Um espaço para falar de tudo e com todos. quem quiser entrar, seja bem vindo.
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
ROMPENDO O SILÊNCIO
Odeio o teu silêncio
Que me grita na alma
A tua indiferença
Me joga na cara
A pouca importância
Que um dia pensei ter
Odeio o teu silêncio
Que já a muito me dizia
O que eu não quis ouvir
Quando feito mendigo
Implorei por teu amor
Que em silêncio se mantinha
Odeio o teu silêncio
Transbordante de palavras
Que me feriram mortalmente
Quando finalmente tu falastes
E tirou a máscara encantada
Que tanto me fascinou
Odeio o teu silêncio
Que finalmente se rompeu
E me inundou de lágrimas
Quando disse em bom tom
O quanto fui iludida
Por não saber ouvir...o teu silêncio
Odeio o teu silêncio
Que preferia, ser mudo
A ter que ouvir o que eu ouvi
(Nane-30/09/2015)
terça-feira, 29 de setembro de 2015
INCONSTÂNCIA
A poesia te encanta
E te faz prisioneira
Em suas verves múltiplas
De estilos figurados
A languidez na leitura
Te faz musa de poetas
Na batalha instaurada
Pelo troféu pulsante
Desfila teus trejeitos
Nas caves literárias
Iludindo a poesia
E seus poetas
Vai do Príncipe Pequeno
Ao corvo do Augusto
Insinuante e afável
Cultivando inspirações
Tens no encanto natural
O lirismo do de Barros
A Bandeira do Manoel
E a beleza do Moraes
Mas não se iludam os poetas
Que pensam desnudar-te
Com as mesmices de suas rimas
E métricas estudadas
A leitora se esquiva
Ávida por pegadas
De um Rimbaud ou um Bukowski
Que possa, nesse instante domá-la
E o Príncipe vira sapo
O lobo se inspira
A musa nua, vira lua
E se entrega à suas garras
Até que venha uma outra poesia...
(Nane-29/09/2015)
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
EFEMERIDADES
Divagando em meus rabiscos
Fui nômade, dalit, poeta
Proibido-me o real
Fez-se em mim a fantasia
Por reinos e espaços
Mares e montanhas
Continentes e planetas
Viajo a todo instante
Sou o efêmero de mim mesma
Nos humores dos momentos
Quando no meu céu se faz inferno
E o amargo se torna doce
Nas entrelinhas me refaço
Misturando a lucidez
Com a insanidade fugaz
De um poema entranhado
E quem poderá dizer
Que não vivo a quimera
Se de mim nada se sabe
Além do que eu mesma sei
Ah...as palavras inventadas
Sabem mais que a realidade
Suposta e experimentada
Pela vida consumada
Viajo sem passaporte
Para bem além do universo
Onde o nada se faz tudo
E o tudo não é nada
E quem poderá dizer
Que não é real minha visão
E me chamar de louca
Por viver minha ilusão
Divagando em meus rabiscos
Sorrio dos meus delírios
Ao perceber que em palavras
Engano a vida (real)
(Nane-28/09/2015)
A LUA E O LOBO
Sentada
Olhando a tela em branco
Ordenando letrinhas
Formando frases
Buscando inspiração
Querendo escrever...
Ontem
Olhando a lua
Tão soberana
Pedi a ela
Que te dissesse
Que foram minhas
As lágrimas de sangue
Que a tingiram
Bobagem a minha
A lua não fala
E só os lobos
Uivam pra ela
Na noite escura
Vi lua azul
Lua de sangue
Tão perto de mim
E tão distante
Escrever não é tão fácil
Nem tão difícil
Na verdade nem é nada
É só juntar
Na tela em branco
Letrinha por letrinha
Em frases com sentidos
Ainda que desconexos
Ontem
Pedi a lua
Que me ouvisse
Mas esqueci
Que ela não tem ouvidos
E feito um lobo
Uivei em vão...
