O momento em que dele me servir
Enquanto a cinza do cigarro
Displicentemente cai, sujando o teclado
Num susto, puxo a bituca
Que colado nos lábios, faz sangrar
A cerveja está quente, foi esquecida
E a porra da poesia não sai...
Está dentro de mim, eu sei
Mas teima em não sair
Parece querer me devorar
Me explodir se implodindo
Sobe a pressão
Alteram-se as artérias
Corre veloz o sangue agitado
Da bomba coração
E ela lá...se fazendo de difícil...
A garrafa vazia
O maço acabado
E a porra da poesia, não sai
Vou até a esquina
Mais cigarros e mais cervejas
Quem sabe um captopril também
Para aplacar essa dor que não passa
Enquanto a poesia não vem...
(Nane-06/06/2013)
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