segunda-feira, 18 de abril de 2011

Uma noite de verão (no outono).

Deitada na minha cama, sem sono e sem ter o que fazer, abri as cortinas da janela e
me deparei com o brilho da lua espetacular que enfeitou o céu de ontem. Estrelas,
quase não vi, estavam apagadas, talvez sentissem vergonha da beleza lunar, que se
destacou no azul escuro do manto celeste. Ou quem sabe foi só mesmo uma forma
de homenagear o satélite dos enamorados num final de noite de domingo.
Eu me deixei ficar lá...olhando a lua sem pensar em nada. Deitada e com preguiça de
pensar, apenas admirando aquela bola prateada, suspensa no céu, tão linda e tão nítida,
como se possível fosse tocá-la com as mãos...O quentume da madrugada abafada pelo
calor do verão que se esqueceu de ir embora em pleno outono, permitiu que eu abrisse a
janela e escutasse no silêncio noturno, os sons que só a noite produz, num latido distante de
um cão vigilante, ou de carro que corre apressado, de volta prá casa, ou quem sabe para um
outro lugar. Até o sibilar de um grilo falante que ecoa na noite, quem sabe é consciência de
alguém que se deixou enfeitiçar pelo brilho lunar e se pôs a pecar...em plena madrugada de
noite enluarada...
A preguiça venceu, o sono chegou, a lua me piscou e eu...adormeci.

(Nane-18/04/2011)

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