quinta-feira, 25 de agosto de 2016

FLECHAS CERTEIRAS



Mergulhei em ti
Num passeio solitário
Revendo coisas que vivemos
Ouvindo coisas que dissemos

Fui em busca dos momentos
Em que nos achamos e nos perdemos

Na tentativa de entender
O que é apenas para sentir

O lirismo sempre existiu
Apenas mudou a poesia
O poeta, a musa, o leitor
São contos de páginas viradas

A boca ressecada pela sede
Faz líquida a felicidade a ser sorvida
Na taça do cristal embevecido
Por te matar a sede enfim

Sem culpas ou desculpas
Caminhei e te revirei do avesso

Em busca de uma nova tentativa
De um destino premeditado

Mas ouvi flechas certeiras
Rasgando minhas entranhas
Com palavras inerentes
De arqueiro decisivo


Desistir não posso, não está em mim
Pedante e pedinte, também não mais
Voltei à tona de ti

Vou mergulhar em outro mar...

(Nane-25/08/2016)



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