Ah...
Deixa-me viver o climatério
Sem as dores que cortam meu abdômem
Sem as regras que ditam meus dias
Sem as lágrimas que correm em minha face
Deixa que escorra para sempre
O sangue que jorra de mim
E faz dos meus olhos castanhos
Púrpura chorosa e sem fim
Essa idade maldita que dita
Os anos perdidos no tempo
Em que tentei ser feliz
Faço o que?...Me diz
Te vejo tão jovem
E eu aqui...sem poder reproduzir
Que direito me assiste
Nada mais posso pedir
Então vai tu de mim
Esquece tudo o que fomos
Jogua a pá da cal
Vivemos...nada mais há
Deixa-me aqui
Vou viver do jeito que puder
Uma injeção na veia há de aplacar
A dor do climatério
E cessar o sangue
Que não mais quer fluir
(Nane-28/06/2013)
Saber envelhecer é a arte que nem os poetas sabem viver...
ResponderExcluirAmei o poema!!
Bjs
Adri