Ciclo aberto
Ou fechado
Pipocando no destino
Batendo aqui
E acolá
Caindo sempre
Num mesmo lugar
É ela me olhando
Quase chorando
E mesmo sem falar
Sabe que eu sei
O motivo
Sou eu
Fugindo do seu olhar
Para não chorar
Pois que sou forte
E bem não ficaria
Tanto tempo passado
Idas e vindas
Pipocando no destino
Embranquecendo cabelos
Os meus e os dela
Feito nuvens de algodão
Tantas histórias e estórias
Tanta confusão
Sorrisos alguns
Lágrimas em rios
Que correm céticos
De volta pro mar
Começo e fim
De mim e dela
Pele quebradiça
Sem viço
Vida minha e dela
Pipocando no destino
Por sermos assim
Mãe e filha
Afins
(Nane-29/06/2013)
Um espaço para falar de tudo e com todos. quem quiser entrar, seja bem vindo.
sábado, 29 de junho de 2013
Quisera eu -2
Quisera eu saber amar
Com a leveza que faz alçar voo
O pássaro cantor
Livre da prisão
Dos ciúmes nefastos
Que condena o voo a ser solo
E o canto melancólico
Quisera sim
Amar como ama o leito de um rio
Que se molda à passagem das águas
Sem a certeza de que será caminho
E no entanto...prolifera seus peixes
Nas entranhas da terra
Quisera eu
amar com o calor
Do sol que brilha
Mesmo quando a chuva
O faz nublado
E ele, no entanto
Se faz soberano
Quisera sim
Perder a arrogância
De me achar dona
Do amor que perdi
Por não saber
Que amar é apenas
Deixar viver
E saber amar
Sem nada cobrar
Quisera eu...
(Nane-29/06/2013)
Com a leveza que faz alçar voo
O pássaro cantor
Livre da prisão
Dos ciúmes nefastos
Que condena o voo a ser solo
E o canto melancólico
Quisera sim
Amar como ama o leito de um rio
Que se molda à passagem das águas
Sem a certeza de que será caminho
E no entanto...prolifera seus peixes
Nas entranhas da terra
Quisera eu
amar com o calor
Do sol que brilha
Mesmo quando a chuva
O faz nublado
E ele, no entanto
Se faz soberano
Quisera sim
Perder a arrogância
De me achar dona
Do amor que perdi
Por não saber
Que amar é apenas
Deixar viver
E saber amar
Sem nada cobrar
Quisera eu...
(Nane-29/06/2013)
sexta-feira, 28 de junho de 2013
Climatério (1)
Ah...
Deixa-me viver o climatério
Sem as dores que cortam meu abdômem
Sem as regras que ditam meus dias
Sem as lágrimas que correm em minha face
Deixa que escorra para sempre
O sangue que jorra de mim
E faz dos meus olhos castanhos
Púrpura chorosa e sem fim
Essa idade maldita que dita
Os anos perdidos no tempo
Em que tentei ser feliz
Faço o que?...Me diz
Te vejo tão jovem
E eu aqui...sem poder reproduzir
Que direito me assiste
Nada mais posso pedir
Então vai tu de mim
Esquece tudo o que fomos
Jogua a pá da cal
Vivemos...nada mais há
Deixa-me aqui
Vou viver do jeito que puder
Uma injeção na veia há de aplacar
A dor do climatério
E cessar o sangue
Que não mais quer fluir
(Nane-28/06/2013)
Deixa-me viver o climatério
Sem as dores que cortam meu abdômem
Sem as regras que ditam meus dias
Sem as lágrimas que correm em minha face
Deixa que escorra para sempre
O sangue que jorra de mim
E faz dos meus olhos castanhos
Púrpura chorosa e sem fim
Essa idade maldita que dita
Os anos perdidos no tempo
Em que tentei ser feliz
Faço o que?...Me diz
Te vejo tão jovem
E eu aqui...sem poder reproduzir
Que direito me assiste
Nada mais posso pedir
Então vai tu de mim
Esquece tudo o que fomos
Jogua a pá da cal
Vivemos...nada mais há
Deixa-me aqui
Vou viver do jeito que puder
Uma injeção na veia há de aplacar
A dor do climatério
E cessar o sangue
Que não mais quer fluir
(Nane-28/06/2013)
O seu sorriso
Seu sorriso franco
Sem intenção nenhuma
Demonstrando apenas
A alegria de me ver
Sorria
Seu sorriso no abraço
Que me aperta o pescoço
Querendo me esmagar
Para demonstrar a sua força
Sorria
Seu sorriso encantador
Que me tira todas as dores
Quando ao meu lado a sua luz
Me seduz e me conduz
Sorria
Sem motivo algum
Só por ser criança
Mensageira da esperança
Sorria
Seu presente feliz
Para que no futuro
Sejas homem petiz
Sorria
Seu sorriso de energia
Que teve (e tem) o poder
De me fazer (re)escrever poesia
(Sua avó: Nane-28/06/2013)
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Nas cinzas do meu viver
Quando eu morrer
Queria uma banda
Tocando rock and roll
Na cova rasa
Que há de me abrigar
Mas para não americanizar
Me contentaria
Com um samba-canção
Lá de Madureira
Raízes de bambas
Gente humilde
Que dá vontade de chorar
Mas por mim
Peço por favor
Não chore nunca
Pois que tudo o que quero
É festa de rua
Cerveja gelada
E churrasco na brasa
Se por acaso alguém lembrar
Do hino Tricolor
Ou um samba da Portela
Seria de bom tom
No cortejo final
Da minha entrada triunfal
Num novo mundo astral
Onde, por certo estarei
Entre confetes e serpentinas
Fazendo meu próprio carnaval
(Nane-27/06/2013)
Queria uma banda
Tocando rock and roll
Na cova rasa
Que há de me abrigar
Mas para não americanizar
Me contentaria
Com um samba-canção
Lá de Madureira
Raízes de bambas
Gente humilde
Que dá vontade de chorar
Mas por mim
Peço por favor
Não chore nunca
Pois que tudo o que quero
É festa de rua
Cerveja gelada
E churrasco na brasa
Se por acaso alguém lembrar
Do hino Tricolor
Ou um samba da Portela
Seria de bom tom
No cortejo final
Da minha entrada triunfal
Num novo mundo astral
Onde, por certo estarei
Entre confetes e serpentinas
Fazendo meu próprio carnaval
(Nane-27/06/2013)
Nada mais
Nada mais a dizer
Nada mais a pedir
Nada mais a querer
Nada mais a viver
O tempo
Esse senhor dos sonhos
Já não importa
Passa por mim
Ou eu passo por ele
Sem nada mais ver
Sem nada mais querer
Além de um horizonte
Onde a dor não tenha chegado
Onde a paz more
Onde eu possa deitar
Sem nada mais a lamentar
Sem distância nenhuma
Apenas eu com eu
Sem de mais ninguém precisar
Nada mais a almejar
Além da certeza de que nunca mais
Ninguém vai me fazer chorar
Seja pelo que for
Seja por quem for
Nada mais...
(Nane-27/06/2013)
Nada mais a pedir
Nada mais a querer
Nada mais a viver
O tempo
Esse senhor dos sonhos
Já não importa
Passa por mim
Ou eu passo por ele
Sem nada mais ver
Sem nada mais querer
Além de um horizonte
Onde a dor não tenha chegado
Onde a paz more
Onde eu possa deitar
Sem nada mais a lamentar
Sem distância nenhuma
Apenas eu com eu
Sem de mais ninguém precisar
Nada mais a almejar
Além da certeza de que nunca mais
Ninguém vai me fazer chorar
Seja pelo que for
Seja por quem for
Nada mais...
