim
Mas sorriu seu riso debochado
Numa rodada de marafa
Dá um tempo para mim
Me livra dessa encruzilhada
A carcaça tá muito machucada
Não presta nem para a urubuzada
Que sem as entranhas
Preferem a revoada
(Nane - 31/10/2013)
Retrato
Se me dado fosse dado o dom
De retratar em uma tela
Os traços de quem amo
Detalhe nenhum me escaparia
Saberia com precisão
Interpretar cada um dos seus sentidos
O seu olhar melancólico e insinuante
Que parece me atravessar e desnudar
Dizendo tanto o que nunca falou
A boca que primazia o silêncio
Eu pintaria a sua aura
Como mais ninguém a vê
E seu jeito um tanto quanto só seu
Retrataria feito pássaro em voo
Sem amarras ou arapucas
Sem nada te prender
Embora eu sempre tenha armado
O alçapão inerte e inútil
Seu mistério eu não pintaria
Por nunca ter compreendido
E por ser o único responsável
Por eu ter te perdido
Pintor não sou, e nunca serei
Então rabisco com palavras...você
(Nane - 31/10/2013)
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Disfarce
Faz do teu silêncio punhal
Sabendo bem do estrago
Se te compraz
Meu corpo não morrerá
A dor vem de dentro
A alma é quem chora
Sorrio meu disfarce
Deságuo e desabo
Em meu refúgio
Passo meu tempo
Vivo minha vida
Sigo empurrada
A alma escura
Não contamina o corpo
Que sabe disfarçar
Mas na solidão da noite
Me deixo morrer
Querendo não voltar
(Nane - 30/10/2013)
Sabendo bem do estrago
Se te compraz
Meu corpo não morrerá
A dor vem de dentro
A alma é quem chora
Sorrio meu disfarce
Deságuo e desabo
Em meu refúgio
Passo meu tempo
Vivo minha vida
Sigo empurrada
A alma escura
Não contamina o corpo
Que sabe disfarçar
Mas na solidão da noite
Me deixo morrer
Querendo não voltar
(Nane - 30/10/2013)
Elke
Essa leveza em teu olhar
Me fez pensar num acróstico
Onde eu falaria da singeleza
Que sinto no seu rabiscar
Mas eis que a letra K
Se interpôs em meus propósitos
E não deu para criar...
Ah mulher
Brinca com as palavras
Como menina com as bonecas
E elas saem tão suaves de tua alma
Que nos é possível ouví-las
Sob forma de poesias
Tal qual a sua imagem
Sempre bela e delicada
Se não te fiz um acróstico
Foi só por incompetência
Mas foi melhor assim
Posto que seria bem pequeno
E eu não poderia te dizer
Que gosto de você (Elke)
(Nane - 30/10/2013)
Brisa
E te fostes de mim
Como a brisa que vem do mar
Mansamente
Sem mais voltar
E deixastes em mim
O frescor fugaz
E no entanto perpétuo
Do teu olhar
E levastes de mim
O melhor que te pude dar
Que sei, vais guardar
E lembrar
E agora restou o mar
Passou a brisa
Outra virá, por certo
Mas o brilho daquele olhar...
(Nane - 30/10/2013)
Como a brisa que vem do mar
Mansamente
Sem mais voltar
E deixastes em mim
O frescor fugaz
E no entanto perpétuo
Do teu olhar
E levastes de mim
O melhor que te pude dar
Que sei, vais guardar
E lembrar
E agora restou o mar
Passou a brisa
Outra virá, por certo
Mas o brilho daquele olhar...
(Nane - 30/10/2013)
terça-feira, 29 de outubro de 2013
(Re)Começo
Essa saudade absurda
Dizem ser vontade
De um outro começar
Mas não é...
Não dá pra começar
O que já terminou
E esse...não dá para apagar
Se terminou
É por ter havido
Existido
Essa saudade absurda
Na realidade é a vontade
De que nunca tivesse acabado
E eu nunca precisado
Do prefixo Re
Para dar sequência
Na nossa história
(Nane - 29/10/2013)
Dizem ser vontade
De um outro começar
Mas não é...
Não dá pra começar
O que já terminou
E esse...não dá para apagar
Se terminou
É por ter havido
Existido
Essa saudade absurda
Na realidade é a vontade
De que nunca tivesse acabado
E eu nunca precisado
Do prefixo Re
Para dar sequência
Na nossa história
(Nane - 29/10/2013)
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Alienada
Enquanto caramujo
Eu não saía pelo mundo
Vivia pelos arredores
Sem me queimar ao sol
Enquanto avestruz
Minha cabeça era vazia
Não haviam problemas
No buraco enfiado
Enquanto criança
Acreditei que era verdade
Que o mundo era meu
E olha no que deu
Enquanto alienada
Eu fui feliz sem saber
Que do meu mundo seria alijada
Já não quero mais nada
Enquanto espero a morte
Finjo que vou vivendo
E feito uma gaivota
Deixo meu sonho voar - sem pousar
(Nane - 28/10/2013)
Eu não saía pelo mundo
Vivia pelos arredores
Sem me queimar ao sol
Enquanto avestruz
Minha cabeça era vazia
Não haviam problemas
No buraco enfiado
Enquanto criança
Acreditei que era verdade
Que o mundo era meu
E olha no que deu
Enquanto alienada
Eu fui feliz sem saber
Que do meu mundo seria alijada
Já não quero mais nada
Enquanto espero a morte
Finjo que vou vivendo
E feito uma gaivota
Deixo meu sonho voar - sem pousar
(Nane - 28/10/2013)
Sofismo
Tentei lograr
Sem me fazer de rogado
Fui, sem nunca ter sido
Dei o que não tinha
Perdi o que eu era
De mim restou apenas as vísceras
Expostas aos corvos
Uma dor contínua
Mantém no limbo a vida
Para que não cesse nunca - da minha mente
Os sofismos que usei
Quando não raciocinei
Sou presença malquista
Em lembranças fragmentadas
A massa sangrenta se dilacera
Débil, tênue e dolorida
O psique prisioneiro em amarras
Vendo e vivendo o desespero
De não poder se desvencilhar
Não tem reza e nem santo que dê jeito
A agonia é fato
(Nane - 28/10/2013)
Sem me fazer de rogado
Fui, sem nunca ter sido
Dei o que não tinha
Perdi o que eu era
De mim restou apenas as vísceras
Expostas aos corvos
Uma dor contínua
Mantém no limbo a vida
Para que não cesse nunca - da minha mente
Os sofismos que usei
Quando não raciocinei
Sou presença malquista
Em lembranças fragmentadas
A massa sangrenta se dilacera
Débil, tênue e dolorida
O psique prisioneiro em amarras
Vendo e vivendo o desespero
De não poder se desvencilhar
Não tem reza e nem santo que dê jeito
A agonia é fato
(Nane - 28/10/2013)
domingo, 27 de outubro de 2013
Linhas tortas
Testa-me Deus a todo instante
Faz de mim sparring da fé
Por vezes me leva a nocaute
E perco a noção de mim
O Deus poeta
De tanta beleza
É o Deus de linhas tortas
Que escreve certo
Suas obras magníficas
Cheias de harmonias
Mexe e remexe
Me vira do avesso
De tanto apanhar
Eu xingo e esbravejo
Mando-o à merda
E torno a levantar
Pergunto autoritária
O motivo da escolha
De tantos desatinos
Mas ele não responde