(Nane-28/09/2015)
QUANDO SETEMBRO VOLTAR
Quando setembro acabar
Levará consigo
O sangue da lua
Exposta e nua
Quando setembro acabar
Deixará no ar
A primavera florida
De podas doridas
Quando setembro acabar
Levará consigo
Alguns sonhos perdidos
Ao longo da espera por ele (setembro)
Quando setembro acabar
Terá somado nas costas
O peso do tempo vivido
Sem jamais conseguir despertar
Quando enfim, setembro acabar
Restará a expectativa
Do intervalo se concretizar
E setembro, de novo, começar
(Nane-28/09/2015)
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
DEVER E NÃO PODER
Eu deveria ter no meu cio
A vontade de ter crias
Feitos os animais
E gerar meus filhos
Sem sequer saber do pai
Cuidando para que crescessem
Eu deveria amar acima de tudo
As criam que me foram dadas
E ampará-los
Cuidar para que criassem asas
E voassem na hora certa
De simplesmente se desapegarem
Eu deveria aprender com os animais
Que de momentos vive a vida
E não criar expectativas
Sorver a água posta nas árvores
Feito o beija-flor agradecido
Num dia de calor
Eu deveria sim ser mais animalesco
Nos meus sentidos sem sentidos
E esquecer que sou humana
Me refestelar em meus desejos
Sem de nada me culpar
E depois, simplesmente esquecer
Eu deveria não ter que responder
Pela vontade de ser o que não sou
Quando penso em você
Seguir o curso do rio
Feito água soberana
E desaguar no meu tão sonhado mar
É,
Eu deveria...
(Nane-25/09/2015)
UM VOO JÁ NÃO MAIS OCULTO
De poeta para poeta
Vou tentar explicar
Meu orgasmo literário
Por teu filho concebido
Embarco na viagem
De mãos dadas com você
Pela estrada de espinhos
Que feriram os teus pés
Livro gerado num casulo
De tantas páginas rasgadas
Asas podadas
Lagarta quase pisada
Primaveras e verões
Outonos e invernos
Lágrimas e sorrisos
Quimeras e realidades
Voa borboleta
Sem mais nada ocultar
Espalha toda a sua beleza
Para quem sabe te interpretar
Meu jardim te aguarda
Cheio de flores apetitosas
Lendo cada um do teu sugar
Das gotículas do néctar poético
Voa borboleta
Sem qualquer limite
Por entre todas as estações
Que a tua poesia te conduz
Que deflagre tuas asas
Sob os fogos literários
E jamais oculte de nós
O voo da tua poesia
(Nane-25/09/2015)
Vou tentar explicar
Meu orgasmo literário
Por teu filho concebido
Embarco na viagem
De mãos dadas com você
Pela estrada de espinhos
Que feriram os teus pés
Livro gerado num casulo
De tantas páginas rasgadas
Asas podadas
Lagarta quase pisada
Primaveras e verões
Outonos e invernos
Lágrimas e sorrisos
Quimeras e realidades
Voa borboleta
Sem mais nada ocultar
Espalha toda a sua beleza
Para quem sabe te interpretar
Meu jardim te aguarda
Cheio de flores apetitosas
Lendo cada um do teu sugar
Das gotículas do néctar poético
Voa borboleta
Sem qualquer limite
Por entre todas as estações
Que a tua poesia te conduz
Que deflagre tuas asas
Sob os fogos literários
E jamais oculte de nós
O voo da tua poesia
(Nane-25/09/2015)
UMA LÁGRIMA QUE CAI
Ah...essa lágrima adormecida
No côncavo da tua face
E eu...fotografando
Teu sono tão raro
Observo teu semblante cansado
A pele seca e quebradiça, feito papel
O que será que sonhas (se é que sonhas)
Enquanto adormeces...
Terno momento de paz entre nós duas
Quando enfim, adormeces
E me deixa adormecer
Do meu delírio extravagante
Logo, logo vais me chamar
Gritar meu nome e exigir
Que te traga a água aplacadora
Da sede e da vontade de sentar
Eu devia adormecer
Feito a mãe de um bebê
Mas o desgraçado do sono não vem
E fico a lhe observar
Onde estará a minha mãe
Outrora tão amiga
Disposta a tudo por mim
E eu, sem nada entender
Quem é essa pessoa
Que me cobra e me exaure
Quem vai cuidar de mim
Dorme mãe...feito criança
A lágrima escorrida
Secou e ressequiu
Vedou a abertura de teus olhos
Já não vês o que deveria
Bobagem dizer
Que essa noite eu poderia adormecer
E descansar...
Você dormiu feito criança
A alvorada se aproxima
Meus olhos se cansam
Você desperta
Sigamos a nossa rotina...