(Nane-27/06/2013)
quarta-feira, 26 de junho de 2013
De corpo e alma
Tomada de encantos
Me deixei perder
Nos braços de homens
Vibrei de prazer
Mas o que de fato me apaixona
É a dama de preto
Fascina-me seus mistérios
A incerteza do que virá
Ou se acabará
Se a eternidade
Ou mera morte
Sem nada, vazio
Me encanta seus subterfúgios
Na cova feita de alcova
Me apaixonei por ela
Sem medo da homofobia
Pronta a entregar
Meu corpo frágil e ardente
Sem saber se a alma
Também se entregará
Ou encontrará no seu regaço
(que nos fará separar)
A tão decantada...vida
(Nane-26/06/2013)
Me deixei perder
Nos braços de homens
Vibrei de prazer
Mas o que de fato me apaixona
É a dama de preto
Fascina-me seus mistérios
A incerteza do que virá
Ou se acabará
Se a eternidade
Ou mera morte
Sem nada, vazio
Me encanta seus subterfúgios
Na cova feita de alcova
Me apaixonei por ela
Sem medo da homofobia
Pronta a entregar
Meu corpo frágil e ardente
Sem saber se a alma
Também se entregará
Ou encontrará no seu regaço
(que nos fará separar)
A tão decantada...vida
(Nane-26/06/2013)
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Vícios
Dos prazeres que tive
Restaram-me dois
Nem por time vibro mais
Meu sangue, antes colorido
Das cores tricolores
É hoje anêmico
Já não se agita mais
Não acelera o coração
Falta-lhe forças
Deixa estar
Se hoje perder
Um dia há de ganhar
Restaram apenas
Os prazeres do mal
Beber e fumar
É só o que me inspira
É só o que diverte
Dos prazeres que tive
Restaram-me dois
Que hão de me levar
De volta ao pó
Que não deu liga na argamassa
Ruindo de uma vez só
A construção em desencanto
E esses prazeres restantes
Com toda a certeza
Farão ruir...e virar pó
Qual dantes
(Nane-24/06/2013)
Restaram-me dois
Nem por time vibro mais
Meu sangue, antes colorido
Das cores tricolores
É hoje anêmico
Já não se agita mais
Não acelera o coração
Falta-lhe forças
Deixa estar
Se hoje perder
Um dia há de ganhar
Restaram apenas
Os prazeres do mal
Beber e fumar
É só o que me inspira
É só o que diverte
Dos prazeres que tive
Restaram-me dois
Que hão de me levar
De volta ao pó
Que não deu liga na argamassa
Ruindo de uma vez só
A construção em desencanto
E esses prazeres restantes
Com toda a certeza
Farão ruir...e virar pó
Qual dantes
(Nane-24/06/2013)
Confusão de rimas
Agora é tarde
A alegria se foi
Embarcou num trem de ida
Partiu, não volta mais...
Deixou em seu lugar
Uma pressão aflita
Que por vezes parece parar
O coração que soluça
Entre um pulsar e outro
Numa disritmia louca...
A agonia constante
Fazendo do dia noite
Sem lume e sem cor
Sem vontade nenhuma
Sem mais desejo algum...
Insiste a poesia
Ainda que triste
Posto que mora em mim
E me rasga o peito já agoniado
No afã de sair
Sem rima nenhuma...
Jogo as palavras na tela
Libero a lágrima contida
Volto à prostração
Segue a disritmia do coração
E a poesia se confunde com a agonia...
(Nane-24/06/2013)
A alegria se foi
Embarcou num trem de ida
Partiu, não volta mais...
Deixou em seu lugar
Uma pressão aflita
Que por vezes parece parar
O coração que soluça
Entre um pulsar e outro
Numa disritmia louca...
A agonia constante
Fazendo do dia noite
Sem lume e sem cor
Sem vontade nenhuma
Sem mais desejo algum...
Insiste a poesia
Ainda que triste
Posto que mora em mim
E me rasga o peito já agoniado
No afã de sair
Sem rima nenhuma...
Jogo as palavras na tela
Libero a lágrima contida
Volto à prostração
Segue a disritmia do coração
E a poesia se confunde com a agonia...
(Nane-24/06/2013)
A espera
Era para ser apenas uma brincadeira, mas o destino, como quem quer brincar também,
resolveu interferir e revirou tudo sem se preocupar com as consequências.
Uma teia, um amaranhado...e ela lá, cada vez mais se embrenhando, sem sentir
o perigo rondando.
Não teve nunca a intenção de machucar, ou mesmo de iludir. Só queria mesmo se divertir.
O mal estava feito, mas ela não percebeu. Embora como que por intuição, se aproximou
mais e mais do precipício. Deixou-se envolver e ladeira abaixo mergulhou, crente estar segura...
Nada mais importava, só o fato de alcançar o objetivo da sua loucura. A meta desejada e
insanamente buscada. Não percebia que o lume era lodo e que cada vez mais a arrastava
às profundezas sem deixar possibilidade de voltar. E ela mergulhava cada vez mais fundo...
A teia ser formou, asfixiou. O ar já rarefeito, faltando cada vez mais...pediu a Santa que
a aliviasse. Fez novena, rezou o terço, se ajoelhou, implorou, chorou. Mas a Santa não
a ouvia...parecia surda, ou quem sabe ouvia apenas quem sabe rezar (não era o seu caso).
A noite, que antes se fazia clara e com luar, agora se faz negra e fria. O ar, que faz falta aos
pulmões, também negros e doloridos, é fétido e escasso.
Ela clama pela morte. Chama-a a todo instante, não suporta as dores. As teias a prende
com tanta força...enforcam, faz doer e doer e doer...se ao menos pudesse dar fim a tudo...
Uma bala na cabeça, um veneno fulminante, um suicídio honroso...ainda não. O tempo
não para, e a mãe espera dela, mesmo sabendo que já não pode dar o que precisa.
O poço é profundo. A luz não existe, só a escuridão...as vozes que ouve são de seres
nefastos induzindo-a à morte. Ela vai indo...mais e mais...se afundando na lama fétida.
Não precisa mais de mão alguma. Sabe se matar sozinha...mas ainda não pode ser
agora. Alguém, que também se vai (para o céu), tenta desesperadamente ficar, na mera
e vã esperança de acender a luz nos olhos dela. Tenta em vão mostrar que o túnel pode
acabar e o sol surgir.E nessas mãos entrelaçadas, da morte boa com a morte má, o destino
vai brincando enquanto elas não chegam.
A mãe, fragilizada e caquética, carrega com galhardia o peso nos ombros da filha mergulhada
nas teias que teceu e que agora não sabe se desvencilhar. Esperam pela morte que teima em não
chegar. Esperam unidas pelo fim amargo que hão de as separar num outro plano.
(Nane-24/06/2013)
resolveu interferir e revirou tudo sem se preocupar com as consequências.
Uma teia, um amaranhado...e ela lá, cada vez mais se embrenhando, sem sentir
o perigo rondando.
Não teve nunca a intenção de machucar, ou mesmo de iludir. Só queria mesmo se divertir.
O mal estava feito, mas ela não percebeu. Embora como que por intuição, se aproximou
mais e mais do precipício. Deixou-se envolver e ladeira abaixo mergulhou, crente estar segura...
Nada mais importava, só o fato de alcançar o objetivo da sua loucura. A meta desejada e
insanamente buscada. Não percebia que o lume era lodo e que cada vez mais a arrastava
às profundezas sem deixar possibilidade de voltar. E ela mergulhava cada vez mais fundo...