As vezes me sorri
E finge uma braveza
Quando bate mais doído
Na altura do meu fígado
Testa-me a todo instante
Parece me querer ferir
Mais e mais e mais
O Deus supremo dos meus dias
Não sei quanto tempo ainda
Mas vou continuar lutando
E enquanto ele achar que deve
Vou apanhando
(Nane - 27/10/2013)
Faz de mim sparring da fé
Por vezes me leva a nocaute
E perco a noção de mim
O Deus poeta
De tanta beleza
É o Deus de linhas tortas
Que escreve certo
Suas obras magníficas
Cheias de harmonias
Mexe e remexe
Me vira do avesso
De tanto apanhar
Eu xingo e esbravejo
Mando-o à merda
E torno a levantar
Pergunto autoritária
O motivo da escolha
De tantos desatinos
Mas ele não responde
As vezes me sorri
E finge uma braveza
Quando bate mais doído
Na altura do meu fígado
Testa-me a todo instante
Parece me querer ferir
Mais e mais e mais
O Deus supremo dos meus dias
Não sei quanto tempo ainda
Mas vou continuar lutando
E enquanto ele achar que deve
Vou apanhando
(Nane - 27/10/2013)
sábado, 26 de outubro de 2013
O pivete
Era só um menino (no alto dos seus nove ou dez anos) encostado na placa de publicidade de um ponto de ônibus da grande metrópole. Ele guardava sob a blusa suja e resgada as duas mãos, como que as protegendo do frio, ou as escondendo. A maioria das pessoas que aguardavam o transporte, o observava furtivamente, com medo do olho no olho (inclusive eu). Ele também nos olhava de soslaio, como se soubesse que havia um medo no ar. Acendi um cigarro, até para ter o que fazer com minhas mãos, e tentar esquecê-lo. Mas foi exatamente isso a "deixa" para que ele se aproximasse e dissesse: _Tia, me dá um cigarro?
Numa fração de segundos minha mente processou inúmeros pensamentos:
- se eu não der ele tira a arma escondida dentro da blusa e me mata.
- Se eu der, vou me sentir idiota por alimentar o vício de uma criança.
- E se meu filho, que é bem mais velho do que ele, me pedisse um cigarro?
- Se ele me mata, quem vai acabar de criar meu filho?
- Se eu morrer, vou querer uma festa em meu velório.
- Droga, nem disse adeus a ninguém.
- Quem irá ao meu enterro?
Eram pensamentos assim, sem nenhum sentido ou nexo, movidos pelo medo e a perplexidade de ter sido a "eleita" entre tantos ali presentes. Respondi num ímpeto que nem eu mesma sabia ser dona :
_Você é filho do meu irmão?
_Não.
_E da minha irmã?
Ele me olhou de cima em baixo, tirou as mãos de dentro da blusa ( nesse instante eu intimamente me despedi da vida ), e tranquilamente sorriu e respondeu:
_Tia, eu só quero um cigarro, daí vai...
_Não sou sua tia. Eu disse, sentindo um grande alívio por ver que as mãos dele estavam só sendo protegidas do frio.
_ Tá, então me dá um cigarro, moça?
_ Não posso, é contra os meus princípios.
_ Seus o que???
_ Filho, não posso te dar um cigarro porque....
Antes que eu terminasse ele me interrompeu e perguntou :
_ Moça, a senhora já transou com o meu pai?
Eu atônita e furiosa, respondi quase gritando ( nessa altura já não havia medo nenhum em mim, só a indignação com aquele pivete ) :
_Tá maluco moleque? Não tem vergonha na cara? Isso lá é pergunta que se faça?
Ele se aproveitou da minha distração, deu um tapa na mão em que eu segurava o cigarro aceso, pegou-o no chão e antes de correr por entre a multidão gritou bem alto :
_ Então não me chame de filho, moça.
(Nane - 26/10/2013)
Numa fração de segundos minha mente processou inúmeros pensamentos:
- se eu não der ele tira a arma escondida dentro da blusa e me mata.
- Se eu der, vou me sentir idiota por alimentar o vício de uma criança.
- E se meu filho, que é bem mais velho do que ele, me pedisse um cigarro?
- Se ele me mata, quem vai acabar de criar meu filho?
- Se eu morrer, vou querer uma festa em meu velório.
- Droga, nem disse adeus a ninguém.
- Quem irá ao meu enterro?
Eram pensamentos assim, sem nenhum sentido ou nexo, movidos pelo medo e a perplexidade de ter sido a "eleita" entre tantos ali presentes. Respondi num ímpeto que nem eu mesma sabia ser dona :
_Você é filho do meu irmão?
_Não.
_E da minha irmã?
Ele me olhou de cima em baixo, tirou as mãos de dentro da blusa ( nesse instante eu intimamente me despedi da vida ), e tranquilamente sorriu e respondeu:
_Tia, eu só quero um cigarro, daí vai...
_Não sou sua tia. Eu disse, sentindo um grande alívio por ver que as mãos dele estavam só sendo protegidas do frio.
_ Tá, então me dá um cigarro, moça?
_ Não posso, é contra os meus princípios.
_ Seus o que???
_ Filho, não posso te dar um cigarro porque....
Antes que eu terminasse ele me interrompeu e perguntou :
_ Moça, a senhora já transou com o meu pai?
Eu atônita e furiosa, respondi quase gritando ( nessa altura já não havia medo nenhum em mim, só a indignação com aquele pivete ) :
_Tá maluco moleque? Não tem vergonha na cara? Isso lá é pergunta que se faça?
Ele se aproveitou da minha distração, deu um tapa na mão em que eu segurava o cigarro aceso, pegou-o no chão e antes de correr por entre a multidão gritou bem alto :
_ Então não me chame de filho, moça.
(Nane - 26/10/2013)
Dúvidas
Toda a eternidade num só momento
Intenso
Um só momento
Eterno
E o tempo sem tempo nenhum
Escasso
Se esvai
E vai
Na imensidão do infinito
A solidão
Acompanhada de pessoas
Solitárias
Pondo em dúvida
A imortalidade
Comparada a felicidade
De um só momento
Eterno
(Nane - 26/10/2013)
Intenso
Um só momento
Eterno
E o tempo sem tempo nenhum
Escasso
Se esvai
E vai
Na imensidão do infinito
A solidão
Acompanhada de pessoas
Solitárias
Pondo em dúvida
A imortalidade
Comparada a felicidade
De um só momento
Eterno
(Nane - 26/10/2013)
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Duplo sentido
Hoje ela aniversaria
Sorrimos, comemos, bebemos
Comemoramos
E muito
Hoje ela venceu mais um ano
Outra etapa se inicia
E ela
Sem negar os genes
Da mãe guerreira
Mais do que nunca
Se mostra forte e disposta
A encarar e derrotar
A doença "maldita"
Hoje
Ela é fortaleza
Pronta a encarar
O que vier pela frente
De mãos dadas com Deus
Hoje
Mais do que nunca
Minha irmã se renova
Na fé e na esperança
De um presente Divino
Para dizimar a doença
Que se feroz
Com ela não pode
*Parabéns (duplo sentido) Guerreira!!!