(Nane-25/09/2015)
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
BORBULHAS DE CERVEJA
Na hora da Ave Maria
Sou eu dentro de uma borbulha
Efervescente num copo de cerveja
Já não vou para os bares
As companhias não me agradam
A borbulha estoura e me faz cócegas
Me bebo me embebedando
Me divirto com a minha solidão
Dando-me o direito da imaginação
Sob o efeito etílico borbulhante
De ser mero expectador viajante
Esvazia um, enche o outro
De borbulhas mágicas e condutoras
Que me transportam pelo espaço
Sem me cobrar o preço da passagem
Feito criança eu salto
Pulando de borbulha em borbulha
Juro, me vejo dentro delas
E me bebo me embebedando
Sou talvez o que de mais forte
Embriaga meu cérebro obscuro
No teor de minhas entranhas
Estereotipadas e alucinadas
A hora é santa
A água é benta
A cerveja está gelada
E o copo cheio de borbulhas
10x5 vezes
Entre uma borbulha e outra
Vou contando os copos
E dizendo Amém
(Nane-23/09/2015)
MANIAS E APEGOS
Entre manias e apegos
Sou forçada ao desapego
Imposto pelo mundo
Que não gira em meu entorno
Sou só poeira no limo
Arremessada de encontro ao imã
Magnetizada por uma força
Bem maior que a minha
Volto meu olhar
Para o caminho percorrido
Onde a infância e a juventude
Me acenam lá atras
Não me foi dado a chance
De ser quem eu queria
Antes, foi preciso ser eu
Na passarela do destino
Sem mais lamentações
Nem choros e nem velas
Os refletores ainda iluminam
Meu desfilar restrito
Já quis tanta coisa
Me apeguei a tantas outras
Tropecei o tempo inteiro
E me levantei tropegamente
Agora me deixo levar
Sendo atraída pela força
De encontro ao imã
Magnetizada, hipnotizada
Entre apupos e palmas
Desfilo no picadeiro
Aguardando robotizada
O fechar das cortinas na ribalta
(Nane-23/09/2015)
terça-feira, 22 de setembro de 2015
VIAJANDO PELO B612
Olho em volta de mim mesma
E só vejo ela...a lua vermelha
Onde estão as estrelas azuis
Onde está você...
A profecia do final
Nem precisava dessa lua
Estava tão nítido
Na frieza do meu céu...sem estrelas
Alinhando terra e sol
Na escuridão da musa
Poeta sem lua
Poesia sem rima
Fosse a lua azul
Observada de um asteroide
Onde um pequeno príncipe
Conversava com a raposa
Certamente uma flor
Desabrocharia para o amor
E talvez a serpente não picasse
E o pequeno príncipe não morresse
Mas a lua é vermelha
E profecia a solidão
Desenhar não é o meu forte
E a jiboia engole o elefante
Hoje a lua é vermelha
E no meu céu não tem estrela
Não sou um astronauta
Pare a nave que eu quero descer...
(Nane-22/09/2015)
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
OLHOS QUE CHORAM
Escorre teus olhos lacrimejantes
A saudade da independência
Confundindo lágrimas com soro
Enquanto a ardência queima as vistas
Relembra em palavras seus momentos
De doação incondicional
Da exaustão por um amor
Dividido em treze partes iguais
Maldiz a debilidade do seu corpo
Quando sua mente demonstra
A debilidade na sua idade
No confronto dos seus "eus"
Intacta só a sua fé
Embora cobre do seu Deus
A partida libertadora
Que a fará independente dos seus
Numa tristeza (por vezes) declarada
Se conforma não ser prioridade
Nas prioridades que teve por toda a vida
E que o destino desatinou
Arde nos olhos irritados
A dor que dói na alma
Na impotência dos movimentos
Contidos pelo corpo envelhecido
A mãe chora sua rotina no retiro
Os filhos lamentam não terem tempo
Os dias lentos se esvaem
O que será do amanhã...
(Nane-21/09/2015)
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
ANA E EU
Reencontrar você
Voltar num tempo
Ana eu me lembro com saudades...
(Até dessa cadeira eu me lembro)
Rever você trouxe de volta
Toda a magia e poesia
Que a infância adormecida
Guardou em mim
Rever você trouxe à vida
Rostos tão queridos e já idos
Da história de nós duas
Nas peripécias da nossa rua
Ana eu me lembro com saudades...
Do teu jeito mais meigo e comportado
E do meu espevitado
Quando íamos brincar
Nossos sonhos e nossos planos
Nossas juras de amizade
Por toda a eternidade
Da nossa ingênua e sincera amizade
Os amigos e "inimigos"
Que juntas resolvíamos
Quem era quem nos nossos instantes
De maiores amigas
E quando trocávamos de mal
Disputávamos a atenção
Fazendo da Cláudia aliada
E nos olhávamos de "bico"
Ah Ana....