A teia ser formou, asfixiou. O ar já rarefeito, faltando cada vez mais...pediu a Santa que
a aliviasse. Fez novena, rezou o terço, se ajoelhou, implorou, chorou. Mas a Santa não
a ouvia...parecia surda, ou quem sabe ouvia apenas quem sabe rezar (não era o seu caso).
A noite, que antes se fazia clara e com luar, agora se faz negra e fria. O ar, que faz falta aos
pulmões, também negros e doloridos, é fétido e escasso.
Ela clama pela morte. Chama-a a todo instante, não suporta as dores. As teias a prende
com tanta força...enforcam, faz doer e doer e doer...se ao menos pudesse dar fim a tudo...
Uma bala na cabeça, um veneno fulminante, um suicídio honroso...ainda não. O tempo
não para, e a mãe espera dela, mesmo sabendo que já não pode dar o que precisa.
O poço é profundo. A luz não existe, só a escuridão...as vozes que ouve são de seres
nefastos induzindo-a à morte. Ela vai indo...mais e mais...se afundando na lama fétida.
Não precisa mais de mão alguma. Sabe se matar sozinha...mas ainda não pode ser
agora. Alguém, que também se vai (para o céu), tenta desesperadamente ficar, na mera
e vã esperança de acender a luz nos olhos dela. Tenta em vão mostrar que o túnel pode
acabar e o sol surgir.E nessas mãos entrelaçadas, da morte boa com a morte má, o destino
vai brincando enquanto elas não chegam.
A mãe, fragilizada e caquética, carrega com galhardia o peso nos ombros da filha mergulhada
nas teias que teceu e que agora não sabe se desvencilhar. Esperam pela morte que teima em não
chegar. Esperam unidas pelo fim amargo que hão de as separar num outro plano.
(Nane-24/06/2013)
sábado, 22 de junho de 2013
Tiro de misericórdia
Assola a dor sentida
Não tem como explicar
Infesta o peito inteiro
Parece querer explodir
O ar sem ter para onde ir
E o coração...chora sangue
Outra noite inerte
Perdida de magia
Sem ninguém do meu lado
Foda-se a estasia
Dane-se a poesia
Salve o lado negro
Vinde à mim a noite
Traga-me a morte
Me envolva em seu manto
Antes que eu mesma
Me embale e me cubra
Persuadida pelos demônios
Que me sopram nos ouvidos
Palavras disparadoras
Do tiro...de misericórdia
(Nane-22/06/2013)
Não tem como explicar
Infesta o peito inteiro
Parece querer explodir
O ar sem ter para onde ir
E o coração...chora sangue
Outra noite inerte
Perdida de magia
Sem ninguém do meu lado
Foda-se a estasia
Dane-se a poesia
Salve o lado negro
Vinde à mim a noite
Traga-me a morte
Me envolva em seu manto
Antes que eu mesma
Me embale e me cubra
Persuadida pelos demônios
Que me sopram nos ouvidos
Palavras disparadoras
Do tiro...de misericórdia
(Nane-22/06/2013)
De bandeja
Rasgo minhas veias
Em palavras natimortas
Sujas do sangue
Esvaído do coração
Abruptamente parado
Seco
Mero músculo sem vida
Servido na bandeja
Da morte
Parou no sinal vermelho
Não pulsa mais
De nada serve
Talvez ainda seja possível
Servir de alimento
Aos cães vadios
Que rondam esfomeados
A bandeja vermelha
Com o coração parado
Servido
(Nane-22/06/2013)
Em palavras natimortas
Sujas do sangue
Esvaído do coração
Abruptamente parado
Seco
Mero músculo sem vida
Servido na bandeja
Da morte
Parou no sinal vermelho
Não pulsa mais
De nada serve
Talvez ainda seja possível
Servir de alimento
Aos cães vadios
Que rondam esfomeados
A bandeja vermelha
Com o coração parado
Servido
(Nane-22/06/2013)
Ela
Ela virá
E me abraçará
Com seus braços longos
Num abraço final
Estou esperando
Sei que virá
E irei sorrindo
Para onde ela me levar
Chamo e clamo
Todos os dias
Por ela
Que se faz de rogada
E adia sua chegada
Mas sei que virá
Para me buscar
Não vai demorar
Já ouço seus sinais
Já sinto seu cheiro
Ela virá
E me levará
(Nane-22/06/2013)
E me abraçará
Com seus braços longos
Num abraço final
Estou esperando
Sei que virá
E irei sorrindo
Para onde ela me levar
Chamo e clamo
Todos os dias
Por ela
Que se faz de rogada
E adia sua chegada
Mas sei que virá
Para me buscar
Não vai demorar
Já ouço seus sinais
Já sinto seu cheiro
Ela virá
E me levará
(Nane-22/06/2013)
quarta-feira, 12 de junho de 2013
Nanelume
Hoje aprisionei um vagalume
E passei sua bundinha por sobre a minha pele
Soltei-o rapidinho e ele se foi
Voando feliz
Por alguns instantes eu brilhei
Com a luz do vagalume, é verdade
Mas brilhei na escuridão
Um feixe apenas de luz
E me senti iluminada
Faltou-me voar
Mas que bobagem, não faltou nada
Voei na imaginação
Alcei o voo da liberdade
Dei asas e levitei
Feito pirilampo buscando a lua
Voei tão alto que pude ver
Formiguinhas em fila
Nas luzes enfumaçadas da cidade
E tive pena
Voltei a ser gente
No apagar da luz do vagalume
O brilho acabou
E o vagalume, danadinho
Por aqui não mais voltou
(Nane-12/06/2013)
E passei sua bundinha por sobre a minha pele
Soltei-o rapidinho e ele se foi
Voando feliz
Por alguns instantes eu brilhei
Com a luz do vagalume, é verdade
Mas brilhei na escuridão
Um feixe apenas de luz
E me senti iluminada
Faltou-me voar
Mas que bobagem, não faltou nada
Voei na imaginação
Alcei o voo da liberdade
Dei asas e levitei
Feito pirilampo buscando a lua
Voei tão alto que pude ver
Formiguinhas em fila
Nas luzes enfumaçadas da cidade
E tive pena
Voltei a ser gente
No apagar da luz do vagalume
O brilho acabou
E o vagalume, danadinho
Por aqui não mais voltou
(Nane-12/06/2013)
terça-feira, 11 de junho de 2013
Adormecidas
Adormeci
Todos os meus quereres
A anestesia entorpeceu
Todos os meus desejos
E à Cesar o que é de Cesar
Foi dado com louvor
Nada peço e nada quero
Além do meu recolhimento
Na terra
Busco bem mais do que plantei
Sujo(?) minhas mãos já calejadas
Mergulhando-as no estrume
Que ironicamente
Dará vida ao alimento do meu corpo
E da minha alma
Poesia não enche barriga
E a minha há muito não rima com nada
É pobre tanto quanto sua autora
E numa mesma cama
Adormeceram
A terra
Que por ora me serve
Se servirá de mim
E serei adubo
Se não de flores
Dos vermes que me aguardam
Pacientes e certeiros
Do banquete à ser servido
Adormeci somente
Enquanto sobre a terra, ando
Que me seja leve quando sob ela
Me deitar de vez
(Nane-11/06/2013)
Todos os meus quereres
A anestesia entorpeceu
Todos os meus desejos
E à Cesar o que é de Cesar
Foi dado com louvor
Nada peço e nada quero
Além do meu recolhimento
Na terra
Busco bem mais do que plantei
Sujo(?) minhas mãos já calejadas
Mergulhando-as no estrume
Que ironicamente
Dará vida ao alimento do meu corpo
E da minha alma
Poesia não enche barriga
E a minha há muito não rima com nada
É pobre tanto quanto sua autora
E numa mesma cama
Adormeceram
A terra
Que por ora me serve
Se servirá de mim
E serei adubo
Se não de flores
Dos vermes que me aguardam
Pacientes e certeiros
Do banquete à ser servido
Adormeci somente
Enquanto sobre a terra, ando
Que me seja leve quando sob ela
Me deitar de vez
(Nane-11/06/2013)
sábado, 8 de junho de 2013
Xadrez da vida
Tabuleiro aberto
Peças expostas e depostas
Quem fica e quem sai
Quem vive e quem morre