*Parabéns (duplo sentido) Guerreira!!!
(Nane - 25/10/2013)
Fruto vermelho
Hoje comi o meu tomate
Tinha um gosto proibido
Ainda verdolengo
Ácido e gostoso
Estava duro
Com manchas em seu corpo
Mas tão gostoso...
Saboreei cada pedacinho
Como se nunca mais o pudesse comer
(E não vou comer mais. Não aquele)
Lambi cada um dos meus dedos
Impregnados do seu sumo
Do seu suco
Da minha vontade...
Fruto vermelho
Pecado e desejo
Macio e consistente
Delícia corroendo a minha mente
O azeite que se dane
Voltei na infância
Azeite seu, não meu
Comi o tomate
E ele me comeu...
(Nane - 25/10/2013)
Tinha um gosto proibido
Ainda verdolengo
Ácido e gostoso
Estava duro
Com manchas em seu corpo
Mas tão gostoso...
Saboreei cada pedacinho
Como se nunca mais o pudesse comer
(E não vou comer mais. Não aquele)
Lambi cada um dos meus dedos
Impregnados do seu sumo
Do seu suco
Da minha vontade...
Fruto vermelho
Pecado e desejo
Macio e consistente
Delícia corroendo a minha mente
O azeite que se dane
Voltei na infância
Azeite seu, não meu
Comi o tomate
E ele me comeu...
(Nane - 25/10/2013)
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Algoz
Eis que me entrego sem entrega alguma
Busco tirar de mim, teu fantasma
Em outros corpos, que não o teu
Mas quando do ato, escorre sobre minha pele
O suor que misturou ao teu
E por isso escorre teu cheiro
Pobre do tolo que me toma
É mero autômato do gozo
Ou eu, mero objeto de alívio
Ele usa, pensa que abusa
Sorri sem jeito, satisfeito, suado e sai
Não gosto do seu gosto
E nem do seu cheiro
Só queria espantar teu fantasma
Que se recusa a partir
Me assombrando e castigando
Cada vez que tento te esquecer
Sou mera meretriz
Trocando de valores
Oferecendo meu corpo
Para quem se arriscar
A te matar em mim
(Nane - 24/10/2013)
Busco tirar de mim, teu fantasma
Em outros corpos, que não o teu
Mas quando do ato, escorre sobre minha pele
O suor que misturou ao teu
E por isso escorre teu cheiro
Pobre do tolo que me toma
É mero autômato do gozo
Ou eu, mero objeto de alívio
Ele usa, pensa que abusa
Sorri sem jeito, satisfeito, suado e sai
Não gosto do seu gosto
E nem do seu cheiro
Só queria espantar teu fantasma
Que se recusa a partir
Me assombrando e castigando
Cada vez que tento te esquecer
Sou mera meretriz
Trocando de valores
Oferecendo meu corpo
Para quem se arriscar
A te matar em mim
(Nane - 24/10/2013)
terça-feira, 22 de outubro de 2013
Fragmentos
São lembranças tão vivas
Mas um tanto embaralhadas
Ela fala de alguém que conheceu
E que não é quem (ela) diz ser
Seu olhar um tanto vago
Vagueia num passado confuso
Se perde num presente efêmero
Quem é, quem foi, quem será
A fragilidade no corpo arqueado
Esconde a força do espírito
De guerreira persistente
Caducando, mas altiva
Ainda encontra humor
Para brincar com os netos
Que teima serem crianças
Filhos de seus filhos
Mistura seus momentos
De total lucidez
Com o esquecimento das feições
Da própria genealogia
Vence mais um dia
De dores e melancolias
Sequer sabe que se fez musa
Da filha que a faz virar poesia
(Nane - 22/10/2013)
Mas um tanto embaralhadas
Ela fala de alguém que conheceu
E que não é quem (ela) diz ser
Seu olhar um tanto vago
Vagueia num passado confuso
Se perde num presente efêmero
Quem é, quem foi, quem será
A fragilidade no corpo arqueado
Esconde a força do espírito
De guerreira persistente
Caducando, mas altiva
Ainda encontra humor
Para brincar com os netos
Que teima serem crianças
Filhos de seus filhos
Mistura seus momentos
De total lucidez
Com o esquecimento das feições
Da própria genealogia
Vence mais um dia
De dores e melancolias
Sequer sabe que se fez musa
Da filha que a faz virar poesia
(Nane - 22/10/2013)
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Ego de poeta
Poeta teu ego o martiriza
Escreves teus dissabores
Vives teus poemas
Teus poemas são você
Necessitas que te leiam
Mas não gostas da leitura
Que por vezes te fazem
E te sentes invadido
Poeta criança
Tu pensas que o mundo
Foi feito para ti
E só de ti, vive
Te sentes prestigiado
Ao lerem teus sentidos
Mas a outros poucos poetas
Prestigias com a leitura
Criança pirracenta
Só teu mundo importa
Cuidado com teu ego
Há sentido em outros mundos
Há poesias em palavras
Escritas por outros tantos
Que tão crianças como tu
Dividem o mundo e não somam
(Nane - 21/10/2013)
Escreves teus dissabores
Vives teus poemas
Teus poemas são você
Necessitas que te leiam
Mas não gostas da leitura
Que por vezes te fazem
E te sentes invadido
Poeta criança
Tu pensas que o mundo
Foi feito para ti
E só de ti, vive
Te sentes prestigiado
Ao lerem teus sentidos
Mas a outros poucos poetas
Prestigias com a leitura
Criança pirracenta
Só teu mundo importa
Cuidado com teu ego
Há sentido em outros mundos
Há poesias em palavras
Escritas por outros tantos
Que tão crianças como tu
Dividem o mundo e não somam
(Nane - 21/10/2013)
sábado, 19 de outubro de 2013
Convívio
A coluna já me manda aviso
De que anda cansada
Mas a dela...virou um "S"
E precisar ser amparada
Não sustenta mais o corpo
Octogenário, sozinha
O verbo conjugado machuca
E o ouvido se faz de surdo
Ambas as partes se desgastam
Em cargas nos espíritos acumuladas
Eu tento e ela tenta
Difícil convivência
E a memória, antes tão esplêndida
Agora se deteriora mais e mais
Causando um misto de pena e revolta
Por ver ela aos poucos ir embora
Suas dores são tantas
Minhas dores são poucas
Cifose, lordose, escoliose
Dores do corpo gerando
Dores nas almas conturbadas
Pelas dores misturadas
(Nane - 19/10/2013)
De que anda cansada
Mas a dela...virou um "S"
E precisar ser amparada
Não sustenta mais o corpo
Octogenário, sozinha
O verbo conjugado machuca
E o ouvido se faz de surdo
Ambas as partes se desgastam
Em cargas nos espíritos acumuladas
Eu tento e ela tenta
Difícil convivência
E a memória, antes tão esplêndida
Agora se deteriora mais e mais
Causando um misto de pena e revolta
Por ver ela aos poucos ir embora
Suas dores são tantas
Minhas dores são poucas
Cifose, lordose, escoliose
Dores do corpo gerando
Dores nas almas conturbadas
Pelas dores misturadas
(Nane - 19/10/2013)
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Terapia
A chuva caiu mansa
E o mato brotou com força
Enchendo os canteiros
Sufocando as verduras
Eu, que me sentia solitária
Arregacei as mangas
E encarei
As ervas daninhas
E divaguei...
