Hoje o telefone tocou
Trazendo uma triste notícia
Voltei a um tempo que passou
De festas, gandaias, carícias...
Ahh amiga querida
Que comigo curtiu a juventude
E na rotina acabamos perdidas
Soube agora da sua quietude...
A luz se apaga aos poucos
Seus olhos se fecham para esse mundo
Já não corres no trânsito louco
Já não temes o poço e seu fundo...
Agora apenas espera
A hora suprema da despedida
Tal qual o cisne da ópera
Se esvai um pouco a cada instante a sua vida
Vislumbras já o sol brilhante
Que te aguarda além do poente
Guardo comigo a dor abrasante
Que me domina o ser absurdamente
Vá em paz
Livre-se do peso carnal
Voe livre sem parar
Num outro plano, outro astral
E um dia amiga minha
A gente vai se encontrar
Voa agora minha avezinha
Na paz de Deus a te abençoar...
(Nane-29/09/2010)
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