O xeque foi dado
Se é mate...vamos ver
Os olhos miúdos
Entristecidos
Me olham aturdidos
Sabe que estamos
No tabuleiro em xeque
Se é mate...não sei
Quem entra e quem sai
Na partida final
São peças da vida
No tabuleiro aberto
O rei encurralado
O bote a ser dado
Vivo ou morro
O xeque foi dado
Se é mate...a próxima jogada
Dirá
(Nane-08/06/2013)
Peças expostas e depostas
Quem fica e quem sai
Quem vive e quem morre
O xeque foi dado
Se é mate...vamos ver
Os olhos miúdos
Entristecidos
Me olham aturdidos
Sabe que estamos
No tabuleiro em xeque
Se é mate...não sei
Quem entra e quem sai
Na partida final
São peças da vida
No tabuleiro aberto
O rei encurralado
O bote a ser dado
Vivo ou morro
O xeque foi dado
Se é mate...a próxima jogada
Dirá
(Nane-08/06/2013)
Venda de poesia
Vendo sonhos
Você que ama
E não sabe se expressar
Que tal uma poesia
Para a (o) encantar
Faço das minhas
Palavras tuas
E poetizo o teu amor
Sou poeta sem dinheiro
Que precisa ganhar a vida
Deixo que assine
Meu poema enamorado
Me dá um dinheiro aí
E leve poesia ao ser amado
Ela (e) vai se apaixonar
E você vai gostar
Faço poesia de qualquer tipo
Basta escolher
Envio por e-mail
E ela (e) nunca vai saber
Aproveite a pechincha
E sem se preocupar com a cantada
Faça amor com ela (e)
Mas corra para comprar
Pois está chegando o dia (dos namorados)
E acabando a poesia (na banca)
Aceito cheque, cartão ou uma cerveja
(Nane-08/06/2013)
Você que ama
E não sabe se expressar
Que tal uma poesia
Para a (o) encantar
Faço das minhas
Palavras tuas
E poetizo o teu amor
Sou poeta sem dinheiro
Que precisa ganhar a vida
Deixo que assine
Meu poema enamorado
Me dá um dinheiro aí
E leve poesia ao ser amado
Ela (e) vai se apaixonar
E você vai gostar
Faço poesia de qualquer tipo
Basta escolher
Envio por e-mail
E ela (e) nunca vai saber
Aproveite a pechincha
E sem se preocupar com a cantada
Faça amor com ela (e)
Mas corra para comprar
Pois está chegando o dia (dos namorados)
E acabando a poesia (na banca)
Aceito cheque, cartão ou uma cerveja
(Nane-08/06/2013)
Metáforas de mim
Entre sonhos e realidades
Dispersa em dimensões
Ímpares e paralelas
Divago por horizontes
Que piso sem temor
Ou temer
Meus moinhos eu mesma
Dragonizo
E agonizo quando suas espátulas
Teimam em girar
E não parar
Estáticas
Declino em meu tempo
Por não ser o tempo meu
Lanço a lança de meias verdades
Sem ferir o monstro criado
Ferindo quem o criou
Em meio as brumas
Vejo o terror
Das formas do fantasma
Gigante, aterrador
Investindo, correndo
Aparência bisonha
Quimeras malditas
Utopias loucas
Sou eu sem nada
Faltou inspiração
Inventei
(Nane-08/06/2013)
Dispersa em dimensões
Ímpares e paralelas
Divago por horizontes
Que piso sem temor
Ou temer
Meus moinhos eu mesma
Dragonizo
E agonizo quando suas espátulas
Teimam em girar
E não parar
Estáticas
Declino em meu tempo
Por não ser o tempo meu
Lanço a lança de meias verdades
Sem ferir o monstro criado
Ferindo quem o criou
Em meio as brumas
Vejo o terror
Das formas do fantasma
Gigante, aterrador
Investindo, correndo
Aparência bisonha
Quimeras malditas
Utopias loucas
Sou eu sem nada
Faltou inspiração
Inventei
(Nane-08/06/2013)
sexta-feira, 7 de junho de 2013
Anjos e demônios
Ah...as vozes que ouço
Me dizem: escreva
E falam de rimas
Que nem mesmo sei o que são
Por vezes são grunhidos roucos
Como sopram os fantasmas que me habitam
Então escrevo denso
Arrotando desaforos
Obsediada por mim mesma
Por outras são vozes doces
Dos anjos que me habitam
E me ditam poesias
Tal qual melodias
Gostosas de ouvir e ver
Luzes emanadas de mim mesma
E é nesse conflito
De anjos e demônios
Que sai de mim, ainda que sem querer
Tudo aquilo que eu não sei dizer
Mas que sei, que sei fazer
(Nane-07/06/2013)
Me dizem: escreva
E falam de rimas
Que nem mesmo sei o que são
Por vezes são grunhidos roucos
Como sopram os fantasmas que me habitam
Então escrevo denso
Arrotando desaforos
Obsediada por mim mesma
Por outras são vozes doces
Dos anjos que me habitam
E me ditam poesias
Tal qual melodias
Gostosas de ouvir e ver
Luzes emanadas de mim mesma
E é nesse conflito
De anjos e demônios
Que sai de mim, ainda que sem querer
Tudo aquilo que eu não sei dizer
Mas que sei, que sei fazer
(Nane-07/06/2013)
Discrepância
Talvez um dia eu escreva
A poesia que guardei para ti
Mas se de tudo, eu não conseguir
Saiba que ela está em mim
E para mais ninguém a dedicarei
Não por que não queira
Mas por não poder
Já que sou eu a sua autoria
E não ela a minha
Talvez um dia você a leia
Quando não mais for possível
Prendê-la em mim
E como um pássaro liberto
Ela romper os grilhões
E voar sem limites
Rumo a um horizonte
Que sempre soube como chegar
Então ela rimará
Todas as palavras que calei
Ao decretar em vida
A discrepância de morrer
Na mais completa...solidão
(Nane-07/06/2013)
A poesia que guardei para ti
Mas se de tudo, eu não conseguir
Saiba que ela está em mim
E para mais ninguém a dedicarei
Não por que não queira
Mas por não poder
Já que sou eu a sua autoria
E não ela a minha
Talvez um dia você a leia
Quando não mais for possível
Prendê-la em mim
E como um pássaro liberto
Ela romper os grilhões
E voar sem limites
Rumo a um horizonte
Que sempre soube como chegar
Então ela rimará
Todas as palavras que calei
Ao decretar em vida
A discrepância de morrer
Na mais completa...solidão
(Nane-07/06/2013)
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Combustão
Dispa-me
Toma meu corpo
Faz de mim frenesi
Use o que quiser
Faço-me gueixa
Te dou prazer
Acendo meu dod
Te viro do avesso
Faço e aconteço
Eros me guia
E me incendeia
Meu fogo te queima
As entranhas tesas
Que cospe furor
De lava incandescente
Na combustão dos corpos
Sem posição
Colados
Exaustos
E descompostos
De pudores
(Nane-06/06/2013)
Toma meu corpo
Faz de mim frenesi
Use o que quiser
Faço-me gueixa
Te dou prazer
Acendo meu dod
Te viro do avesso
Faço e aconteço
Eros me guia
E me incendeia
Meu fogo te queima
As entranhas tesas
Que cospe furor
De lava incandescente
Na combustão dos corpos
Sem posição
Colados
Exaustos
E descompostos
De pudores
(Nane-06/06/2013)
Além
Vivo
Meu sonho vivo
Que viverá
Ainda que eu não
Será eterno
Pois foi sonhado
Vividamente
Intensamente
Eternamente
E viverá
Ainda que eu não
Eternizado
Nos versos jogados
Planando nos ares
Palavras free
Soltas
Sonhadas
Vívidas
Vivendo
Meus sonhos
Além de mim
(Nane-06/06/2013)
Meu sonho vivo
Que viverá
Ainda que eu não
Será eterno
Pois foi sonhado
Vividamente
Intensamente
Eternamente
E viverá
Ainda que eu não
Eternizado
Nos versos jogados
Planando nos ares
Palavras free
Soltas
Sonhadas
Vívidas
Vivendo
Meus sonhos
Além de mim
(Nane-06/06/2013)
Pressão alta
O copo espera silencioso
O momento em que dele me servir
Enquanto a cinza do cigarro
Displicentemente cai, sujando o teclado
Num susto, puxo a bituca
Que colado nos lábios, faz sangrar
A cerveja está quente, foi esquecida
E a porra da poesia não sai...