Que solidão que nada
Me fez companhia a passarada
Procurando pousada
No entardecer
A minhoquinha desesperada
Fugindo do fio da enxada
Deixei ir em paz
Pensando no bem que ela faz
Falei com meus tomates
Ainda esverdeados
Quase prontos para a colheita
Indo de encontro ao alface
Nesse instante meu menino
É o pequeno jilozinho
Que por enquanto é só flor
Embalado por meu canto
Conversei com as ervilhas
Cobri de terra os pés de milho
Me arranhei no quiabeiro
Colhi o que plantei
O chuchu tão verdinho
Se esparramando pela cerca
Misturado com a vagem
Parecem seguir viagem
E em meio a tantas coisas
Nem percebo que o tempo passa
Esqueci que estava sozinha
Acabei com a erva daninha
(Nane - 18/10/2013)
Amoreira
Amoras suculentas
Tingindo de roxo meus dedos
E minha boca
Me propus colhê-las
Para o suco do almoço
Mas o que fiz foi comê-las
A sabiá laranjeira
Cantou com braveza
Defendendo a sua sobremesa
Sob a sua sombra
Eu sentei e me deliciei
Olhando a horta que plantei
O suco do almoçar
Vai ser de caixinha
De amoras...não vai dar
(Nane - 18/10/2013)
Esfinge
Olho teus olhos meninos
Tão pequenos e profundos
Sem cor determinada
E fulminantes
Dizem tanto e nada
Fixam o meu interior
Desnudam meus receios
Veem meus desejos
Refletem teus instintos
Quando no cio se inflamam
E se avermelham em brasa
Feito vulcão em erupção
Em cada piscada marota
Vejo teus gestos sabidos
De mim tão conhecidos
Embasados pelo tempo
Vai, que eu fico aqui
Tentando decifrar
A esfinge desse olhar
Que olha sem dizer
Enigmático como o teu sorriso
Que não sabe sorrir
Embora saiba gargalhar
De quem ousa te amar
(Nane - 18/10/2013)
Tão pequenos e profundos
Sem cor determinada
E fulminantes
Dizem tanto e nada
Fixam o meu interior
Desnudam meus receios
Veem meus desejos
Refletem teus instintos
Quando no cio se inflamam
E se avermelham em brasa
Feito vulcão em erupção
Em cada piscada marota
Vejo teus gestos sabidos
De mim tão conhecidos
Embasados pelo tempo
Vai, que eu fico aqui
Tentando decifrar
A esfinge desse olhar
Que olha sem dizer
Enigmático como o teu sorriso
Que não sabe sorrir
Embora saiba gargalhar
De quem ousa te amar
(Nane - 18/10/2013)
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Brisamar em BH
Onde estou eu
Na sua cidade de tantas luzes
Ofuscando-me a visão
Me escondendo de você
Onde está você
Que não me encontra pelas ruas
E me faz sentir nua
Em plena BH
_Eu estou no teu pensamento
Em BH as luzes estão sempre piscando
Enraizadas no fundo do nosso cérebro
Quando as luzes se forem
Eu ficarei de pé
No centro da cidade, te esperando
Esperando pela brisa vinda
Diretamente do Corcovado
(Nane/Ronan Silva[Will]-16/10/2013)
Na sua cidade de tantas luzes
Ofuscando-me a visão
Me escondendo de você
Onde está você
Que não me encontra pelas ruas
E me faz sentir nua
Em plena BH
_Eu estou no teu pensamento
Em BH as luzes estão sempre piscando
Enraizadas no fundo do nosso cérebro
Quando as luzes se forem
Eu ficarei de pé
No centro da cidade, te esperando
Esperando pela brisa vinda
Diretamente do Corcovado
(Nane/Ronan Silva[Will]-16/10/2013)
A peça
O Drama um dia
Se deparou com a Comédia
E por ela se apaixonou
Ela, como sempre, brincou
E sorriu seu sorriso solto
Mas do Drama, gostou
Opostos que se atraem
O Drama e a Comédia
Enamorados, namoraram
Seus roteiros tão diversos
Seguiram juntos o itinerário
De mãos dadas com o amor
Mas o Drama não suportou
Da Comédia o humor
E envenenou seu coração
O Ciúme aproveitou
E aos dois, intoxicou
Com a mágoa da paixão
A Comédia ainda ri
O Drama só faz chorar
E na ribalta...o tragicômico
(Nane - 16/10/2013)
Se deparou com a Comédia
E por ela se apaixonou
Ela, como sempre, brincou
E sorriu seu sorriso solto
Mas do Drama, gostou
Opostos que se atraem
O Drama e a Comédia
Enamorados, namoraram
Seus roteiros tão diversos
Seguiram juntos o itinerário
De mãos dadas com o amor
Mas o Drama não suportou
Da Comédia o humor
E envenenou seu coração
O Ciúme aproveitou
E aos dois, intoxicou
Com a mágoa da paixão
A Comédia ainda ri
O Drama só faz chorar
E na ribalta...o tragicômico
(Nane - 16/10/2013)
Paralelas reflexivas
Entre horas de uma angústia pensada
Em paralelas reflexivas
Onde fica o amor próprio - orgulho
Onde fica o amor da gente
Ser ou não ser, eis a questão
De ter sem poder, mas querendo
De ver partir a paz ao lado seu
E nascer a constante solidão
A noite, que se diz conselheira
Sopra seu nome no vento
Enquanto o orgulho me grita
O encosto da cadeira na janela
A sua ausência maltrata
Meu corpo pede sua presença
Ter ou não razão
A minha, a sua, são nossas
O medo da morte rondando
A sensação dolorida da separação
O silêncio matando expectativas
A dor da tristeza vazia gerando poesia
Vale mais o amor próprio - orgulho
Ou a paz do seu olhar
(Nane - 16/10/2013)
Em paralelas reflexivas
Onde fica o amor próprio - orgulho
Onde fica o amor da gente
Ser ou não ser, eis a questão
De ter sem poder, mas querendo
De ver partir a paz ao lado seu
E nascer a constante solidão
A noite, que se diz conselheira
Sopra seu nome no vento
Enquanto o orgulho me grita
O encosto da cadeira na janela
A sua ausência maltrata
Meu corpo pede sua presença
Ter ou não razão
A minha, a sua, são nossas
O medo da morte rondando
A sensação dolorida da separação
O silêncio matando expectativas
A dor da tristeza vazia gerando poesia
Vale mais o amor próprio - orgulho
Ou a paz do seu olhar
(Nane - 16/10/2013)
terça-feira, 15 de outubro de 2013
De passagem
Teorias
Palavras
Verdades
Mentiras
Vontades
Desejos
Tantas coisas pendentes
Quereres perdidos
Amores rompidos
Transformados em mágoas
Amizades desfeitas
Por tudo de um nada
Então soa o sino
É hora de ir embora
Quem sorriu, se divertiu
Quem chorou, se magoou
Quem ficou, quis ir mais além
Quem partiu, sumiu
Viver o agora
Sem demora
Deixar o amanhã
Para amanhã
A vida é tão curta
Curta a vida
Enquanto escrevo
Ela vai indo
(Nane - 15/10/2013)
Palavras
Verdades
Mentiras
Vontades
Desejos
Tantas coisas pendentes
Quereres perdidos
Amores rompidos
Transformados em mágoas
Amizades desfeitas
Por tudo de um nada
Então soa o sino
É hora de ir embora
Quem sorriu, se divertiu
Quem chorou, se magoou
Quem ficou, quis ir mais além
Quem partiu, sumiu
Viver o agora
Sem demora
Deixar o amanhã
Para amanhã
A vida é tão curta
Curta a vida
Enquanto escrevo
Ela vai indo
(Nane - 15/10/2013)
Não sei
Morte morrida
Não sei como é
Só sei que não bate na porta
E nem pede licença
Ela ainda não veio me levar
Mas insiste em ficar
Como a me lembrar
Que a minha hora vai chegar
Me olho no espelho
Procurando enxergar
O que fiz com meu tempo
Prestes a se acabar
Diante dela
Me reduzo ao grão
Da terra que me cobrirá
E me guardará
Amanhã não sei
Se escreverei
Amanhã não sei
Se viverei
De todos os sentidos
Nenhum faz sentido
Quando o abraço funesto
Nos enlaça a vida...
