Meus versos falam por mim
Mas nem todos ouvem o que eu digo
Já que nas minhas entrelinhas
Codifico pensamentos
Deixo que pensem
Mas nunca digo o que querem
Solto no ar o bafio
Da fera contida
Traduzem o que querem
Pensam o que nunca existiu
Faço de mim mesma um mistério
Nos sulcos de minhas próprias mãos
Sangro meus dedos na terra
Onde planto as sementes
Da loucura entorpecente
Na imaginação fluente
Meus versos são torpes e sem nexos
Mas insistem nas quimeras
De lendas e mistérios
Dos que tentam decifrá-los
Eu, feito uma esfinge
Sorrio e desafio
Decifra-me ou te devoro
Nas entrelinhas...eu adoro
(Nane - 20/08/2018)
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