Na manhã que se fez noite
Me vesti de ilusão
Fingi ser o que não sou
Apenas para não ter desilusão
Na noite que se fez dia
Me vesti de ironia
Escancarei no meu avesso
Toda minha forma de poesia
Moça boa e de família
Escrevi com maestria
Bucólica e inocente
Feito boa gente
Puta e vadia
Escrevi malabarismos
Na alcova de perdidos
Que adormecem no dia
No amanhã que se fez ontem
Esperei ensandecida
O beijo da bela adormecida
Que se achava, de fato, querida
E no ontem do amanhã
Rasguei todos os meus escritos
Comi-os com mel
(Acompanhado de cerveja)
E vomitei todo o meu fel
(Nane-04/06/2013)
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