Eu me lembro com saudades
Das férias que passávamos
Da avó, de Santa Rita
Da chácara com "seu" Reinaldo
Do Reinaldinho e do Francisquinho
Dos romances inventados
Em segredos por nós (quatro) inviolados
Rever você Ana Lúcia
Me fez amanhecer mais leve
E buscar nas nossas "reinações"
A paz e a felicidade que tínhamos
E não sabíamos...
(Nane-16/09/2015)
Voltar num tempo
Ana eu me lembro com saudades...
(Até dessa cadeira eu me lembro)
Rever você trouxe de volta
Toda a magia e poesia
Que a infância adormecida
Guardou em mim
Rever você trouxe à vida
Rostos tão queridos e já idos
Da história de nós duas
Nas peripécias da nossa rua
Ana eu me lembro com saudades...
Do teu jeito mais meigo e comportado
E do meu espevitado
Quando íamos brincar
Nossos sonhos e nossos planos
Nossas juras de amizade
Por toda a eternidade
Da nossa ingênua e sincera amizade
Os amigos e "inimigos"
Que juntas resolvíamos
Quem era quem nos nossos instantes
De maiores amigas
E quando trocávamos de mal
Disputávamos a atenção
Fazendo da Cláudia aliada
E nos olhávamos de "bico"
Ah Ana....
Eu me lembro com saudades
Das férias que passávamos
Da avó, de Santa Rita
Da chácara com "seu" Reinaldo
Do Reinaldinho e do Francisquinho
Dos romances inventados
Em segredos por nós (quatro) inviolados
Rever você Ana Lúcia
Me fez amanhecer mais leve
E buscar nas nossas "reinações"
A paz e a felicidade que tínhamos
E não sabíamos...
(Nane-16/09/2015)
terça-feira, 15 de setembro de 2015
NÃO FOMOS FEITOS PARA O AMOR
Sentes falta
Se não de mim
Da minha loucura
No meu jeito de te amar
Sinto falta
De ti inteiro
No teu despudoramento
Ao me amar inteira
Talvez não fôssemos feitos para o amor...
A loucura minha e tua
Transformou em ternura
Os momentos de descanso
De nossas almas nuas
Ficou essa saudade
Da nossa insanidade
Que por mais louca ter sido
Foi sim a nossa verdade
Talvez não fôssemos feitos para o amor...
Mas sei do teu jeito
E dos teus desejos
Do teu despudor
E do teu querer encantador
E tu sabes de mim
Mais do que devia
Mais do que eu queria
Mais do que podia
Talvez não fôssemos feitos para o amor
Mas para a loucura de nós dois
Que vivemos sem as culpas
Que só os loucos se permitem
Viver sem se culpar
E foi nessa loucura
Que te amei e fui amada
Desnudei e fui desnudada
Enquanto o mundo...parou
(Nane-15/09/2015)
domingo, 13 de setembro de 2015
O SEU LUGAR...
Quem disse que você não veio
Não sabe o que diz
Quem diz que falta você
Não sabe te sentir
Dias, semanas e meses
Passados e sentidos
E no entanto sua presença
Se faz tão presente
Ah covardes seres que somos
Lamentando a liberdade
Tolhida e aprisionada
Pelo invólucro delimitado
Vozes e sorrisos tatuados
Nas almas saudosas que ficaram
Te fazem presente a todo instante
Em que te chama os corações
E se insistem em não ver (ou sentir)
Azar de quem não pode
Passam os dias, os meses e os anos
Mas você não passa
Prepara nossa casa
És só uma por enquanto
Mas chegará o dia
Em que seremos seis
E uma de tantas histórias
Se completará
E um novo ciclo há de começar
Num outro lugar
(Nane-13/09/2015)
O JOIO E O TRIGO
Digo e desdigo
Tudo o que eu disse
Ou disser
Não queira em mim
Percepção nenhuma
Além da minha
Não escreva
Nem tão pouco guarde
As minhas palavras
Elas se perdem
No exato instante
Em que eu me muto
Leia-me
Desnude-me
Mas não me entenda
Ou pelo menos não tente
Posto que eu mesma
Enlouqueci tentando
Sou joio e trigo
Noite e dia
Sou poesia...