(Nane - 15/10/2013)
Não sei como é
Só sei que não bate na porta
E nem pede licença
Ela ainda não veio me levar
Mas insiste em ficar
Como a me lembrar
Que a minha hora vai chegar
Me olho no espelho
Procurando enxergar
O que fiz com meu tempo
Prestes a se acabar
Diante dela
Me reduzo ao grão
Da terra que me cobrirá
E me guardará
Amanhã não sei
Se escreverei
Amanhã não sei
Se viverei
De todos os sentidos
Nenhum faz sentido
Quando o abraço funesto
Nos enlaça a vida...
(Nane - 15/10/2013)
Epitáfio
E veio a morte enfim
Decretando o meu fim
Veio fria
Sem aviso
Sem alarde
Tão certa
Tão pragmática
Tão dona de tudo
Absoluta
E veio a morte
Me tirando do convívio
Dos entes amados
Presentes ou não
Sem se importar
Com o adeus final
Ou um último carinho
No meu olhar
Veio em silêncio
E me fez silenciar
Fechada e sem ar
Sem um cigarro para fumar
Uma cerveja para tomar
Sem uma tecla para rabiscar
Sem mais nada para sonhar
E veio a morte
Para me levar
Deixando em meu lugar
As saudades do que vivi
E o vazio do que não pude
(Nane - 15/10/2013)
Decretando o meu fim
Veio fria
Sem aviso
Sem alarde
Tão certa
Tão pragmática
Tão dona de tudo
Absoluta
E veio a morte
Me tirando do convívio
Dos entes amados
Presentes ou não
Sem se importar
Com o adeus final
Ou um último carinho
No meu olhar
Veio em silêncio
E me fez silenciar
Fechada e sem ar
Sem um cigarro para fumar
Uma cerveja para tomar
Sem uma tecla para rabiscar
Sem mais nada para sonhar
E veio a morte
Para me levar
Deixando em meu lugar
As saudades do que vivi
E o vazio do que não pude
(Nane - 15/10/2013)
Essência
Silêncio
Tão fundo
Profundo
No fundo
Sem som
Palavras
Caladas
Na boca
Fechada
Sem rima
Nenhuma
Nos dedos
Parados
Cruzados
Sobre o peito
Descansa
Na tumba
O corpo
Sem voz
Parte
O poeta
Mas leva consigo
Na memória
Sua essência
De poesia
Não escrita
(Nane - 15/10/2013)
Tão fundo
Profundo
No fundo
Sem som
Palavras
Caladas
Na boca
Fechada
Sem rima
Nenhuma
Nos dedos
Parados
Cruzados
Sobre o peito
Descansa
Na tumba
O corpo
Sem voz
Parte
O poeta
Mas leva consigo
Na memória
Sua essência
De poesia
Não escrita
(Nane - 15/10/2013)
Sala de aula
O silêncio pesado reinando
Barulho só dos seus passos circulando
Por entre os corredores
Que separam as cadeiras
Dia de prova
Tensão e medo
Não estudei como devia
Os colegas também não
Ela (ele) finge não ver
A "cola" disfarçada
Por vezes pega um
Para dar o exemplo
Com o tempo ensina
Que a lição é bem maior
A matéria é só parte
De todo o contexto
Ensina inclusive
Que não é por remuneração
Mas por amor à profissão
Que se forma um(a) professor(a)
O tempo passou
O carinho voltou
Na lembrança da criança
Que o mestre ensinou
Meus sinceros agradecimentos
A todos os que escolheram
A sublime arte de ensinar
E de cidadãos formar
PS: Não se sintam frustrados
por terem "formados" os
políticos, lembrem-se da regrinha
básica: Toda regra tem sua exceção
(Nane - 15/10/2013)
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Útero da alma
Hoje a poesia
Se fez em forma de canção
E soprou em meus ouvidos
Notas de emoção
Passei o dia escutando
Tudo o que eu queria dizer
Mas não tive a inspiração
De escrever
Ouvi músicas antigas
Que pareciam ter nascido
Do útero de mi'alma
Exposta nas cantigas
Hoje a música invadiu
E tomou conta de mim
Deixei me levar e sonhar
Na melodia que me persuadiu
Cantei sem ter voz
Cantei sem saber
Cantei sem rabiscar
Cantei para me encantar
(Nane - 14/10/2013)
Se fez em forma de canção
E soprou em meus ouvidos
Notas de emoção
Passei o dia escutando
Tudo o que eu queria dizer
Mas não tive a inspiração
De escrever
Ouvi músicas antigas
Que pareciam ter nascido
Do útero de mi'alma
Exposta nas cantigas
Hoje a música invadiu
E tomou conta de mim
Deixei me levar e sonhar
Na melodia que me persuadiu
Cantei sem ter voz
Cantei sem saber
Cantei sem rabiscar
Cantei para me encantar
(Nane - 14/10/2013)
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
Fascínio
Fascina-me o mar
Amedronta-me o mar
Que parece sempre me chamar
Sempre a me buscar...
Seduz-me o horizonte
Quando num mergulho de luxúria
O sol se derrama no mar
Que o resfria, enquanto se aquece
Enfeita a paisagem a gaivota
Que solitária e em silêncio
Sobrevoa suas águas
Verdes, azuis e douradas
O canto da sereia
Que habita essas águas
Deusa sedutora
Afogando pescadores
E quando vem a lua
Se admirar no espelho d'água
O mar cínico e encantador
Deixa-a nua em seu reflexo
Onde é o céu
Onde é o mar
Tênue linha em meu olhar
É doce viver no mar
(Nane - 11/10/2013)
Amedronta-me o mar
Que parece sempre me chamar
Sempre a me buscar...
