Toma então a caneta
Em suas mãos
Escreva no branco o preto
Não instigue meus sentidos
Que mansos se enfurecem
Faz sua a poesia
Que pensei ser minha
Rabiscada sem doçura
No mel do meu fel
Amassa o papel escrito
Alisa seu palavreado
E assina sem medo
Meus medos expostos
Faça sua a obra
Que jorra solta
E despenca do emboço
Esboçado por mim
Toma em suas mãos
A tinta propulsora das palavras
Que não digo escrevendo
Mas escrevo dizendo
O começo do fim
De um estilo marcante
Em duas versões
É cara e coroa...
(Nane-04/03/2013)
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