quinta-feira, 4 de agosto de 2016

DESAMOR

Triste história a do desamor
Que se despe do amor
Na lápide fria da memória
Esquecida...

Não, não falo do físico
Da saudade que porventura, ficou
Da pessoa que se foi e não voltou
Mas do sentimento que se transformou

O vazio locado onde dantes
Morava o amor
Fazendo do aconchego de outrora
Lugar sem luz nenhuma

A sensação do ridículo
Tomando o espaço que antes
Eram dos sonhos e fantasias
Transformados em poesias

O desenho se apagando
Na retina da tela vazia
Que dantes ocupava por inteiro
Nas formas do amor sentido

Veio o desamor
Calejado e moldado pelo tempo
Despojando tristemente todo o sentimento
Que um dia julguei ser imortal

Triste não é deixar de te ter
Triste é deixar de te amar...

(Nane-04/08/2016)





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