terça-feira, 21 de setembro de 2010

No limiar dos extremos


Sou luz e escuridão
Num instante de euforia
Ou de depressão...
Sorrio quando choro
E explodo na minha mansidão...

Não falo quando grito
Mas é no meu silêncio
Que sempre digo tudo...

Sou pedra e sou água
Me vejo noite
Mas também sou dia

Sou os tremores dos nervos agitados
Que fazem doer o corpo todo
E o carinho que afaga e massageia
Dando alívio como num beijo sereno

Meu meio não existe
Apenas o começo e o fim
O ódio e o amor
O prazer, a dor...

Sou fogo e sou água
O calor e o frio
A compreensão e a mágoa
Sou parte do mar e do rio...

A paciência e a intolerância
Me fazem companhia
Me abro e me fecho
Me deixo acompanhar
Mas sigo sozinha...

Meus extremos são intensos
Sou Norte e Sul num mesmo tempo
A vida que me inunda de paixão,
A morte que me espera na contramão...


(Nane-21/09/2010)

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