Seduz-me o horizonte
Quando num mergulho de luxúria
O sol se derrama no mar
Que o resfria, enquanto se aquece
Enfeita a paisagem a gaivota
Que solitária e em silêncio
Sobrevoa suas águas
Verdes, azuis e douradas
O canto da sereia
Que habita essas águas
Deusa sedutora
Afogando pescadores
E quando vem a lua
Se admirar no espelho d'água
O mar cínico e encantador
Deixa-a nua em seu reflexo
Onde é o céu
Onde é o mar
Tênue linha em meu olhar
É doce viver no mar
(Nane - 11/10/2013)
Sem flor
Semear, regar e aguardar
Ver germinar, crescer
Cuidar, limpar e aguardar
Enquanto a flor não vem
Plantar e aguardar
O deleite do olhar
O perfume no ar
Da flor que vai chegar
Plantei e cuidei
Mas a flor não desabrochou
Pra que mais aguardar
Ceifei a raíz
(Nane - 11/10/2013)
Ver germinar, crescer
Cuidar, limpar e aguardar
Enquanto a flor não vem
Plantar e aguardar
O deleite do olhar
O perfume no ar
Da flor que vai chegar
Plantei e cuidei
Mas a flor não desabrochou
Pra que mais aguardar
Ceifei a raíz
(Nane - 11/10/2013)
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
Bola rolando
Espero a hora chegar
Vou assistir a mais um jogo
Dane-se o que vai acontecer
Se meu time perder
Com certeza vou beber
Bebo por tudo
Se triste ou feliz
Pouco importa o motivo
Comemorar ou chorar
Preciso é bebemorar
a novela não acaba
Segue contando mentiras
Onde no final tudo acaba bem
E os bandidos perdem pros mocinhos
Enganando e manipulando
A nova geração
Quem irá apitar
o jogo que vai começar
Meu time precisa ganhar
Será que a rede globo deixará
Dificil adivinhar
E rola a bola...
(Nane - 09/10/2013)
Vou assistir a mais um jogo
Dane-se o que vai acontecer
Se meu time perder
Com certeza vou beber
Bebo por tudo
Se triste ou feliz
Pouco importa o motivo
Comemorar ou chorar
Preciso é bebemorar
a novela não acaba
Segue contando mentiras
Onde no final tudo acaba bem
E os bandidos perdem pros mocinhos
Enganando e manipulando
A nova geração
Quem irá apitar
o jogo que vai começar
Meu time precisa ganhar
Será que a rede globo deixará
Dificil adivinhar
E rola a bola...
(Nane - 09/10/2013)
Volta e meia
Volta e meia eu volto
Nas voltas que passei
De mãos dadas com você
Te amando
E sendo amada
Por você
Refazendo sorrisos
Quase sem querer
Ao ver o seu sorriso
Gravado na retina
Quando minhas bobagens
Te faziam sorrir
Ao por do sol
A nossa introspecção
Agradecimentos e pedidos
No repetir dos mesmos versos
De afirmação e insistência
Da fé de todo dia
Volta e meia eu volto
Nas voltas que passei
Dentro dos seus braços
Te amando
Sem mais ser amada
Por você
(Nane - 09/10/2013)
Nas voltas que passei
De mãos dadas com você
Te amando
E sendo amada
Por você
Refazendo sorrisos
Quase sem querer
Ao ver o seu sorriso
Gravado na retina
Quando minhas bobagens
Te faziam sorrir
Ao por do sol
A nossa introspecção
Agradecimentos e pedidos
No repetir dos mesmos versos
De afirmação e insistência
Da fé de todo dia
Volta e meia eu volto
Nas voltas que passei
Dentro dos seus braços
Te amando
Sem mais ser amada
Por você
(Nane - 09/10/2013)
Alzheimer
São claros os sinais do alzheimer, impossível não notar.
A memória privilegiada de minha mãe - num repente
se deteriorou e agora ela troca o nome dos próprios filhos.
Seus traços no semblante antes meigos - parecem agora
inquisidores e alheios.
Ainda resta-lhe discernimento, mas falta a vontade de permanecer
na sanidade que, parece, tanto mal lhe faz. Minha mãe se recolheu
num mundo todo próprio e não faz muita questão de sair de lá.
Seus olhos olham sempre na direção de um vazio inalcançável,
ou que é preenchido só pelo que ela mesmo enxerga, sem dividir
com mais ninguém.
Pergunta a todo instante quem são os atores da novela que insiste
em assistir, e a não entender o enredo.
Eu e ela temos história e estórias - eu menina sabendo ser designada
aos cuidados para com ela no futuro, que agora é um passado tão distante.
Ela comigo - cuidando e ensinando a vida inteira, sendo amiga e companheira
enquanto me moldava no passado, já presente.
Restou a nós - um silêncio profundo, uma mudez de tantas palavras nas mentes,
sufocadas e guardadas por preguiça de saírem de nossas gargantas. E quando
saem - se atracam e se atacam sem perceberem o mal que fazem.
Meu mundo é minha mãe - ainda que calada, agressiva e mal cuidada, não sei
o que fazer se ela me faltar. Ainda assim temo que eu lhe falte antes - por acreditar
que mais ninguém dela vai cuidar (ainda que bem) como eu tentei.
(Nane - 09/10/2013)
(Nane - 09/10/2013)
Morfeu
Você me abandonou em plena madrugada
Não pediu licença, simplesmente saiu
Meus olhos vermelhos ardem cansados
Enquanto a mente vagueia desatinada
Busco por você a todo instante
Revirando na cama vazia e fria
Tentando entender o motivo
Da sua ausência em mim
O corpo sente a sua falta
Os olhos lacrimejam saudades
A vontade de te abraçar domina
Onde será que você está
Seu colo era só o que eu queria
Embalada em seus braços
Deitada sobre o seu peito
Adormecer feito criança
Mas você me abandonou em plena madrugada
Deixando em seu lugar essa aflição
Dos notívagos desarvorados
Em busca do sono perdido
(Nane - 09/10/2013)
Não pediu licença, simplesmente saiu
Meus olhos vermelhos ardem cansados
Enquanto a mente vagueia desatinada
Busco por você a todo instante
Revirando na cama vazia e fria
Tentando entender o motivo
Da sua ausência em mim
O corpo sente a sua falta
Os olhos lacrimejam saudades
A vontade de te abraçar domina
Onde será que você está
Seu colo era só o que eu queria
Embalada em seus braços
Deitada sobre o seu peito
Adormecer feito criança
Mas você me abandonou em plena madrugada
Deixando em seu lugar essa aflição
Dos notívagos desarvorados
Em busca do sono perdido
(Nane - 09/10/2013)
Semente
Faz de conta que a semente vingou
E a flor desabrochou
Se fez primavera no coração
E o amor virou canção
Coloriu todo o jardim
Com as cores da alegria
Perfumou a brisa carinhosa
Fez festas sem motivos
Atravessou o verão
Feito ar quente num balão
Espalhando a primavera
Com suas multicores
E quando veio o outono
Cansada e sem muita cor
A flor se fez senhora
Pronta a descansar
Morreu em pleno inverno
De reles hipotermia
Deixando em sua agonia
Sementes vingadoras
Assim é o amor de um poeta
Que faz da dor sua poesia
E de cada flor a esperança
De ver florir sua primavera
(Nane - 09/10/2013)
terça-feira, 8 de outubro de 2013
O voo de Ícaro
Ousei sonhar
E subi ao céu
Voei nas asas da paixão
E alcancei o sol
Colei minhas penas de pássaro
Com a cera do mel
Não percebi que derretia
Quanto mais eu te amava
E cada instante valeu
No infinito meu
Ver o fulgor do teu olhar
Cegou minha razão
Provei do que não posso ter
Amei quem não posso amar
Vivi o meu sonho de Ícaro
Caí sem forças (e sem asas) para voar
Mas ousei...