Está dentro de mim, eu sei
Mas teima em não sair
Parece querer me devorar
Me explodir se implodindo
Sobe a pressão
Alteram-se as artérias
Corre veloz o sangue agitado
Da bomba coração
E ela lá...se fazendo de difícil...
A garrafa vazia
O maço acabado
E a porra da poesia, não sai
Vou até a esquina
Mais cigarros e mais cervejas
Quem sabe um captopril também
Para aplacar essa dor que não passa
Enquanto a poesia não vem...
(Nane-06/06/2013)
terça-feira, 4 de junho de 2013
Constatação
Atesto e constato
O referido objeto
É findo e insalubre
O que foi infindo
Teimou o poeta
Em imortalizar
O que já morreu
O que viveu
A dor dolorida
O fez navegar
Pelas águas profundas
Dos afogados
Viveu fantasia
Sem nunca tocar
Morreu sem som
É música no ar
Levou consigo
Pro seu jazigo
Um epitáfio de poesia
Da própria caligrafia
Jaz não ele
Mas o que amou
E as duras penas
Percebeu que acabou
(Nane-04/06/2013)
O referido objeto
É findo e insalubre
O que foi infindo
Teimou o poeta
Em imortalizar
O que já morreu
O que viveu
A dor dolorida
O fez navegar
Pelas águas profundas
Dos afogados
Viveu fantasia
Sem nunca tocar
Morreu sem som
É música no ar
Levou consigo
Pro seu jazigo
Um epitáfio de poesia
Da própria caligrafia
Jaz não ele
Mas o que amou
E as duras penas
Percebeu que acabou
(Nane-04/06/2013)
Jogo da vida
Hoje não quero nada
Além de olhar para o nada
O nada vazio
Que tanto me enche
E pesa na cruz
Que me esfola os ombros
Passo meus passos
Nas pedras da estrada
Por onde eu ando (obrigada)
Virando meus pés
Inchando os tornozelos
Que bola nenhuma
Chuta no gol
Trave da vida
Que entrava tudo
E chicoteia sem dó
Os ombros feridos
Das chagas sangrentas
Sem bálsamo anestesia
Anistia de mim
Que no grande final
Fui juri impávido
E decretei meu fracasso
No jogo da vida
(Nane-04/06/2013)
Além de olhar para o nada
O nada vazio
Que tanto me enche
E pesa na cruz
Que me esfola os ombros
Passo meus passos
Nas pedras da estrada
Por onde eu ando (obrigada)
Virando meus pés
Inchando os tornozelos
Que bola nenhuma
Chuta no gol
Trave da vida
Que entrava tudo
E chicoteia sem dó
Os ombros feridos
Das chagas sangrentas
Sem bálsamo anestesia
Anistia de mim
Que no grande final
Fui juri impávido
E decretei meu fracasso
No jogo da vida
(Nane-04/06/2013)
Mel com cerveja
Na manhã que se fez noite
Me vesti de ilusão
Fingi ser o que não sou
Apenas para não ter desilusão
Na noite que se fez dia
Me vesti de ironia
Escancarei no meu avesso
Toda minha forma de poesia
Moça boa e de família
Escrevi com maestria
Bucólica e inocente
Feito boa gente
Puta e vadia
Escrevi malabarismos
Na alcova de perdidos
Que adormecem no dia
No amanhã que se fez ontem
Esperei ensandecida
O beijo da bela adormecida
Que se achava, de fato, querida
E no ontem do amanhã
Rasguei todos os meus escritos
Comi-os com mel
(Acompanhado de cerveja)
E vomitei todo o meu fel
(Nane-04/06/2013)
Me vesti de ilusão
Fingi ser o que não sou
Apenas para não ter desilusão
Na noite que se fez dia
Me vesti de ironia
Escancarei no meu avesso
Toda minha forma de poesia
Moça boa e de família
Escrevi com maestria
Bucólica e inocente
Feito boa gente
Puta e vadia
Escrevi malabarismos
Na alcova de perdidos
Que adormecem no dia
No amanhã que se fez ontem
Esperei ensandecida
O beijo da bela adormecida
Que se achava, de fato, querida
E no ontem do amanhã
Rasguei todos os meus escritos
Comi-os com mel
(Acompanhado de cerveja)
E vomitei todo o meu fel
(Nane-04/06/2013)
Cara e coroa
Toma então a caneta
Em suas mãos
Escreva no branco o preto
Não instigue meus sentidos
Que mansos se enfurecem
Faz sua a poesia
Que pensei ser minha
Rabiscada sem doçura
No mel do meu fel
Amassa o papel escrito
Alisa seu palavreado
E assina sem medo
Meus medos expostos
Faça sua a obra
Que jorra solta
E despenca do emboço
Esboçado por mim
Toma em suas mãos
A tinta propulsora das palavras
Que não digo escrevendo
Mas escrevo dizendo
O começo do fim
De um estilo marcante
Em duas versões
É cara e coroa...
(Nane-04/03/2013)
Em suas mãos
Escreva no branco o preto
Não instigue meus sentidos
Que mansos se enfurecem
Faz sua a poesia
Que pensei ser minha
Rabiscada sem doçura
No mel do meu fel
Amassa o papel escrito
Alisa seu palavreado
E assina sem medo
Meus medos expostos
Faça sua a obra
Que jorra solta
E despenca do emboço
Esboçado por mim
Toma em suas mãos
A tinta propulsora das palavras
Que não digo escrevendo
Mas escrevo dizendo
O começo do fim
De um estilo marcante
Em duas versões
É cara e coroa...
