Perdoe a invasão
Nas escritas secretas
Tão suas
Li, e algumas reli
Nas madrugadas insones
Que tinhas por companhia, a caneta
Chorei com algumas
Sorri com outras
E te ouvi de novo
Revi teus trejeitos
Do jeito que falavas
Quando conosco "brigava"
As preocupações que te rondavam
E te fizeram perder o sono
Em tantas noites mal dormidas
O medo tão explícito
De uma perda qualquer
Dos seres tão amados
A dor te consumindo
No fato consumado
A fé te reerguendo
A saudade mutilando
Os tempos idos do teu lado
Agora em folhas, relembrados
Não dissemos tudo
Não há mais nada a ser dito
Só o silêncio sepulcral
Chove, uma chuva fina
Como nas muitas madrugadas em que escrevestes
As linhas de tantos anos que descobri/e li
Perdoe a invasão
Nas escritas secretas
Tão suas...
(Nane-15/08/2016)
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