quinta-feira, 5 de outubro de 2017

SEM PRESSA

Somos o que somos
Moldados pelos instantes
Em que a vida se encarrega
De transformar-nos em mutantes

Já briguei tanto com ela (a vida)
Por não querer ser o que sou
Veio então a maturidade
Tempero que minha ira, aplacou

Ainda olho com desejo o horizonte
Agora sabendo que a beleza está aí
Na caminhada a ser percorrida
De um objetivo nunca alcançado

Já que outros virão
E inalcançáveis se tornarão
Posto que é "mola mestre" esse desejo
De viver o que é só inspiração

Voa o pássaro sem rota
Pelo simples prazer de voar
Gesta a terra semeada
Pelo simples prazer de criar

Destrói o homem seus valores
Pelo déspota orgulho de ser mais
Sem perceber que ao pó de que foi feito
Voltará e a terra (mãe) adubará

A pressa, irmã da ansiedade
Fez as malas e me deixou
A poesia...essa me visitou
E por enquanto, aqui ficou

Veio o sol depois da chuva
Feito a noite depois do dia
Sou eu modificada e amadurecida
Depois do meu tempo de menina...

(Nane-05/10/2017)




Nenhum comentário:

Postar um comentário