(Nane-04/03/2013)
Parindo
A poesia grita em mim
No afã de se libertar
Germinam sentimentos
Que não consigo coordenar
Momentos de surtos
Embriaguez de palavras
Relâmpagos de ecos
Inquietude na alma
O que vem por aí
Agita o cérebro
Explode o peito
Procura minhas mãos
Que trêmulas...escrevem
Ao leo
O silêncio preciso
Ajuda a pensar
Tentativa de captar
Sopros que ouço
Palavras no ar
Espasmos de ânsias
Quero vomitar
É chegada a hora
De gritar à vida
Se feia ou bonita
Fui eu quem pariu
Nasceu de mim
Mais uma poesia
(Nane-0406/2013)
No afã de se libertar
Germinam sentimentos
Que não consigo coordenar
Momentos de surtos
Embriaguez de palavras
Relâmpagos de ecos
Inquietude na alma
O que vem por aí
Agita o cérebro
Explode o peito
Procura minhas mãos
Que trêmulas...escrevem
Ao leo
O silêncio preciso
Ajuda a pensar
Tentativa de captar
Sopros que ouço
Palavras no ar
Espasmos de ânsias
Quero vomitar
É chegada a hora
De gritar à vida
Se feia ou bonita
Fui eu quem pariu
Nasceu de mim
Mais uma poesia
(Nane-0406/2013)
Pescador
O pescador olha para o mar
Com olhos de emoção
Vendo Iemanjá
Sua mãe protetora nas águas
Tento olhar com o seu olhar
Mas não vejo Iemanjá
Só as ondas que vem me molhar
E o meu corpo salgar
Sinto ciúmes do pescador
Que faz do mar seu habitat
Queria essa intimidade
Com o mar
Mas sei que é só dele
O mar me fascina
E dizem ser doce nele morrer
Mas o medo me domina
E eu não vou mergulhar
Nesse mar
De Iemanjá
O pescador não teme o mar
Vai sem saber se voltará
Iemanjá cobre com o manto
Enquanto ele joga sua rede
Eu olho o pescador
Enquanto ele olha o mar
Eu vejo o por do sol
Enquanto ele...Iemanjá
(Nane-04/06/2013)
Com olhos de emoção
Vendo Iemanjá
Sua mãe protetora nas águas
Tento olhar com o seu olhar
Mas não vejo Iemanjá
Só as ondas que vem me molhar
E o meu corpo salgar
Sinto ciúmes do pescador
Que faz do mar seu habitat
Queria essa intimidade
Com o mar
Mas sei que é só dele
O mar me fascina
E dizem ser doce nele morrer
Mas o medo me domina
E eu não vou mergulhar
Nesse mar
De Iemanjá
O pescador não teme o mar
Vai sem saber se voltará
Iemanjá cobre com o manto
Enquanto ele joga sua rede
Eu olho o pescador
Enquanto ele olha o mar
Eu vejo o por do sol
Enquanto ele...Iemanjá
(Nane-04/06/2013)
Fantasia real
Não me iludo mais
A realidade é outra
Você é a fantasia
Que me faz ser real
Sei que nunca passará
De uma quimera encantada
Entranhada em meu viver
Condenado a não te esquecer
Por vezes bate o desejo
Do toque real
Do gosto do beijo
Do abraço acolhedor
Do olho no olho
De um sorriso escancarado
Então a realidade
Torna a me lembrar
Que você é a fantasia
Que eu mesma criei pra mim
E que se assim não for
Nada mais vai existir
E você...irá partir
(Nane-04/06/2013)
A realidade é outra
Você é a fantasia
Que me faz ser real
Sei que nunca passará
De uma quimera encantada
Entranhada em meu viver
Condenado a não te esquecer
Por vezes bate o desejo
Do toque real
Do gosto do beijo
Do abraço acolhedor
Do olho no olho
De um sorriso escancarado
Então a realidade
Torna a me lembrar
Que você é a fantasia
Que eu mesma criei pra mim
E que se assim não for
Nada mais vai existir
E você...irá partir
(Nane-04/06/2013)
segunda-feira, 3 de junho de 2013
Buterflay
Pousa borboleta
Com muito cuidado
Por sobre a rosa
Que tem na roseira
Espinhos pontudos
Prontos a rasgar
Suas asas coloridas
Não leve o pólen
Da erva daninha
À rosa rainha
E perfumada
Pousa segura
Que esses espinhos
São só defesa
Da rosa sozinha
Com medo da morte
No jardim da solidão
Ah borboleta
Tu fazes a alegria
Da velha rosa
Que pronta à despetalar
Te aguarda ansiosa
Não deixe de pousar
Na rosa por medo
Dos seus espinhos
Pois que bem maior
Ela te tem...carinho
(Nane-03/06/2013)
Com muito cuidado
Por sobre a rosa
Que tem na roseira
Espinhos pontudos
Prontos a rasgar
Suas asas coloridas
Não leve o pólen
Da erva daninha
À rosa rainha
E perfumada
Pousa segura
Que esses espinhos
São só defesa
Da rosa sozinha
Com medo da morte
No jardim da solidão
Ah borboleta
Tu fazes a alegria
Da velha rosa
Que pronta à despetalar
Te aguarda ansiosa
Não deixe de pousar
Na rosa por medo
Dos seus espinhos
Pois que bem maior
Ela te tem...carinho
(Nane-03/06/2013)
Sonhos
E pensei
Tantas vezes
Sonhei
E talvez
Até realizei
Imaginando
Foram emoções
Que se não viveu
Vivi eu
É pouco...
Foi tanto
Mentiras...
Jamais
Posto que vivi
Dentro de mim
O que sonhei
E imaginei
Ninguém poderá negar
Ou mesmo afirmar
Que o que sonhei
Não vivi
Ninguém sabe de mim...
Insana mania
Dirão os lógicos
Doce loucura
Que me mantém
Vivendo a vida
Sonhei
Imaginei
E vivi
Intensamente
(Nane-03/06/2013)
Tantas vezes
Sonhei
E talvez
Até realizei
Imaginando
Foram emoções
Que se não viveu
Vivi eu
É pouco...
Foi tanto
Mentiras...
Jamais
Posto que vivi
Dentro de mim
O que sonhei
E imaginei
Ninguém poderá negar
Ou mesmo afirmar
Que o que sonhei
Não vivi
Ninguém sabe de mim...