(Nane - 08/10/2013)
(Nane - 08/10/2013)
Pássaro sem asas
Pássaro ferido
De asas cortadas
Podadas pela vida
Sentida e vivida
Já não podes voar
Segue seu caminho
Traçado pelo destino
Sozinho
Olha para a amplidão
Dos céus em que outrora voastes
Tantos mundos, tantos ares
E agora és pássaro pousado
Pássaro ferido
Não se entregue
Suas asas irão crescer
E as feridas cicatrizarem
Guarda na mente teus voos
Tuas rotas, teus mapas
Deixa que o tempo te faça
De novo pássaro cantor
Por ora se conforme
Em caminhar por esse solo
Por sobre pedregulhos
Que te fazem pássaro ferido
(Nane - 08/10/2013)
De asas cortadas
Podadas pela vida
Sentida e vivida
Já não podes voar
Segue seu caminho
Traçado pelo destino
Sozinho
Olha para a amplidão
Dos céus em que outrora voastes
Tantos mundos, tantos ares
E agora és pássaro pousado
Pássaro ferido
Não se entregue
Suas asas irão crescer
E as feridas cicatrizarem
Guarda na mente teus voos
Tuas rotas, teus mapas
Deixa que o tempo te faça
De novo pássaro cantor
Por ora se conforme
Em caminhar por esse solo
Por sobre pedregulhos
Que te fazem pássaro ferido
(Nane - 08/10/2013)
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Conhecimentos
Conheço todos os seus desejos
Seus momentos
Seus passos
Conheço você
Como ninguém mais
Sei dos seus anseios
E dos seus devaneios
Da sua capacidade
De não deixar fluir
As suas vontades
Antecipo seus passos
Mesmo quando tenta desviá-los
Mas isso só me faz sofrer
Exatamente por saber
Que você só quer me esquecer
Antecipo e sei de você
Simplesmente por saber
Que você também sabe de mim
E antecipa os meus passos
Que vão sempre em sua direção
(Nane - 07/10/2013)
Seus momentos
Seus passos
Conheço você
Como ninguém mais
Sei dos seus anseios
E dos seus devaneios
Da sua capacidade
De não deixar fluir
As suas vontades
Antecipo seus passos
Mesmo quando tenta desviá-los
Mas isso só me faz sofrer
Exatamente por saber
Que você só quer me esquecer
Antecipo e sei de você
Simplesmente por saber
Que você também sabe de mim
E antecipa os meus passos
Que vão sempre em sua direção
(Nane - 07/10/2013)
O infinito
Peço aos amantes
Que se doem sem medo
Interessa esse instante
O porvir é posteridade
Bobagem
Um amor vivido
É para a eternidade
Ainda que acabado
Foi sentido
Viverá eternamente
O infinito o guardará
Na memória de quem o viveu
Não vive mais
Não se faz preciso
É prática vencida
O amor é a entrega
No seu tempo integral
O antes e o depois
Se perdem sem sentido
Nesse momento perene
(Nane - 07/10/2013)
Que se doem sem medo
Interessa esse instante
O porvir é posteridade
Bobagem
Um amor vivido
É para a eternidade
Ainda que acabado
Foi sentido
Viverá eternamente
O infinito o guardará
Na memória de quem o viveu
Não vive mais
Não se faz preciso
É prática vencida
O amor é a entrega
No seu tempo integral
O antes e o depois
Se perdem sem sentido
Nesse momento perene
(Nane - 07/10/2013)
Alvo
Na peça da vida
Passei sem pressa
E me dei conta
Que ela (a vida) tem pressa
E me fez andar
Em círculos contínuos
Apenas envelhecidos
Alcei voos
De gaivota solitária
Por sobre mares
De imensidão
Voltando sempre
Ao pouso certeiro
Da minha solidão
Voei em círculos
Feito prisioneira
Em pleno gozo
Da liberdade
Que julguei ter
Enquanto dona
De uma tola mocidade
Se pressa não tive
A vida correu
As cortinas se agitam
Os holofotes se apagam
Perdem seu foco
A gaivota pousa
No centro do círculo
Seu alvo
(Nane - 07/10/2013)
Passei sem pressa
E me dei conta
Que ela (a vida) tem pressa
E me fez andar
Em círculos contínuos
Apenas envelhecidos
Alcei voos
De gaivota solitária
Por sobre mares
De imensidão
Voltando sempre
Ao pouso certeiro
Da minha solidão
Voei em círculos
Feito prisioneira
Em pleno gozo
Da liberdade
Que julguei ter
Enquanto dona
De uma tola mocidade
Se pressa não tive
A vida correu
As cortinas se agitam
Os holofotes se apagam
Perdem seu foco
A gaivota pousa
No centro do círculo
Seu alvo
(Nane - 07/10/2013)
Reviver
Fico e vou
Num só instante
Tão rápido e infinito
Tão tênue e concreto
Tão longe e tão perto
Mergulho em mim
Tão só e tão fundo
Para tentar me aproximar
De outras pessoas
Tão perto e tão longe (de mim)
Broto de mim
Solitária e e sem mácula
Feito criança primária
Se tornando adulta
No dia a dia de mágoas
Por isso preciso
Desses constantes instantes
Tão rápidos e infinitos
Tão tênues e concretos
Tão longe e tão perto
Que me trazem a tona (de mim)
(Nane - 07/10/2013)
Num só instante
Tão rápido e infinito
Tão tênue e concreto
Tão longe e tão perto
Mergulho em mim
Tão só e tão fundo
Para tentar me aproximar
De outras pessoas
Tão perto e tão longe (de mim)
Broto de mim
Solitária e e sem mácula
Feito criança primária
Se tornando adulta
No dia a dia de mágoas
Por isso preciso
Desses constantes instantes
Tão rápidos e infinitos
Tão tênues e concretos
Tão longe e tão perto
Que me trazem a tona (de mim)
(Nane - 07/10/2013)
Almas
A minha e a tua alma
Se sentem, se completam
Mas também se perdem
E se confundem
Sofrem a falta uma da outra
Sem saberem se encontrar
A vida as separam
A morte...nos dirá
A tua e a minha alma
Fadadas ao reencontro
Tentam e temem
Mas sabem e sentem
Razões de sobra
De ódio e amor
São almas afins
A minha e a tua
(Nane - 07/10/2013)
Se sentem, se completam
Mas também se perdem
E se confundem
Sofrem a falta uma da outra
Sem saberem se encontrar
A vida as separam
A morte...nos dirá
A tua e a minha alma
Fadadas ao reencontro
Tentam e temem
Mas sabem e sentem
Razões de sobra
De ódio e amor
São almas afins
A minha e a tua
(Nane - 07/10/2013)
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Marias do sertão