(Nane-13/09/2015)
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
NO ROMPER DO CASULO
Menina mulher
A espera da cria
Tão pequenina
Tão desejada
Gesta teus sonhos
No útero bendito
Por Deus abençoado
Com o fruto do teu amor
Teu rosto irradia
A beleza surreal
Que só a gravidez
Sabe pintar em tela
Ah menina mulher
Serás mãe suprema
De um amor maior
Do que todos os que sentes
E velará teu(ua) filho(a)
Por anos à fio
Sem nunca perceber
Que ele(a) cresceu
E no romper do casulo
Ao escutar o seu choro
Deixarás de ser menina mulher
E te transformarás num anjo materno
(Nane-11/09/2015)
A espera da cria
Tão pequenina
Tão desejada
Gesta teus sonhos
No útero bendito
Por Deus abençoado
Com o fruto do teu amor
Teu rosto irradia
A beleza surreal
Que só a gravidez
Sabe pintar em tela
Ah menina mulher
Serás mãe suprema
De um amor maior
Do que todos os que sentes
E velará teu(ua) filho(a)
Por anos à fio
Sem nunca perceber
Que ele(a) cresceu
E no romper do casulo
Ao escutar o seu choro
Deixarás de ser menina mulher
E te transformarás num anjo materno
(Nane-11/09/2015)
AS CINCO IRMÃS
Cinco faces
Cinco histórias
Numa velha história
De paralelas
Que se cruzam
E seguem em vertentes
Que se espalham
Se expandem
Num eterno ir e vir
Fincadas em uma só raiz
De um mesmo tronco
Cinco caminhos
Trilhados de uma estrada
Levadas pelo destino
De novos recomeços
Onde a saudade arquiteta
Vindouras histórias
Que serão contadas ou lembradas
Quando a foto, envelhecida
Sugerir confusões
Misturadas nos sorrisos
De um instante eterno
Cinco mulheres
Cinco irmãs
Cinco vidas dando vidas
A outras tantas vidas
Criadoras de outras tantas histórias
Outras faces
Paralelas e vertentes
De um passado e de um futuro
Mas por ora, de um presente.
(Nane-11/09/2015)
Cinco histórias
Numa velha história
De paralelas
Que se cruzam
E seguem em vertentes
Que se espalham
Se expandem
Num eterno ir e vir
Fincadas em uma só raiz
De um mesmo tronco
Cinco caminhos
Trilhados de uma estrada
Levadas pelo destino
De novos recomeços
Onde a saudade arquiteta
Vindouras histórias
Que serão contadas ou lembradas
Quando a foto, envelhecida
Sugerir confusões
Misturadas nos sorrisos
De um instante eterno
Cinco mulheres
Cinco irmãs
Cinco vidas dando vidas
A outras tantas vidas
Criadoras de outras tantas histórias
Outras faces
Paralelas e vertentes
De um passado e de um futuro
Mas por ora, de um presente.
(Nane-11/09/2015)
PULA-PULA
Pula menino, por entre as bolas coloridas feito o sorriso em teu semblante! Foi assim, depois da festa de aniversário do primo (Davi), que ele se esbaldou um dia inteiro, sem ter que "encarar" a fila de pretendentes aos minutos contados dentro do pula-pula.
Mal levantou da cama, olhou pela janela, abriu seu sorrisão e disse feliz: - Vovó, o sol já chegou! Vamos lá no pula-pula? A avó, se aproveitando do momento, chantageia e condiciona a brincadeira ao "só se você tomar seu café da manhã tudinho". Ele, meio aborrecido, mas disposto, engole um copo de achocolatado e come alguns biscoitos.
Lá fora o céu está em festa, vestido de um azul esplendoroso contrastando com as cores das bolas usadas para enfeitar painéis temáticos no dia anterior.
Se joga o menino entre ela (as bolas) e pula sem medo de ser feliz! Vira cambalhotas gargalhando a cada caída, como se aquilo fosse o ápice da felicidade! Se joga sentado por sobre as bolas, que estouram barulhentas fazendo coro com as gargalhadas da criança encantada!
Brincar, brincar e brincar! Deitar na lona e ser lançado no ar pelo outro que pula sem cessar!
E quando o cansaço vem é hora de parar para descansar e aproveitar para almoçar.
O menino quer voltar, mas a avó, temerosa, pede para esperar até o almoço se assentar. Vem a tarde e ele volta a pular e gargalhar por horas a fio. Já no entardecer, é preciso convencê-lo a sair do pula-pula e um banho tomar. A lua já desponta empurrando o sol pro oriente...