Insana mania
Dirão os lógicos
Doce loucura
Que me mantém
Vivendo a vida
Sonhei
Imaginei
E vivi
Intensamente
(Nane-03/06/2013)
Diego Frederico
E Fred chegou
Diego menino
Cuspido do útero
Vermelho e inchado
Feio, mas lindo
O ano passou
E Fred menino
Cresceu um ano
Seu sorriso desdentado
Se foi nos primórdios
Já tem um dente quebrado
No ano que tem
E Fred é Diego
Diego Frederico
O raio de sol que brilha
Nas manhãs que vivo
Já por mais de um ano
E Fred menino inspira
E faço dele poesia
No meu dia a dia
Desde o instante nascido
Desse primeiro ano já ido
E Fred é Diego
Diego Frederico
Parte de mim germinando
No sangue semente lançada
Em solo fértil e cultivado
Para a próxima florescência
E subsistência
(Nane-03/06/2013)
Diego menino
Cuspido do útero
Vermelho e inchado
Feio, mas lindo
O ano passou
E Fred menino
Cresceu um ano
Seu sorriso desdentado
Se foi nos primórdios
Já tem um dente quebrado
No ano que tem
E Fred é Diego
Diego Frederico
O raio de sol que brilha
Nas manhãs que vivo
Já por mais de um ano
E Fred menino inspira
E faço dele poesia
No meu dia a dia
Desde o instante nascido
Desse primeiro ano já ido
E Fred é Diego
Diego Frederico
Parte de mim germinando
No sangue semente lançada
Em solo fértil e cultivado
Para a próxima florescência
E subsistência
(Nane-03/06/2013)
Chama do universo
Chama que inflama
E me acompanha
Por toda parte
Da eternidade
Chama que anda
Comigo e contigo
Por onde quer
Que estejamos
Chama que chama
Você para mim
E eu para você
Por toda a vida
Chama que encanta
Quando andam juntas
Nos três espaços
Por onde ardem
Chamas que se fundem
Numa só chama
E formam a chama
Do amor imortal
Chama que clama
Nossos corpos e almas
Num só espírito
Universal
Chama que clareia a certeza
Em meio a tantas incertezas
De que no fim
Será sempre o recomeço
Chama que te ouço
E vou sem me importar
Pelo caminho das chamas
Que nos dirão o que é o amar
(Nane-03/06/2013)
domingo, 2 de junho de 2013
Recado calado
E te falam dela
Então num apego repentino
Num medo da verdade
Num aplacar da consciência
A hora do sacrifício
Te faz visitar
E fazer um mimo qualquer
Na semana seguinte
O sol volta a brilhar
A lua vem encantar
O rio segue seu rumo
E deságua invariavelmente
No mar
Deixa rolar
A rotina se instaura
O ponto batido
A conta quitada (ou não)
Vida que segue
Problema meu
Não seu
O amanhã é incerto
Reclamo do quê
Hipócrita clichê
Deixa rolar
Do jeito que der
Pode até não acreditar
Mas ainda é o meu amor maior
O amanhã não sei
Talvez eu vá chorar
Mas não lamentar
Se quando partires
Eu sei
Vai se libertar
De tanta hipocrisia
E covardia
Que assim seja
(Nane-01/06/2013)
Então num apego repentino
Num medo da verdade
Num aplacar da consciência
A hora do sacrifício
Te faz visitar
E fazer um mimo qualquer
Na semana seguinte
O sol volta a brilhar
A lua vem encantar
O rio segue seu rumo
E deságua invariavelmente
No mar
Deixa rolar
A rotina se instaura
O ponto batido
A conta quitada (ou não)
Vida que segue
Problema meu
Não seu
O amanhã é incerto
Reclamo do quê
Hipócrita clichê
Deixa rolar
Do jeito que der
Pode até não acreditar
Mas ainda é o meu amor maior
O amanhã não sei
Talvez eu vá chorar
Mas não lamentar
Se quando partires
Eu sei
Vai se libertar
De tanta hipocrisia
E covardia
Que assim seja
(Nane-01/06/2013)
A promessa
E o menino franzino
Tão novo e sonhador
Partiu na aventura
Dos sonhos encantados
Mas a gélida realidade
O fez solitário e doente
Nos campos da neve
Esfriando o coração
O menino se fez homem
Sozinho e sem ninguém
Tão longe de tudo
Tão longe de todos
Num leito da morte
Que o queria levar
Um anjo desceu
Ofereceu-lhe a mão
O menino (agora homem)
A segurou com força
E se deixou levar
Para o destino traçado
Que acabara de chegar
O homem entristecido
Mas já curado
Sente a falta do lar
Ainda a do ar
Mas sabe jogar
E vai vencer
Nos campos da vida
E o anjo de novo
Segura a sua mão
E tira-lhe um sorriso
Ao mudar seu destino
E trazê-lo de volta
Ao lar
E o homem sorri
O sorriso Vert, blanc, rouge
Chegou enfim a felicidade
E o sonho que tanto sonhou
Por fim se realizou
De volta pra casa
O homem se fez monstro
E ídolo virou
E o monstro chorou
Um choro saudoso
De novo se foi
Agora com a certeza
Das conquistas reais
Sem o gélido fantasma
Da triste solidão
Viva teus sonhos
Vibre teus louros
Faça tua história
Com todas as glórias
E quando for a hora
Volta para casa
Que Laranjeiras te espera
De braços abertos
Ah...Thiago vai voltar!!!
(Nane-01/06/2013)
Ah...Thiago vai voltar!!!
(Nane-01/06/2013)
sábado, 1 de junho de 2013
Voo solo
Me tiraram o ar
Um soco no estomago
Minaram as forças
Mas ainda respiro
Olho para o lado
E te vejo menino
Sorrindo para mim
De braços abertos
Te envolvo num abraço
Te prendo à mim
Não deixo fugir
Te sufoco
Vida da vida
Tão simples e complicada
Deixa voar
Quem sabe volta
Mudo o foco
Finjo que esqueço
Mas a voz que escuto
Não me deixa em paz
O mundo te espera
A gaiola é de ouro
Abro a porta
E você voa
Atravessa oceanos
Pousa num remanso
Faz teu ninho
Migra teu mundo
O inverno chegou
Nem sinto frio
Nem sei se é verão
O que importa a estação
Respiro o ar
Que sobrou pra mim
No céu observo
Pássaros a voar...
(Nane-01/06/2013)
Um soco no estomago
Minaram as forças
Mas ainda respiro
Olho para o lado
E te vejo menino
Sorrindo para mim
De braços abertos
Te envolvo num abraço
Te prendo à mim
Não deixo fugir
Te sufoco
Vida da vida
Tão simples e complicada
Deixa voar
Quem sabe volta
Mudo o foco
Finjo que esqueço
Mas a voz que escuto
Não me deixa em paz
O mundo te espera
A gaiola é de ouro
Abro a porta
E você voa
Atravessa oceanos
Pousa num remanso
Faz teu ninho
Migra teu mundo
O inverno chegou
Nem sinto frio
Nem sei se é verão
O que importa a estação
Respiro o ar
Que sobrou pra mim
No céu observo
Pássaros a voar...
(Nane-01/06/2013)
Vagando
Vago
Pelas ruas vazias da cidade
Que adormece no feriado
Tornando-se encantada
No silêncio da madrugada
Em cada esquina procuro
Rastros de você
Me deixando levar pelo desejo
De numa delas te encontrar
Cães vadios uivam
Para uma lua que ilumina
O asfalto sem trânsito
Sem barulho
Sorriem para mim
Nas esperança de um afago
Ou mesmo um naco
De qualquer coisa
Um bar a meia luz
Casais dançando
Uma música melancólica
Copos tilintando
Paro e entro
Peço uma cerveja
Bebo sozinha
O dia amanhece....
(Nane-01/06/2013)
Pelas ruas vazias da cidade
Que adormece no feriado
Tornando-se encantada
No silêncio da madrugada
Em cada esquina procuro
Rastros de você
Me deixando levar pelo desejo
De numa delas te encontrar
Cães vadios uivam
Para uma lua que ilumina
O asfalto sem trânsito
Sem barulho
Sorriem para mim
Nas esperança de um afago
Ou mesmo um naco
De qualquer coisa
Um bar a meia luz
Casais dançando
Uma música melancólica
Copos tilintando
Paro e entro
Peço uma cerveja
Bebo sozinha
O dia amanhece....