Nordeste e nordestinos
Quantos desatinos
Falta chuva, falta sonhos
Racha o chão e racha a cara
Do seu povo envelhecido
Maria quer sonhar
Aprender e estudar
Mas a mãe Maria
Precisa dela para ajudar
José, Lourdes e Fátima
Aparecida, Das Dores e Luíza
Todas são Marias
Repetindo a mesma sina
Embuchando a reviria
Criando outras Marias
Para sonhar com a utopia
De um dia tudo mudar
No sertão sem recursos
Qual é a solução
Para todas essas Marias
Vivendo em agonia
Seus varões cedo se vão
A procura do Eldorado
Esquecem o endereço
Das Marias que lhes tem apreço
Nada sabem da governança
Nem tão pouco de direitos
A governança não sabe delas
E também não quer saber
(Nem sabem votar)
Qual será solução
Esperanças têm mais não
As Marias do sertão
Descansam quando lhes fecham...o caixão
(Nane - 03/10/20113)
Quantos desatinos
Falta chuva, falta sonhos
Racha o chão e racha a cara
Do seu povo envelhecido
Maria quer sonhar
Aprender e estudar
Mas a mãe Maria
Precisa dela para ajudar
José, Lourdes e Fátima
Aparecida, Das Dores e Luíza
Todas são Marias
Repetindo a mesma sina
Embuchando a reviria
Criando outras Marias
Para sonhar com a utopia
De um dia tudo mudar
No sertão sem recursos
Qual é a solução
Para todas essas Marias
Vivendo em agonia
Seus varões cedo se vão
A procura do Eldorado
Esquecem o endereço
Das Marias que lhes tem apreço
Nada sabem da governança
Nem tão pouco de direitos
A governança não sabe delas
E também não quer saber
(Nem sabem votar)
Qual será solução
Esperanças têm mais não
As Marias do sertão
Descansam quando lhes fecham...o caixão
(Nane - 03/10/20113)
Vento que sopra
Essa vontade louca
De correr ao seu encontro
Esse desejo doido
De te ter só mais um pouco
Essa dor sem entender
Que não mais tenho você
Vem o vento que te leva
Soprando forte rumo ao mar
Lágrimas quentes na minha face
Rolam sem permissão
Envermelhando meu olhar
Camuflado sob as lentes
Dos óculos escuros
E esse seu sorriso
Que parece debochar
Da minha dor escondida
Com medo de se mostrar
Por saber que é só um encosto
No pecado de te amar
Essa vontade louca
Me faz delirar
E pensar em devaneios
De que amanhã vou te encontrar
Nos sonhos não reais
Que é só o que sei sonhar
(Nane - 03/10/2013)
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Desígnio
Uma foto amarelada pelo tempo
A imagem sumindo aos poucos
Fazendo trabalhar a imaginação
De que quem a olha
As feições já não tão nítidas
Da menina loira sorrindo
Desafiando o destino
De peito aberto para o futuro
Seus traços são alegres
Apesar das complexidades
Na infância tão distante
Percebe-se neles a esperança
Tantos foram os sonhos sonhados
As utopias imaginadas
Os castelos construídos
Os príncipes de quimeras
Hoje o olhar já cansado
Não têm o brilho de outrora
Seu futuro é seu presente
E a utopia uma quimera
A imagem sumindo aos poucos
A vida seguindo seu rumo
Feito o rio que vai pro mar
É o destino...é o destino
(Nane - 02/10/2013)
A imagem sumindo aos poucos
Fazendo trabalhar a imaginação
De que quem a olha
As feições já não tão nítidas
Da menina loira sorrindo
Desafiando o destino
De peito aberto para o futuro
Seus traços são alegres
Apesar das complexidades
Na infância tão distante
Percebe-se neles a esperança
Tantos foram os sonhos sonhados
As utopias imaginadas
Os castelos construídos
Os príncipes de quimeras
Hoje o olhar já cansado
Não têm o brilho de outrora
Seu futuro é seu presente
E a utopia uma quimera
A imagem sumindo aos poucos
A vida seguindo seu rumo
Feito o rio que vai pro mar
É o destino...é o destino
(Nane - 02/10/2013)
OUTUBRO
Dona de um sorriso franco
De palavras doces
De um olhar poético
E de um coração acolhedor
OU TU BROtas no caminho
De quem tem a sorte de cruzar
Com a paz que vem da força
Dessa guerreira mulher
Ângela, anjo, mensageira
Mestra de tantos aprendizes
Espalhando sabedoria
Distribuindo seu carinho
Mãe, mulher, amiga e professora
Missões tantas e resumidas
Na figura encantadora
Desse ser maravilhoso
Deus criou um anjo
Em plena primavera
Fez dele mensageira do amor
E de Ângela o batizou
*Toda felicidade do mundo
para a senhora, D. Ângela!!!
(Nane - 02/10/2013)
De palavras doces
De um olhar poético
E de um coração acolhedor
OU TU BROtas no caminho
De quem tem a sorte de cruzar
Com a paz que vem da força
Dessa guerreira mulher
Ângela, anjo, mensageira
Mestra de tantos aprendizes
Espalhando sabedoria
Distribuindo seu carinho
Mãe, mulher, amiga e professora
Missões tantas e resumidas
Na figura encantadora
Desse ser maravilhoso
Deus criou um anjo
Em plena primavera
Fez dele mensageira do amor
E de Ângela o batizou
*Toda felicidade do mundo
para a senhora, D. Ângela!!!
(Nane - 02/10/2013)
terça-feira, 1 de outubro de 2013
Rua vazia
A porta ainda está aberta
Mas essa sensação
De que não vai entrar
Ou nem mesmo passar na frente
Esperar, não espero mais
Sei que se cansou de mim
Não entendi que o meu amor
Te sufocou
Eu só queria te cuidar
Mas você nunca precisou
O pouco tempo que tinhamos
Eu gastei com meus anseios
Olho a rua vazia
Esperando que na esquina
A qualquer momento
Surja a sua silhueta
Olho a rua vazia
Que mesmo cheia de tanta gente
Continua vazia...nua
Sob o brilho triste da lua
A porta ainda está aberta
Você...onde estará
Em que esquina dobrará
Em que porta aberta entrará...
(Nane - 01/10/2013)
Adriane Lima
A bra tuas asas
D e anjo ou andorinha
R eluzindo teus pensamentos
I mantados na leveza
A bsurda das palavras
N ascidas de tua alma
E nlevadas de poesia
L eva teus sonhos
I mersos em amores
M ansos ou turbulentos
A migos ou amantes
(Nane - 01/10/2013)
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