Na hora da Ave Maria
Sou eu dentro de uma borbulha
Efervescente num copo de cerveja
Já não vou para os bares
As companhias não me agradam
A borbulha estoura e me faz cócegas
Me bebo me embebedando
Me divirto com a minha solidão
Dando-me o direito da imaginação
Sob o efeito etílico borbulhante
De ser mero expectador viajante
Esvazia um, enche o outro
De borbulhas mágicas e condutoras
Que me transportam pelo espaço
Sem me cobrar o preço da passagem
Feito criança eu salto
Pulando de borbulha em borbulha
Juro, me vejo dentro delas
E me bebo me embebedando
Sou talvez o que de mais forte
Embriaga meu cérebro obscuro
No teor de minhas entranhas
Estereotipadas e alucinadas
A hora é santa
A água é benta
A cerveja está gelada
E o copo cheio de borbulhas
10x5 vezes
Entre uma borbulha e outra
Vou contando os copos
E dizendo Amém
(Nane-23/09/2015)
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