O menino sai do banho e por pouco não adormece sem comer para se refazer. Amanhã, quando acordar, o pula-pula não vai mais estar, mas pelo sorriso no semblante adormecido, com certeza esse menino, com ele (pula-pula) está a sonhar!
(Nane-11/09/2015)
Mal levantou da cama, olhou pela janela, abriu seu sorrisão e disse feliz: - Vovó, o sol já chegou! Vamos lá no pula-pula? A avó, se aproveitando do momento, chantageia e condiciona a brincadeira ao "só se você tomar seu café da manhã tudinho". Ele, meio aborrecido, mas disposto, engole um copo de achocolatado e come alguns biscoitos.
Lá fora o céu está em festa, vestido de um azul esplendoroso contrastando com as cores das bolas usadas para enfeitar painéis temáticos no dia anterior.
Se joga o menino entre ela (as bolas) e pula sem medo de ser feliz! Vira cambalhotas gargalhando a cada caída, como se aquilo fosse o ápice da felicidade! Se joga sentado por sobre as bolas, que estouram barulhentas fazendo coro com as gargalhadas da criança encantada!
Brincar, brincar e brincar! Deitar na lona e ser lançado no ar pelo outro que pula sem cessar!
E quando o cansaço vem é hora de parar para descansar e aproveitar para almoçar.
O menino quer voltar, mas a avó, temerosa, pede para esperar até o almoço se assentar. Vem a tarde e ele volta a pular e gargalhar por horas a fio. Já no entardecer, é preciso convencê-lo a sair do pula-pula e um banho tomar. A lua já desponta empurrando o sol pro oriente...
O menino sai do banho e por pouco não adormece sem comer para se refazer. Amanhã, quando acordar, o pula-pula não vai mais estar, mas pelo sorriso no semblante adormecido, com certeza esse menino, com ele (pula-pula) está a sonhar!
(Nane-11/09/2015)
À ESPERA DA ALVORADA
As sombras velam por mim
Na estrada que sigo só
Por vezes o sol as espantam
Mas elas teimam em me servir
Geralmente, pela manhã
Escuto o cantar da passarada
Numa louca revoada
Em busca do alimento
Seres tão pequenos e desprotegidos
Saudando com seus trinados
Mais um dia que amanhece
Sem saberem se ele (o dia) vai anoitecer
Hoje ganhei da minha gata
Um filhote de bem-te-vi
Que agora adormece numa caixa (de sapato)
À espera da alvorada
Ficará aprisionado
Até que aprenda a voar
E se tudo der certo
Voará rumo a liberdade (um dia)
Minhas sombras velam por mim
Enquanto aguardo a abertura
Da tampa da caixa que me aprisiona
Na metamorfose do meu viver
Um dia "voarei" também
Rumo a uma liberdade
Onde as sombras serão refresco
Ao cansaço das minhas asas
Um dia minha alvorada
Será pleno e festivo
Feito o da passarada
Numa louca revoada
(Nane-11/09/2015)
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
Ê BAIANA...
Ê baiana
Molejo nas palavras
Sotaque arrastado
Encanto no olhar
Luz que faz brilhar
Ê baiana
Que importa se em preto e branco
Teu colorido é da alma
E faz da tua aura
Explosão de claridão
Ê baiana
No teu sorriso de menina
Todo a magia da Bahia
Me inspira com alegria
A te rabiscar em poesia
Ê baiana
Feliz de quem te tem
Por perto e no coração
Feliz de mim que tenho
Lugar cativo aí
Ê baiana
Abençoada a tua terra
Que dentre tantos filhos
Te fez iluminada
E a mim, encantada
*Feliz aniversário So!
(Nane - 23/08/2015)
Molejo nas palavras
Sotaque arrastado
Encanto no olhar
Luz que faz brilhar
Ê baiana
Que importa se em preto e branco
Teu colorido é da alma
E faz da tua aura
Explosão de claridão
Ê baiana
No teu sorriso de menina
Todo a magia da Bahia
Me inspira com alegria
A te rabiscar em poesia
Ê baiana
Feliz de quem te tem
Por perto e no coração
Feliz de mim que tenho
Lugar cativo aí
Ê baiana
Abençoada a tua terra
Que dentre tantos filhos
Te fez iluminada
E a mim, encantada
*Feliz aniversário So!
(Nane - 23/08/2015)
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