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terça-feira, 29 de setembro de 2015
INCONSTÂNCIA
A poesia te encanta
E te faz prisioneira
Em suas verves múltiplas
De estilos figurados
A languidez na leitura
Te faz musa de poetas
Na batalha instaurada
Pelo troféu pulsante
Desfila teus trejeitos
Nas caves literárias
Iludindo a poesia
E seus poetas
Vai do Príncipe Pequeno
Ao corvo do Augusto
Insinuante e afável
Cultivando inspirações
Tens no encanto natural
O lirismo do de Barros
A Bandeira do Manoel
E a beleza do Moraes
Mas não se iludam os poetas
Que pensam desnudar-te
Com as mesmices de suas rimas
E métricas estudadas
A leitora se esquiva
Ávida por pegadas
De um Rimbaud ou um Bukowski
Que possa, nesse instante domá-la
E o Príncipe vira sapo
O lobo se inspira
A musa nua, vira lua
E se entrega à suas garras
Até que venha uma outra poesia...
(Nane-29/09/2015)
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