Agora é tarde
A alegria se foi
Embarcou num trem de ida
Partiu, não volta mais...
Deixou em seu lugar
Uma pressão aflita
Que por vezes parece parar
O coração que soluça
Entre um pulsar e outro
Numa disritmia louca...
A agonia constante
Fazendo do dia noite
Sem lume e sem cor
Sem vontade nenhuma
Sem mais desejo algum...
Insiste a poesia
Ainda que triste
Posto que mora em mim
E me rasga o peito já agoniado
No afã de sair
Sem rima nenhuma...
Jogo as palavras na tela
Libero a lágrima contida
Volto à prostração
Segue a disritmia do coração
E a poesia se confunde com a agonia...
(Nane-24/06/2013)
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