sábado, 11 de agosto de 2018

DE MÃOS DADAS


Não tenho medo de mim
Tão pouco de ti
Apenas me preocupo
Com o nós

Amanhã, não sei o que será
Nosso hoje, tão intenso
Perece no marasmo que tijolo por tijolo
Constrói seu arrimo

Arrimo de um tudo
Que mesmo parecendo um nada
Faz muralha entre nós
Feito as de Jericó

Transpô-las não é fácil
Derrubá-las, quase impossível
Deus, meu Deus
Dai-me forças

Meu ontem e meu hoje
Confundem-se no amanhã
Que no alvorecer
Me desafiará

Não temo meu caminhar
Só não sei onde hei de chegar
As pedras no caminho
Com certeza, vou tirar

Teu cheiro em mim perpetuado
Há de inundar à minha volta
Enquanto serás só lembranças
Até que chegue a hora de voltares

Então o nós sobrepujará
Ao eu e ao tu tão dispersados
Numa estrada onde só é possível 
De mãos dadas essa caminhada...

(Nane - 11/08/2018)



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