(Nane-01/06/2013)
Um desenho
Desenho na areia molhada
Seu nome, seu nome, seu nome
Ninguém irá saber
A onda vai apagar
E te levar para bem longe de mim
E o coração que contornou seu nome
Sumirá como que por encanto
Ao sabor da maré
Sob as marcas das pegadas
Que fiz questão de deixar
Para que mares ela (a onda) te levou
Em que praia (outra) vai aportar
Seu nome, seu nome, seu nome
E quem mais escreverá
Na areia molhada
Com tanta poesia
Na beira do mar
Seu nome, seu nome, seu nome
Que tento não mais...soletrar
(Nane-01/06/2013)
Seu nome, seu nome, seu nome
Ninguém irá saber
A onda vai apagar
E te levar para bem longe de mim
E o coração que contornou seu nome
Sumirá como que por encanto
Ao sabor da maré
Sob as marcas das pegadas
Que fiz questão de deixar
Para que mares ela (a onda) te levou
Em que praia (outra) vai aportar
Seu nome, seu nome, seu nome
E quem mais escreverá
Na areia molhada
Com tanta poesia
Na beira do mar
Seu nome, seu nome, seu nome
Que tento não mais...soletrar
(Nane-01/06/2013)
De peito aberto
Incomoda-me ver
Tristeza em teus olhos
Sem nada poder fazer
Entristece-me não ter
O dom de te fazer
Sorrir como outrora
Quisera tão somente
Nunca ter te querido
Para ser amiga somente
Lamentos não resolvem
Sorrisos um dia voltam
E a dor...essa como tudo, passa
A saudade transborda
Mas é passado
Uma lágrima basta
Quem foi, ficou
Quem veio, está
Quem ficará, virá
Amanhã teus olhos brilharão
Com maior fulgor ainda
Porque motivo for
E teu sorriso sem jeito
Aflorará mais lindo
De teu peito aberto
(Nane-01/06/2013)
Tristeza em teus olhos
Sem nada poder fazer
Entristece-me não ter
O dom de te fazer
Sorrir como outrora
Quisera tão somente
Nunca ter te querido
Para ser amiga somente
Lamentos não resolvem
Sorrisos um dia voltam
E a dor...essa como tudo, passa
A saudade transborda
Mas é passado
Uma lágrima basta
Quem foi, ficou
Quem veio, está
Quem ficará, virá
Amanhã teus olhos brilharão
Com maior fulgor ainda
Porque motivo for
E teu sorriso sem jeito
Aflorará mais lindo
De teu peito aberto
(Nane-01/06/2013)
De volta
Era para ser só um passeio
Sem pretensão de reflexão
E veio aquele frio na espinha
A névoa descendo e escondendo
O sol ameno...
Por entre as brumas
Formas deformaram-se
E formaram novas formas
Surreais...
Nem sei se estava lúcida
Ou mergulhada na minha embriaguez
De sonhos e pesadelos
Na alcova de pedras frias...
De um lado vi meu pai
Envelhecido e perdido
Mas ele não me via...
Do outro eu sozinha
Gritando por minha mãe
Que não frequentava o lugar
Não, ali ela não estava...
Passaram gênios por mim
Gritaram desaforos
Fizeram caretas
Me assustaram
E minha mãe não estava lá
E sua mão não segurou a minha...
Onde está a porta
Desse labirinto
Estou fechada dentro dele
Por minha culpa
Nada tenho a lamentar
Só preciso sair daqui
E ir de encontro à minha mãe
Que me mandou voltar pra casa...
(Nane-01/06/2013)
Sem pretensão de reflexão
E veio aquele frio na espinha
A névoa descendo e escondendo
O sol ameno...
Por entre as brumas
Formas deformaram-se
E formaram novas formas
Surreais...
Nem sei se estava lúcida
Ou mergulhada na minha embriaguez
De sonhos e pesadelos
Na alcova de pedras frias...
De um lado vi meu pai
Envelhecido e perdido
Mas ele não me via...
Do outro eu sozinha
Gritando por minha mãe
Que não frequentava o lugar
Não, ali ela não estava...
Passaram gênios por mim
Gritaram desaforos
Fizeram caretas
Me assustaram
E minha mãe não estava lá
E sua mão não segurou a minha...
Onde está a porta
Desse labirinto
Estou fechada dentro dele
Por minha culpa
Nada tenho a lamentar
Só preciso sair daqui
E ir de encontro à minha mãe
Que me mandou voltar pra casa...
(Nane-01/06/2013)
Mistura de almas
Passo por mim sem reconhecer
O ser que sou, ou penso ser
Me fito atônita
Sou eu ou é você
Esse ser...
Me confundo no você
Que mora em mim
Sabendo que sou eu
Esse estranho você...
Agora vem
Essa alma pendida
Gritar fora do corpo
Que uma outra alma
Toma-lhe o espaço...
Embaralha o pensamento
Mistura de almas
O "eu" e o "você"
Vai saber
Quem é quem...
Em meio à aflição
Vivem almas conflitantes
Dispersas de objetivos
Em nada comuns...
Busco em vão
Saber de mim
Se sou eu ou se você
De fato quem sou
(Nane-01/06/2013)
O ser que sou, ou penso ser
Me fito atônita
Sou eu ou é você
Esse ser...
Me confundo no você
Que mora em mim
Sabendo que sou eu
Esse estranho você...
Agora vem
Essa alma pendida
Gritar fora do corpo
Que uma outra alma
Toma-lhe o espaço...
Embaralha o pensamento
Mistura de almas
O "eu" e o "você"
Vai saber
Quem é quem...
Em meio à aflição
Vivem almas conflitantes
Dispersas de objetivos
Em nada comuns...
Busco em vão
Saber de mim
Se sou eu ou se você
De fato quem sou
(Nane-01/06/2013)
Nas mãos do líder
Cansada de tudo
Convenções históricas
Retrocessos da evolução
Ou apenas resiliências
De pessoas acostumadas
A seguir a fila
De mãos dadas com o líder
Anestesiados e hipnóticos
Pelo ópio da ética social
Gritar para quem
Se quando ouvem
Taxam de loucura
Hipnótica e anestesiada
Pelo ópio do baseado
Que nunca fumei
Rebelo-me
Mais não posso fazer
Além de provar
Da tal resiliência
Das pessoas descontroladas
Sem entrar na fila
E arrebentar o cordão
Das mãos do líder
É só o que me resta...
(Nane-01/06/2013)
Convenções históricas
Retrocessos da evolução
Ou apenas resiliências
De pessoas acostumadas
A seguir a fila
De mãos dadas com o líder
Anestesiados e hipnóticos
Pelo ópio da ética social
Gritar para quem
Se quando ouvem
Taxam de loucura
Hipnótica e anestesiada
Pelo ópio do baseado
Que nunca fumei
Rebelo-me
Mais não posso fazer
Além de provar
Da tal resiliência
Das pessoas descontroladas
Sem entrar na fila
E arrebentar o cordão
Das mãos do líder
É só o que me resta...
(Nane-01/06/2013)
Onde mora o amor
Ironias do destino
Que brinca sem consequências
Causando desenganos
E desatinos
Amores não amados
Sentimentos perdidos
No cíclico afã
De ser feliz
Sexo explícito
Orgia a dois
É bom...
Não completa
Eu amo
Sou amada
Mas são outros pares
Em corações primos
Desencontros na linha
Fremidos e calafrios
Direcionados ao carinho
De um amor inexistente
Ironias do destino
Tornando amantes amigos
E amores platônicos
Em lindas quimeras
(Nane-01/06/2013)
Que brinca sem consequências
Causando desenganos
E desatinos
Amores não amados
Sentimentos perdidos
No cíclico afã
De ser feliz
Sexo explícito
Orgia a dois
É bom...
Não completa
Eu amo
Sou amada
Mas são outros pares
Em corações primos
Desencontros na linha
Fremidos e calafrios
Direcionados ao carinho
De um amor inexistente
Ironias do destino
Tornando amantes amigos
E amores platônicos
Em lindas quimeras
(Nane-01/06/2013)
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